Tumgik
apoptosemoral · 3 years
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2020 não foi um ano simples em nenhum aspecto afirmo sob a minha ótica e creio que de certa forma você compartilha disso, já que mantivemos contato por boa parte desse ano. não estivemos por perto no final de ano, minha época preferida. foi particularmente doloroso para mim não te desejar feliz aniversário, não te desejar feliz natal e decidi que não deixaria de te enviar votos de ano novo. porque acredito muito na simbologia da virada do ano, e acredito na expectativa que ela traz consigo. nosso distanciamento não comprometeu essas datas para mim, mas sabe aquela sensação sufocante que já conversamos sobre um ex companheiro se tornar um estranho? chegando nesse lugar, infelizmente é impossível não me lembrar do porquê de você ter se tornado um estranho para mim - e não um conhecido, colega, e quem sabe amigo. em outros contextos, teríamos toda a possibilidade do mundo para isso. infelizmente não consigo nomear dessa forma a pessoa que tomou atitudes que me ocasionaram semanas tão sombrias. curioso que não falo de um singular, e sim de um plural. um conjunto de decisões e atitudes. porque só eu sei o que passei quando descobri que você estava se relacionando com a taynara tendo me pedido para te esperar. só eu sei o que senti quando não conseguia deixar comida dentro do estômago por três semanas e via meu cabelo caindo e meu peso indo embora junto com a minha saúde, enquanto meus amigos me mostravam que você fazia piadas sobre comer a mulher com quem me traiu (e mandava para eles). só eu sei como me doeu quando pessoas próximas a ti me contavam sobre como você se esquivava de lhes contar o que tinha ocorrido ou me responsabilizava pela traição que você, por conta própria, decidiu fazer. só eu sei como é cansativo que nosso término tenha caído no alzheimer da minha avó, e entender que ela vai seguir perguntando sobre nosso casamento no sítio da sua tia - já que você havia comentado com ela três semanas antes de tudo isso acontecer. só eu sei o que passei quando descobri que engravidei de você e ouvir a reação mais individualista possível de ti quando te contei. só eu sei o que passei tomando aquela pílula e com medo de morrer ou parar no hospital sozinha e ser presa. só eu sei a dor que foi contar para ti no auge da minha vulnerabilidade e ouvir de ti que “discordava mas entendia”. só eu sei como me senti otária por te ouvir sofrer com isso e querer acolher a sua dor, mesmo sabendo o quão egoísta estavas sendo. só eu sei como eu me senti quando você disse que estaria ali por mim, que se preocupava comigo, e quando nunca recebi uma mensagem de ti perguntando sobre minha saúde ou estado mental. por sorte, a essa altura, eu realmente já não esperava mais nada. quer dizer, olha o que você já tinha feito até aqui. eu decidi ter uma conversa madura com você naquela ocasião porque tinha medo de precisar de ajuda financeira. somente por isso. depois disso, você me falou um punhado de coisas que eu queria ouvir e achou que ficaria tudo bem (talvez esperando que eu voltasse para perto? não sei, a música que me mandou, “deixa o tempo”, sugere isso. mas acredito que não tenha pensado sobre a consequência disso). inclusive, tenho excelentes razões para acreditar que você, de verdade, não tem noção das consequências do que faz e nem do que fez. não acredito no que disse que se sente mal por ser quem é. não acredito que esteja repensando nas decisões egoístas que toma, porque acredito que você não faz a menor ideia de como ser diferente disso. conversando com outras pessoas que se relacionaram contigo, percebo que seus comportamentos continuam basicamente os mesmos, a manipulação continua igual - só que agora ela está mais sofisticada e elaborada (porque vem disfarçada de cuidado). e é extremamente duro porque quando me relacionei com outro homem abusivo psicologicamente, isso era muito, muito mais evidente. você é muito bom nisso. você sabe que a função do comportamento “cuidar de alguém” nem sempre é o bem estar outro, certo? por muitas vezes “cuidar” tem como resposta desse alguém cuidar de volta, valorizar, estar por perto, exaltar, elogiar... e tenho ótimos exemplos para entender que o seu cuidado comigo, ao longo de nossa relação, foi majoritariamente neste sentido. você agia sob controle dos benefícios que o seu cuidado comigo trazia para você.  william, de onde estou, acredito que você tem no máximo vergonha por ter sido descoberto. você não é metade do homem que pensa que é. e quero que saiba que não tive vergonha de te expor para ninguém perto de mim e contei para muitas pessoas praticamente tudo que aconteceu. passei muito tempo achando que precisava contar para o mundo tudo que eu sei que você é, mas percebi que não precisava explicar isso tudo para quem realmente se importava comigo e via tudo que estava acontecendo. uma pena que isso