Tumgik
cartasnoabismo · 2 days
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eu sinto a dor do tamanho do espaço, mas este espaço não se resume a nada... porém, de tão gigantesco, ele preenche e esmaga tudo dentro de mim. não queira ter um vazio expansível, porque esse é o pior tipo que existe.
— deixaram
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cartasnoabismo · 2 days
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os meus pensamentos são o castigo mais severo que eu poderia receber.
— colapsointerno
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cartasnoabismo · 2 days
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tudo vira explosão na mente de uma pessoa ansiosa.
— colapsointerno
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cartasnoabismo · 2 days
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toque-me, mas com volúpia, por favor.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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de todas as pessoas que me machucaram no passado, só espero uma coisa: que me compreendam quando estiverem no meu lugar, sentindo a mesma dor que eu senti.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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não adianta pôr curativos nos machucados se você ainda pretende encostar em espinhos.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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pessoas que experimentaram do amor jamais voltam ao que eram antes.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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folhagens
o inverno se aproxima e os céus estão cada vez mais desbotados e fechados. indo para um tom cinza escuro. tonalidade sem vida e fosca como se toda a vitalidade da natureza tivesse se esvaindo para não sei onde. as temperaturas diminuem, intercalando entre manhãs mornas e tardes frias e chuvosas. dias se passam e as nuvens não permitem que o sol mostre toda a sua glória. recebemos apenas uma luz fraca deixando tudo com tons de cores frias como se o ar estivesse sendo pintado. nas noites geladas ecoam apenas os sons das incontáveis gotas pesadas caindo sobre tudo e todos. nas árvores não existem mais folhas; ventos impetuosos trazem mais quedas bruscas de temperatura e o tempo assume uma forma mais mórbida. o inverno chega com força e traz à tona aquelas roupas de frio esquecidas no guarda-roupas. há poucas pessoas nas ruas, e as que arriscam transitar são apenas as sem escolha alguma, porque estão indo em busca do pão de cada dia. não há mais cores vivas de outras estações. o outono está partindo e todos ficarão por um tempo sem contemplar as folhagens percorrendo as ruas e calçadas numa dança estonteante, conforme costumam seguir as rotas aleatórias dos ventos gélidos de uma estação onde o céu ganha tonalidades incríveis.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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fugitivo do amor
não. você não pode sentir isto que está sentindo agora. nem pensar! eu te proíbo! vomite agora, ponha tudo pra fora! e é desta forma que eu consigo barrar quaisquer tentativas do meu coração [muito teimoso por sinal] de bater apaixonadamente por alguém. depois de tantos machucados e drásticas lembranças, a gente tende a ficar mais recluso no que se refere ao velho ato de amar. o medo sempre se renova e sufoca com os pensamentos ácidos de desconfiança, e por achar que todo mundo vai fazer igual a pessoa que me detonou outrora. e eu tenho ciência disso, sei o quanto essa ideia é errônea, entretanto, ainda existem feridas abertas e cicatrizes horríveis, cujas quero desesperadamente ocultar de qualquer olhar, seja de pena ou repulsa. o melhor que posso fazer é manter as aparências e evitar aproximações muito intensas. e assim eu sigo vivendo na base do bloqueio emocional.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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saber que o tempo está acabando não vai te adiantar.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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eu sou uma colcha de retalhos, e cada um dos pedaços que me formam, vieram diretamente de todos os sentimentos dilacerados pelo decorrer da vida.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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a sociedade atual possui pessoas mortas com sentimentos vivos e também aquelas com sentimentos mortos, mas que ainda vivem.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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o último café
e quem poderia imaginar que aquele seria o nosso último passeio pela praça... quem diria que você dividiria suas últimas palavras naquela tarde fria e nublada de outono, sentado junto a mim numa mesinha de madeira da nossa cafeteria predileta; a mais próxima de nossas casas. você sorria tão doce... um riso de alegria com algumas mesclagens sutis de inquietude e certo desconforto no olhar. ali pude notar que você queria me dizer algo extremamente importante e, ao mesmo instante, difícil de aceitar. depois de uma sessão de trocas de olhares que suplicavam sem palavras para que o que quer que fosse, viesse logo de uma única vez... meu coração já havia perdido o compasso calmo de outrora. seus olhos já estavam marejados e carregados de culpa e arrependimento antecipado. foi ali que pude notar a áurea de despedida, a qual pairava sobre nós e sobre os nossos pensamentos aflitos. você se recompôs e começou a falar aquilo que já estava esmagando nossos corações desde o primeiro minuto. ouvi tudo em silêncio absoluto, mas com o peito cada vez mais apertado e gritante suplicando para que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo rotineiro. entretanto era real, e como a realidade é traiçoeira. choramos, me desculpei, nos abraçamos, você me beijou pela última vez, levantou de sua cadeira, caminhou vagarosamente e no décimo quinto passo, olhou de relance para trás até voltar sua atenção para frente e ultrapassar a porta do estabelecimento e partir rumo à estação rodoviária a poucos metros dali. e eu fiquei sentado sem ter coragem de tentar te seguir e insistir para que ficasse, para que esquecesse e topasse recomeçar comigo... contudo eu deixei e não quis mais te manter acorrentado em meu regaço. não dá para impedir alguém livre de voar onde bem quiser apenas pelo meu medo de ficar a sós com a minha culpa castigadora e insensível. nosso último café findou desse modo. você partindo para outra realidade e também partindo o meu coração em centenas de milhares de pedaços. e claro, eu também esmigalhei o seu... e por isso não existe mais nós. não existe outra chance. não existe mais outra rodada de café como fazíamos antes.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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estou em processo de cicatrização, então por favor, não me machuque caso queira entrar em minha vida. ao adentrar, mantenha a porta encostada, pois não sei se pretende permanecer. não me faça ter que ir até ela e abri-la para você.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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promete que vai ficar do meu lado quando eu fraquejar? promete que não vai desistir de mim quando as circunstâncias não forem mais favoráveis para nós? promete que apesar de falho, vai tentar compreender o meu coração? promete que não vai deixar de sentir desejo por mim, mesmo que a minha aparência fique cada vez menos atrativa? promete que não vai procurar em outras bocas o doce gosto da ternura? promete que vai permanecer em minha vida, embora eu possa querer expulsá-lo para longe? promete que vai me envolver em seu regaço se frágil eu me sentir? promete não me deixar só com os meus demônios internos? e aí, promete?
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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pelo menos eu me tenho.
— cartasnoabismo
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cartasnoabismo · 2 days
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lá no âmago de nosso ser, nós apenas queremos acolhimento, aconchego e segurança. sem ter que sentir-se insuficiente. nós queremos ouvir palavras de apoio, receber carinho, um abraço apertado. almejamos saber que somos importantes e necessários na vida de alguém.
— cartasnoabismo
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