tenha custado algumas pessoas que gostava muito, mas ganhei várias outras. de tudo isso, me tornei a mulher de titânio que passei o último ano te falando que eu não queria ser. estou cansada de ser uma mulher forte e de aprender as coisas, william. não aguento mais um ano assim. então o que me dói, no final das contas, não são todas as coisas terríveis que fez. o que me dói é lidar com o william idealizado em minha memória, com quem pedalei na chuva em tantas ocasiões, com quem conheci o caparaó, com quem chorei sobre despedidas e eleições; com quem contei as moedas para realizar sonhos, quem me fez ficar sem ar de rir do balancê, quem me trazia café na cama e fazia massagem no pé por livre e espontânea vontade. quem me visitava no serviço, me fazia surpresas, dedicava tempo para me conquistar. quem me recebia na porta toda vez que eu ia visitar e quem fazia questão de valorizar minha companhia, mesmo se estivéssemos debaixo de uma chuva horrorosa na rua da lama comendo pizza cara ou se estivéssemos num sol de rachar a cuca desbravando vila velha. sinto falta dessa pessoa com quem eu provavelmente não lidei nenhuma vez em 2020, mas foi quem eu esperei 10 meses para ver se a relação melhorava apenas com base nessas memórias. eu te amei muito, muito mais do que consigo explicar. mas sabe, eu sou a mesma mulher que durou 6 meses no picpay. eu estou acostumada a me manter em lugares ruins esperando uma espécie de milagre. te amar me fez crescer em muitos sentidos, mas me desfazer desse amor me fez perceber o quanto esse crescimento custou minha própria autoestima, custou anular meus gostos, custou me tirar do centro da minha vida para colocar você e nosso relacionamento nele - já que eu queria, desesperadamente, viver essas partes boas que creio que só eu sei como foram boas. e aqui vão coisas que decidi por mim, e que você deveria vigiar em suas atitudes: nunca mais vou permitir que as vontades de alguém guiem meus projetos e sonhos profissionais, como ocorreu com a busca por ir para porto alegre. e nunca mais permitirei que questionem minhas escolhas profissionais a ponto de me deixar me duvidando sobre minha atuação (não fui a única namorada com quem fez isso). não permitirei que qualquer pessoa que se relacione comigo não se esforce para vir fisicamente até mim, ou que ao menos reconheça esse esforço - seja com palavras ou dando uma ajuda financeira. não tolerarei manipulações disfarçadas de cuidado, do tipo “gostaria de conseguir te dar essa atenção que pede, mas não consigo. creio que deva se sentir livre para ir até quem possa te dar”, que na realidade significam “ou você aceita o carinho que quero te dar, ou você mete o pé”. não tolerarei mais me relacionar com quem assume sua ignorância sobre algum assunto como se fosse um mérito (“devo assumir que não sei nada sobre feminismo, mas busco aprender”) e em contrapartida em nada mudam sua realidade para este sentido.  o que acabo de fazer, william, foi uma espécie de descarrego. acredito que tudo que eu tinha para falar estava nessas linhas. não vim desejar votos de feliz ano novo para ti. vim fazer isso por mim. vim falar isso tudo para me desfazer e banir de mim tudo que hoje me lembra desse seu eu que me machucou: tanto o idealizado, que me fez passar meses horríveis mendigando migalhas num relacionamento falido, quanto seu eu sincero, que foi de longe a pessoa mais cruel com quem me relacionei (e você sabe o peso dessa afirmação). quero poder entrar neste novo ano sem sentir o menor pesar por tudo isso que tenho guardado para mim, e que estava esperando colocar para fora num momento propício. não existe reflexão que valha a minha paz.   aprendi com meus guias espirituais que esperar que as pessoas recebam de volta todo o mal que fizeram não é ruim. é o justo. justiça essa que procuro em tantos outros lugares da minha vida. só que eu não quero ficar ao seu redor vendo o universo te devolver todo o mal que me fez, porque isso seria ainda esperar alguma coisa de você. e de você, quero e vou me libertar por inteiro.  que você se liberte também, dentro do que pode, e tenha a consciência de que recebemos do mundo exatamente tudo que damos a ele. busque se libertar da pessoa ruim existe dentro de você aprendendo a ser diferente. quem sabe assim se sinta menos vazio. que 2021 seja um ano em que não precisemos ser feitos de titânio. isso tudo, esse sofrimento todo, vai passar.  
feliz ano novo.
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apoptosemoral · 3 years
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O passado
Eis que surge uma voz:
- Ainda mexe contigo, né? - Disse a voz
- Que voz é essa? - Retruquei
- Apenas responda a pergunta. - Retrucou a voz -  Ainda mexe contigo?
- ...  
- É... Eu sei. O silêncio às vezes é uma resposta mais completa que um diálogo - Disse a voz, com propriedade.
- Por que voltaram agora? - Perguntei
- Quem? - Indagou a voz.
- Estas lembranças... Por que voltaram agora? - Retruquei
- Porque nunca se foram. - Respondeu a voz. E continuou:
Se engana quem acha que 'o que passou, passou'.
Seu passado é a coisa mais presente que tens consigo. Ele está sempre lá. Ele é o responsável pelo que és hoje.
Ele é escrito diariamente. As atitudes do presente são tomadas com base nas experiências do passado. E logo também viram passado.
Mas não passam. Se acumulam.
É o pior inimigo que existe. Ele sempre estará lá. Quieto. Não importa o que faças, lá estará ele. E por mais que ele pareça ter ido embora, ele só está em silêncio te observando. E acumulando.
O passado sempre te pega de surpresa. Como ele consegue te surpreender, sendo passado?
Ele consegue. E ainda acumula.
Acumula não só lágrimas, porém sorrisos, alegrias, tristezas, decepções, sentimentos em geral.
Acumula tudo.
Mas não sejamos injustos. O passado consegue ser seu pior inimigo e seu melhor amigo. Muitas vezes separadamente e muitas vezes ao mesmo tempo.
É nele que podes se apegar quando não o tem mais em seu presente. São as lembranças que te confortam. Mesmo que te leve a pensar o que fizeste de errado e o que mudaria ou corrigiria, ainda sim, são lembranças. E é só o que tens. Infelizmente.
Se te aflige, significa que nunca foi embora este sentimento. Não adianta esconder. Ele sabe.
E e ele se acumula.
O problema é quando o passado está mais presente que o presente.
O problema é quando o passado se mistura com os sonhos.
O problema é quando não saiu de ti.
E nunca vai sair.
Esse passado, essa vontade, é mais que uma mera nostalgia, e tu sabes disso. Só se engana.
Existem sentimentos que por mais breves que foram, estão intrínsecos em vós. Te constituem. São mais reais que vós.
O problema é considerar o passado um problema. E ele não é um problema. Tu que queres pensar assim, sabe-se lá o por quê.
Ele estará sempre lá. Quer goste ou não. E sempre vai te arrancar um sorriso ou uma lágrima. Às vezes os dois juntos. Mas sempre conciliados com noites sem dormir.
O passado é o presente que não queres ver. Que não queres admitir.
E sempre será assim.
Nunca esquecerás, pois querias estar vivendo isso agora.
E deverias mesmo.
Algo que está sempre ao seu lado não é passado. Pois não passou. Simples assim.
- Quem és tu que me diz com tanta propriedade o que sinto? Vamos Responda! És mais um de meus devaneios? - Gritei aguardando respostas.
- Sabes que não tens devaneios. És lúcido.  - Respondeu a voz, seca como um Martini.
- Quem sois vós? - Perguntei, já desesperado.
- O seu passado. Sabes que sou eu. Sabes que estou aqui te observando. Voltarei a ficar em silêncio agora. E acumularei mais este sentimento. - Disse a voz, já ao fundo.
- Espere! Tenho mais perguntas! - Gritei.
E o silêncio pairou no quarto. Por mais que eu berrasse para a voz voltar, quando parava o esperneio, não havia um ruído sequer.
Mas eu tinha certeza que ele estava lá. E agora eu tenho certeza que ele, o passado, sempre continuará aqui. Sempre será presente.
O passado estará sempre ao seu lado.
O problema é quando você gosta disso.
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apoptosemoral · 3 years
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quero começar esta mensagem te dizendo para ficar tranquila porque não tenho a menor intenção de gerar ansiedade. tenho como objetivo falar algumas coisas que preciso dizer, e não espero mesmo qualquer tipo de resposta sua, meu objetivo aqui é simplesmente me comunicar. no final desse texto eu escrevi só um pedido, então se quiser avançar para lá, seria importante ler pelo menos esse final. vou me esforçar para ser mais respeitosa do que fui das últimas vezes. quando isso tudo começou acredito que o que mais se dizia era “temos que mastigar o que aconteceu, porque está tudo muito recente”. e acho que foi a única verdade que foi compartilhada por nós três. passado quase um mês, acho que estou pronta. bom, da minha ótica, tenho certeza que minha posição era um pouco mais difícil que seu lugar e o lugar do william. você estava diante da possibilidade de se relacionar com alguém por quem tinha se “emocionado”, ele igualmente. eu estava diante da possibilidade de perder um relacionamento de quase três anos com casamento planejado, e uma companheira de partido que muito admirava. os cenários de vocês envolviam perdas e ganhos, o meu envolvia somente perdas. e assim seguiu. quando você me disse que estava “emocionada” por ele antes mesmo de ir na casa dele e vir a minha, me é estranho. você diz “sei separar as coisas” e diz ter certeza da sua verdade. disso eu não duvido. mas são coisas inseparáveis. se você tem interesse por uma pessoa e fica com ela, como que você vai separar seu interesse na hora de beijá-la? na hora de transar com ela? vai guardar numa caixinha e vai colocar de volta depois que terminar? quando você assume uma premissa que é contraditória, necessariamente terei que criticar isso (se for algo que me diz respeito). mas agora eu consigo entender com mais assertividade o que aconteceu. entendo que talvez você não tenha essa mesma percepção, que não perceba como essa premissa é falsa, e que não perceba várias coisas anteriores a isso - seja por influência do william ou por não ter conhecimento da trajetória dele, mesmo. bom, quando eu e william decidimos que queríamos tentar nos relacionar com outras pessoas, passei um ano e meio para convencê-lo. te contei isso, né? tentei fazer com várias pessoas. várias. mas precisava ser uma mulher nas condições que ele queria. já reparou que somos parecidas fisicamente e nos gostos? poisé. quando percebi a aproximação de vocês, a primeira coisa que fiz foi facilitar para ele a realização disso que ele pensava. ele já deve ter te dito que achava que você era lésbica, então tecnicamente esse interesse foi “estalado” por mim. misteriosamente, um ano de resistência à ideia do menage se transformou em um sim instantâneo. é claro que eu fiquei feliz. mas hoje entendo que você foi uma ponte para que ele fizesse o que gostaria sem sentir culpa. tenho ótimos motivos para acreditar que nosso término já estava iminente, mas ele não tinha coragem de assumir isso para si e muito menos para mim.   vou te dar algumas informações que considero que gostaria que tivessem compartilhado comigo quando comecei a me relacionar com ele, porque sinceramente acho que você pode ser mais uma vítima. uso essa palavra tendo consciência do peso e já usei ela com o próprio. não quero que você se sinta um “objeto” aqui, mas preciso te dizer que ao terminar com foi quando o conheci. amigos e conhecidos me contaram várias histórias dele, e conversei com duas mulheres que também tinham se relacionado com ele (uma delas foi namorada e a outra foi uma ficante que conheceu a família). nos dois casos, como o meu, existiu uma terceira pessoa na relação para encerrar o momento de crise. no caso da outra ex namorada, uma traição. no caso da menina que ele ficava sério, ele simplesmente disse que estava com outra pessoa e foi ficar com essa outra pessoa. nessa última história, a outra pessoa era eu - e eu não fazia a menor ideia de nada disso. sabe o que nós três temos em comum? somos neuroatípicas, não somos brancas, e na época que nos relacionamos com ele estávamos em vulnerabilidade por questões da nossa vida.
todas essas coisas se somam para entender essa pessoa que infelizmente descobri ter me relacionado, sem perceber. é surreal que alguém que tenha tantas qualidades possa, ao mesmo tempo, ser ruim desse jeito. para mim foi difícil de acreditar até ver na minha frente. só que quando paro para pensar nas várias omissões que me submeti e nas dificuldades que passava calada, percebo que de verdade estou muito mais completa agora, entende? e isso me deixa livre para não desejar nada de ruim a vocês, mas sigo meu princípio de expor potenciais abusadores psicológicos. te digo de coração que o que me magoa nisso tudo não é a relação de vocês dois. depois de tudo que aconteceu, vocês estarem juntos agora é a última coisa que me magoa. o que me magoa foi como ele me pediu um tempo me dizendo coisas do tipo “não posso mais pensar em falar com ela porque sei que isso te deixa triste”, “não quero mais jogar com ela porque sei que vai te ferir”, “quero ir embora para POA porque sem você aqui não faz sentido ficar”; e ao mesmo tempo, continuava mantendo contato com você. não sei o que ele te dizia. mas ele não teve a coragem de terminar comigo - mesmo já tendo assumido o interesse que tinha por você, para nós duas. me magoa o tanto de manipulação que ele fez para me culpar por estar com você, dizendo que eu causei isso tudo. não se assume responsabilidade nenhuma. na versão dele, que conta para os amigos, eu sou pintada como exagerada e doida. o que me magoa é ter te conhecido em um núcleo feminista e saber que essa é uma pauta importante para você, mas que não consegue perceber a incoerência que é se relacionar com ele depois de tudo que aconteceu. sim, vocês podem ter ficado juntos somente depois de nós dois terminarmos (embora tenha toda a problemática das premissas que falei). mas se você não consegue entender como esse tipo de responsabilidade emocional perpassa a “sororidade” com uma mulher que constrói um projeto político com você, desculpa, mas eu acho que você não entendeu nada sobre o que é ser feminista. me magoa ter cogitado sair do partido para não ter que lidar com você. mas isso decidi não fazer. esse término me tirou muitas coisas, mas não vai me tirar minha convicção política. eu nunca esperei coisas das pessoas ao meu redor, somente respeito. vocês dois faltaram com isso de formas diferentes. e quanto a isso, tenho todo direito de querer me manter longe. te falei em uma mensagem de áudio que eu queria distância de ti e esse segue sendo meu pedido. estou me distanciando de tudo e de todos que me remetem a essa história. sei que está tendo pouco tempo para participar do partido, então a única coisa que te peço disso tudo é que considere deixar o Lélia, já que está atuando também no Diversidade. embora eu tenha dividido o que ocorreu com algumas pessoas, não quero levar isso para o partido como uma medida que precise ser tomada. mas preciso ficar longe de você pelo menos dentro de um ambiente feminista, porque parece uma piada de mau gosto. sabe?
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apoptosemoral · 3 years
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funções
hoje você me mandou uma fotógrafa muito linda com um trabalho incrível e passei uns bons minutos admirando  achei legal que tivesse lembrado de mim para me apoiar em minha trajetória como uma boa comportamentalista, acabei suspendendo um pouco as sensações que aquilo tinha me evocado e me perguntei qual a função disso? sinto que você busca a todo custo mostrar que está comigo, que não quer me desamparar, que aposta nos meus planos e nos meus ideais desde o começo de nossa amizade você é muito capaz de me transparecer isso, mesmo com todas as suas contradições e nunca foi difícil para mim te falar sobre suas contradições: o seu machismo ao olhar para a bunda de mulheres na rua, ao sair com caras casados que dão em cima de outras mulheres e não fazer nada sobre isso, ao assumir flertar com outras mulheres mesmo sendo noivo em um relacionamento fechado, ao fazer brincadeiras sobre gravidez e abandono, ao mudar sua forma de agir perto de mim por saber que criticaria essas coisas (e continuar fazendo perto de outros homens). sempre falei e continuarei falando. ocorre que, por mais que você diga que está ao meu lado (e eu realmente queira acreditar que está), a contradição nas suas atitudes dessa vez falou um pouco mais alto.  eu explico: entre abril e junho, passei aproximadamente 3 meses sem ver meu namorado que morava em sua casa em respeito a você. era uma decisão que você tinha tomado e imposto ao william. e eu, enquanto pessoa que amava vocês dois, respeitei. 
o momento e a situação eram outros, mas foi aqui que eu entendi que o william era uma pessoa que morava na sua casa, e não uma pessoa que morava com você.  o que eu digo sobre contradições, wing, é que você me diz que quer o meu bem, fala que discorda do que o william e abre a casa que é sua para que essa “merda” que você julga aconteça. entenda que aqui eu não estou nem falando sobre o relacionamento dos dois ou você se conivente ou não com isso. isso é outra conversa, que nem me diz respeito. estou falando do que diz respeito a eu e você. estou falando somente da sua incoerência ao dizer que acha isso errado (o que eu não sei se é verdade) e permitir que aconteça debaixo do seu teto (que você já demonstrou mandar, em outra situação comigo).  então assim, eu concordo muito com o que você disse na minha casa de não esperar nada das pessoas. eu não esperava nada de você quanto a isso, e eu falo de coração. assim como não espero que faça absolutamente nada depois dessa conversa. mas eu tenho todo o direito de reprovar as suas atitudes e não querer me manter próxima de alguma percepção que eu tenha de incoerência, machismo ou falta de hombridade. a outra incoerência é quando você diz dentro da minha casa que discorda do homem que me traiu e alguns minutos depois, conversando com minha mãe, fala que planeja morar com ele em outro lugar... bom, wing. está claro. não pela sua fala, não pela sua atitude comigo. mas sim pela sua não atitude com ele. lembra o que eu disse sobre função? o silêncio também tem suas funções. para deixar claro, eu não tenho a menor pretensão de afastar vocês e nunca tive. mas queria que você descansasse quanto a isso de me mandar coisas para meus projetos, sabe? eu já analisei o que precisava analisar sobre você e não acho sincero o que está fazendo. me soa como uma compensação. acho que você deve se sentir livre. quero que entenda que não estou dizendo que não quero mais conversar com você, que não quero ver sua cara; eu gosto muito de muitas partes de quem você é e quero mesmo que seja feliz! de preferência, adicionando algumas camadas de reflexão sobre suas atitudes e coerência. sei que já está nesse caminho em suas leituras e terapia. 
e de uma vez por todas, caso não tenha ficado claro sobre o problema dessa “merda” relativizada, vou ser direta uma última vez: o problema não é o William estar com outra mulher, ou ter estado com outra mulher enquanto estávamos juntos. o problema é ele ter me dito que não estava com ela enquanto me pedia para esperar. isso se chama enganação e traição de confiança. e ele fez comigo, com a mulher que veio antes de mim e com a julia. é um padrão.  ps: pare de chamar a julia de louca. foi a pessoa mais ponderada com quem conversei nos últimos tempos. essa narrativa de chamar a mulher de louca corrobora para a descredibilidade de sua fala. antes eu tivesse a escutado, em vez de te escutar. e quando você a chama assim, fico pensando que a próxima pode ser eu.
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apoptosemoral · 3 years
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tenho medo de não conseguir mais confiar em ninguém quando soube das suas mentiras e assimilei as dores que me causou morri um pouco por dentro 
aquela parte de mim que acreditava que a intenção e a vontade poderiam sustentar uma relação, se foi o personagem que criou me fez acreditar que seria capaz de comunicar qualquer intenção de mudança de roteiro ou qualquer dificuldade
quanto a mim, a ingenuidade e a capacidade de mergulhar em novidades talvez tenha se esvaído logo eu que acreditei que não me apaixonaria de um jeito tão intenso novamente logo eu que prometi sempre ter vários pés atrás antes de caminhar junto logo eu que afirmei para mim mesma ser meu próprio porto seguro só não achava que meu porto seguro poderia se abalar quando os barcos atados partissem sem aviso prévio e a estrutura principal, que já estava tão habituada às visitas, agora precisa de reformas como dói, william. como dói.
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apoptosemoral · 3 years
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a coragem de me dizer não
você não tinha o direito de fazer isso conosco passeio pelas ruas do entorno da enseada do suá e em todo canto há um pouco de ti com uma música triste nos fones, me divido entre dois sentimentos a saudade de quem nós fomos, em meio a memórias e risadas que ficaram nessas esquinas e do ódio que me consome, cada dia um pouco mais, pela decisão sádica que tomou ao me deixar da forma como o fez eu não sei porque você fez isso não sei porque criou um personagem para que eu ficasse ao seu entorno e sim, talvez eu não ficasse se soubesse quem você realmente era não sei porque decide me machucar tanto, agindo como age não por ficar com ela, mas por não ter tido a coragem de assumir por não ter tido sequer a coragem de me dizer não por não ter tido a consideração dói muito, e ainda vai doer dói muito, e talvez eu nunca consiga entender dói tanto, mas tanto, que quase consigo esquecer das nossas boas memórias mas infelizmente lá estava um dia chuvoso da praça dos namorados para me lembrar aquela vez que pedalamos morrendo de rir por que você fez isso?
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apoptosemoral · 6 years
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O arcanjo
O tanto que te sinto transborda linhas e limites Extrapola medidas e explicações Conjuga versos e dores Eu não entendo como nos tornamos nós Porque nos permitimos tamanha barbárie Tamanho envolvimento Tamanha construção Tenho medo de te manter por perto Tenho medo de te deixar de fora Quem eu era antes de tu chegares? Como vou ser depois que tu partires?   Com todos os teus defeitos e maus hábitos Você é você Eu sou eu E nós não somos nada além de uma soma desses dois  É simples. É bonito. Vai durar.
Tu és força, disposição, vontade. E não fazes a menor ideia do quão importante és. Me abraça forte Não sai daqui. O que te escrevo é um “isto”. Não vai parar: continua. Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.
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apoptosemoral · 6 years
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Quem não somos
A vida tem desses amores. Esses que conhecemos ali, dobrando a esquina a três quarteirões de casa. Tem aqueles que conhecemos nas noites ébrias e insensatas, aqueles que encontramos no coletivo toda quinta feira, aqueles que gostaram da sua foto e te aprovaram no aplicativo de trepada, e aqueles que conhecemos há uns quatro anos - e nunca havíamos notado em como achávamos bonita a bendita covinha que só existe do lado esquerdo do rosto. A vida tem amores passageiros. Aqueles que sabemos que, de acordo com as normas sociais, são feitos para acabar. Pode acontecer com o amor alcoolista, o do transcol, o do tinder e o da covinha. Tal qual Jeneci pontuou, aqueles que são feitos para caber num espaço de tempo, num despertar apressado na cama do outro, na expressão de dor forjada quando se diz “infelizmente hoje não posso ficar com você”. Aqueles que a gente tem vontade de continuar conversando, mas não pode. Aqueles que a gente tem vontade de surpreender esperando na porta do trabalho com um convite para um chocolate quente, mas não deve. Aqueles que a gente queria insistir, emendando numa segunda sessão seguida de cinema para se divertir um pouquinho mais, mas não tem tempo. Sentir, em tempos atuais, é tão equívoco.  Te perguntei sobre quais eram as normas para viver um relacionamento casual, já que não estou habituada. Você riu e eu só olhei bêbada para sua covinha, que eu já conhecia de tempos atrás daquele transcol que pegamos juntos numa quinta feira. Que bom que nos encontramos no Tinder. Embora eu me entenda como forasteira nessa realidade, é tempo de compreender quais convenções posso (e devo) sabotar. Não se trata da vontade de buscar por paixões e incessantemente preencher o vazio que os tempos ocasionam, mas um ímpeto genuíno de aprofundar na vida de outra pessoa, já que é tão sufocante se aproximar com o intuito de promover a distância logo em seguida. Porque olho para você e te vejo como outra pessoa. De carne, osso, coração, baço, fígado e sonhos e vontades e história passadas. E risadas acumuladas sobre todas as artes que já fez na infância. E expressões sobre a saudade da sua casa e do seu porto seguro. E quero te falar sobre como me sinto diferente e igual sobre as coisas que são comuns a nossos universos. A gente não precisa chamar desse amor que amedronta e faz as pernas tremerem. A gente pode ter um amor ocasional, casual, de duração mediana e algumas lições para aprender. Mas eu preciso que você esteja inteiro para que eu possa ser inteira. Porque me autoriza transparecer o contato que não tem medo. E me torna inteira quando a outra metade também é de verdade.
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apoptosemoral · 7 years
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Divã
Eu me sinto nua perto da saudade É com ela que eu me abro E nela que eu me desmonto Quem somos nós e onde viemos parar? Como chegamos tão longe? Em tempo e em espaço. Não preciso de um soneto para explicar que mesmo latente a gente sente Não consigo transcrever um sentimento de tantas lágrimas e sobretudo risadas Moldes não me contemplam Estruturas não me compreendem Passagens não me saciam
É de muita força esse nosso amor É de muita história essa nossa fuga É de muita fuga essa nossa vida E é de tanto enfrentamento que a gente permanece junto.
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apoptosemoral · 7 years
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demons and angels
Eu não sei seu endereço. Não sei por onde andou nos últimos tempos Não sei quem foram elas e como te afetaram Eu não sei que horas acorda e nem como decide o que tomar no café da tarde Não sei quantas vezes seu coração foi partido, ou se quer se isso é possível Não sei se você considera possível se apaixonar e se envolver e talvez se permitir ir além E me pergunto seriamente o porque de eu me perguntar tantas informações sobre você, que mal posso me envolver Mal        posso                   me                           envolver Eles disseram "O que nos envolve?", eu devolvo. Melhor, por que você me envolve? Eu não sei muito sobre seus gostos Não sei como você reage a filmes no cinema Gosta de manteiga na pipoca? Posso pegar na sua mão? Posso te acompanhar em uma caminhada sem rumo? O que você pensa sobre minhas confusões mentais? O que você acha que sabe sobre mim? Te conheci em carne e osso há uma semana. E cá estou escrevendo sobre quem não sei que você é Escrevendo em um computador, porque não consigo acompanhar esse fluxo de sentimpensamento. Tal como você. McCandless Narciso Gatsby Melo Mal consigo trazer sentido para todos os arquétipos que me lembra. É como quem cativa e empurra É o dual que não precisa decidir É o intenso e maniqueísta, É o que excita e sossega.
Antes fosse só carnal. Antes fosse só recíproco. Eu não sei para onde, mas vamo.
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apoptosemoral · 7 years
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E eu ri  Porque me pegou desprevenida e me fez me sentir desmerecida Mas me dava fôlego                                 e me tirava o gás Como qualquer situação da vida,                                                      não pude deixar                                                                                 de assinar                                                                                                   meu nome na lista masoquista esticava até alcançar gemia até contorcer estirava quando podia e quando não podia, me des[a]parecia 
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apoptosemoral · 8 years
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Desculpe Gregório, preciso falar sobre Wilzinho
Conheci ele na vida, mas a gente se aproximou no Tinder. Essa frase não pareceria romântica sob nenhum aspecto, nem mesmo se você nunca tiver tido acesso a esse aplicativo. Ele não era um frequentador assíduo dessa rede, enquanto eu tentava puxar assunto de três em nove meses (espaço entre relações malsucedidas e momentos intensos de solteirice). Quando os caras testavam se eu realmente entendia de filmes cults, ele ria quando eu dizia que gostava de funk ostentação. Quando queriam balada, ele dizia preferir café. E postava fotos jogando poker. E fumando. Menino para casar. A resposta, sempre rápida e direta, comprovava sua realidade transparente e despida de joguinhos. Ele era um cara muito interessante. Enquanto ele viajava para a Itália, nosso interesse parecia amadurecer. Mesmo com as quatro horas de diferença infinitas. Os e-mails começaram a surgir na caixa de entrada, sem parar. Até o dia em que trocamos áudios após uma noite de vinhos. E com o impulso da Banda do mar, admitimos: Era mútuo. Nos vimos pela primeira vez dia seis de outubro. O frio na barriga era constante. Mas quando ele me beijou depois de comer um Big mac – e sem escovar os dentes – eu sabia que tinha grandes chances de ser ele. Começamos a namorar dois meses depois, depois de eu negar o pedido uma vez. Ele me ganhou com muito mais do que um risoto. A gente se deitou por muitas tardes, só encarando o olhar um do outro. A conexão estava ali. Prometemos assistir a muitos filmes sem sucesso, e séries também. “Netflix and chill”. Encaramos duas mudanças juntos. Encaramos quinze, oito e duas horas e dramins para nos vermos periodicamente. Viajamos em um ano como eu nunca fiz em toda a minha vida – embora eu seja uma cigana. Construímos ideias e planos juntos, concretizando um a um. Aprendemos sobre humildade, séries boas, comidas de diferentes nacionalidade e principalmente sobre nós mesmos em todo esse tempo. Porque a vida com ele é mais leve e consigo perceber em quais partes existem os sublinhados vermelhos do Word. Vejo as nossas fotos e sei como somos felizes. Sei que quero o fazer feliz. E fazer o feliz. Ponto.
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apoptosemoral · 8 years
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Yin Yang
O Rio não é tão doce Não reclamo de ir É só que a ginga de Pajé Não basta para o meu cometa Por que eu só rio na hora? Antes não sorrio
Dias duram pouco Semanas duram cinco dias Horas se contorcem Minutos se desperdiçam Mas é desperdício se estou com você[s]?
A distância aperta A saudade corrói A fala cura Mas não parece livre O que estou associando?
Por que a dor no campo semântico não consegue ser romantizada? Que pulsão de vida é essa que me faz me sentir autodestrutiva?
Como pode ser tão complementar? Como pode ser tão contraditório? Como pode ser tão comprometedor? Por que minha dor parece estar comprometida?
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apoptosemoral · 8 years
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Se o dois é bom e o três é demais E lembrando que usualmente os extremos são dois Qual é a sua identidade caso faltem algarismos para contar? O resumo oprime ou a soma suprime? O ser sublime ultrapassa o que se distingue?
Quem somos quando falham os números? Para contar verdades e proferir sentimentos Para conter burbirinhos e tempos no compor
Quem é você no olho do furacão? É como quem pareço ser no meio da multidão? Quem somos nós a sete palmos do chão? Será a mesma voz que me falou ao coração?
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apoptosemoral · 8 years
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xará de ego
todo mundo quer ser meio vanessa e emitir onomatopeias respeitadas e famosas, independente de seu real significado pessoal. mesmo que haja alguém que possa com a tal da felicidade todo mundo quer ser meio cícero para poder sempre que quiser admirar o parque, e desgastar a sola dos sapatos, e fazer canções sobre como o amar é deprimente e cansativo todo mundo quer ser meio maria para passar despercebido na rua com uma blusa rosa choque e maquiagem borrada sem nem ao menos fazer sentido todo mundo quer ser meio fábio e ter graça na hora em que a graça é precisa. em que ter graça é preciso. em que ser engraçado é sinônimo de ser precisado todo mundo quer ser meio ramone e ser rápido e ser intenso e ser memorável e não ter vírgulas e ser fácil de decorar todo mundo quer ser meio paulo e tirar uns bons trocadilhos com palavras que não lhe são estranhas. mas que muitas das vezes lhe estão aproximadamente distantes
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apoptosemoral · 8 years
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Sugestivo. Buscava por algo sugestivo. Tanto quanto teu olhar, tão majestoso quanto teu olhar. Instigante, dissimulado. Difícil de simbolizar sem que perca sua ingenuidade. Se guardasse toda a profundidade com a qual teus olhos enxergam, ela seria tão funda quanto o mar, ou a longíqua atmosfera que guarda a Terra. Os contemplaria até que me cansasse. Negros, de cílios longos. Oblíquos e dissimulados. Não sei pra onde olham, o que vêem, o que transmitem ou pretendem omitir. Olhos tão belos que se confundem em tua face, se perdem no que contemplar. Ressaca, vá de ressaca! Anseio pelos mais belos e tentadores caminhos, temerosos e sem escala. Lógico que, todo esse imediatismo sem aparente solução e motivo, são meras utopias nunca antes vislumbradas. E sem a mínima prova. Verdade absoluta sem realização. “Teorema sem demonstração”. Não existe e se descaracteriza. Nem tudo vem de algo, ou possui realmente algum motivo concreto. Surrealismos oriundos de nada são os que concretizam teorias. Utopias, que em sua etimologia grega, significa lugar nenhum, lugar algum ou ausência de lugar, é a personificação do que se sente. Sinto por ti e por nós.
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apoptosemoral · 8 years
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mas hoje eu acordei com olheiras maiores do que o normal os aranhões nas costas haviam cravado mais marcas o café já não causava tantos tremores temores             onipresença                                 inconsciência                                                       ansiedade                                                                         emancipação torno-me refém de uma rotina que não sufoca a questão é que não me há refúgio no interior não há concentração suficiente não há resolução suficiente não há, inclusive, masturbação suficiente não existem placebos para a ansiedade pretend[o] estar bem. psico-sadismo psico-autosuficiência psico-zzzzzze engolia aquilo tudo sem nexo. engolia tudo em sexo. do coito a in[ter]dependência quanto mais intrínseco, mais intenso. me veja outra dose de stress, por favor por Arthur
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