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alice-littefairy · 6 years
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Something about you and I | Alice & Frank [Flashback]
O baile de formatura chegara finalmente! Todos os anos Alice via seus colegas mais velhos andando pelos corredores durante meses falando sobre trajes e pares e músicas e danças e tudo o que a garota pensava nesses momentos era como queria que chegasse logo a sua vez. E lá estava ela, em frente ao espelho, arrumando os últimos detalhes de seu vestido e cabelo. Depois de tantos anos naquela escola, era a última noite que passaria entre aquelas paredes e, embora o sentimento de nostalgia fosse forte e as lembras boas, a ansiedade de ir para outro lugar, conhecer outras pessoas e respirar outros ares era maior. Como em todos os outros eventos em que tinham oportunidade, Alice e Frank iriam juntos. Não como um casal, claro, mas como amigos. Melhores amigos. Embora fosse um momento em que outros alunos aproveitavam para pôr seus interesses românticos infantis em prática, apenas parecia certo ele a acompanhar e vice e versa. 
Com um vestido azul bebê rodado até o joelho, a pequena prendeu as madeixas escuras em um coque formal e contou com a ajuda das poucas amigas para os toques especias em seu visual, já que ela não possuía o dom da vaidade como elas. Declarando que estava pronta, despediu-se da avô e pegou um taxi até a casa de Frank. Sequer viu o pai, mas Maria fez questão de tirar uma foto para mostrar para ele mais tarde, já na casa de Augusta sabia que seria bem tratada, era como uma segunda família para ela. - FRANKIEEEEEEE! - chamou em alto e bom som quando desceu do carro, um pouco animada demais.
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alice-littefairy · 6 years
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little-lion-frank:
Frank e Alice eram conhecidos de infância. Como bom amante de sorvete que era, o menino sempre frequentava a sorveteria dos Fortescue quando podia, e foi assim que acabou conhecendo a menina. Quando começaram a frequentar a mesma escola no ano anterior, ficaram mais próximos e por isso Frank sabia o quanto o mundo - quase sempre tão maravilhoso - de Alice estava bagunçado. Apesar dos poucos encontros e conversas durante as férias de verão, ele sabia sobre o acidente, sobre como a família dela estava perturbada e como seu pai estava enfurnado no trabalho sempre que podia. Ele sentia muito pela perda, mas não sabia muito bem como ajudar a amiga ou colocar aquele sentimento em palavras. De qualquer forma, um novo ano escolar estava se iniciando e ele estava disposto a fazê-la se sentir melhor. “As coisas passam”, a sua avó sempre dizia. 
Ouviu a voz tão conhecida de Alice se aproximar, juntamente com o som da cadeira sendo afastada. Levantou os olhos e deu de cara com a menina lhe encarando, há poucos metros. ‒ Pode falar, eu pareço ridículo ‒ falou com a voz abafada pela mochila que ele ainda abraçava perto do rosto. Suas bochechas estavam vermelhas de vergonha. A última coisa que ele queria era parecer feio perto da amiga.
Alice sentia falta de estar com Frank. Depois de alguns meses nos quais eles se viam todos os dias na escola, ter a presença dele por tão pouco tempo naquele período tinha sido uma tortura para a pequena, pois eram poucos os amigos que tinha e menos ainda aqueles que podia ter contato continuo. As visitas de Frank eram um alívio quando as coisas estavam realmente ruins e seria uma dádiva ter ele todos os dias novamente. Porém, ele estava diferente. Normalmente o rapaz era um pouco mais quieto que os demais, tímido e um tanto inseguro, não que essas características fossem negativas aos olhos de Alice, pelo contrário. Hoje ele estava ainda mais cabisbaixo e a única coisa diferente que a garota notava era o óculos que mantinha-se escorado sobre o naraz do amigo. - Por favor, Frank, muita gente usa óculos! -  respondeu, mas sabia que não seria o suficiente para o amigo, afinal, isso não fazia diferença nenhuma  em como ele veria a si mesmo - Além, do mais, you look smart.- respondeu com um ar divertido, mas o elogio era real. Longbottom era de fato um rapaz muito inteligente para sua idade e sempre ajudava Alice com as atividades que ela tinha dificuldade. O óculos apenas parecia ressaltar isso, mostrar fisicamente o que passava naquela cabecinha. 
[FB] you look smart || @Alice
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alice-littefairy · 6 years
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Aquele ano seria difícil e Alice sabia disso sem que nenhum adulto lhe dissesse. Há alguns meses sua mãe havia falecido e o final do primeiro dela na escola fora interrompido, sendo recuperado com aulas particulares feitas em casa. De qualquer forma, a pequena esperava com toda vontade do mundo que o próximo ano começasse, assim poderia sair daquele lugar escuro e recheado de lembranças e embalado em pesar. Seu pai, pouco o via, desde o acidente ele mantinha-se afastado de tudo e todos. Avó Marie, quem lhe cuidava de verdade, dizia que ele precisava desse tempo para recuperar as forças e o trabalho era a melhor forma de ocupar-se com algo além do luto, pelo menos estava produzindo e não destruindo-se. Uma parte daquela história era mentira e todos sabiam que a sorveteria dos Fortescue estava indo de vento em popa. De qualquer forma, a escola parecia a melhor saída para Alice, onde teria outras pessoas além de sua avó para conversar.
Logo que encontrou na sala de aula, sentou-se em uma cadeira próximo ao fundo. Mesmo sendo uma das mais baixas da turma, sabia que Frank sentaria próximo e ele era a única pessoa com ela desejava falar naquele instante. O que era estranho, já que havia outras crianças na sala de aula, mas todas elas parecia olhar estranho para ela. Conforme outros colegas iam adentrando a classe, Alice mantinha a cabeça erguida a espera do amigo e não conteve o sorriso quando o viu atravessar a porta. Ele estava de cabeça baixa e sequer a notou quando passou ao seu lado, o que a fez manter o olhar fixado nele até que ele a mirou. - Cool - disse quando se aproximava dele, depois de se levantar e sentar na cadeira ao lado dele..
[FB] you look smart || @Alice
Frank nunca foi um menino muito seguro das suas capacidades. Não se achava tão esperto, nem tão engraçado, muito menos bonito. Muito menos bonito. Com seus 12 anos de idade, sua puberdade não dava sinal de aparecer tão cedo, e Frank permanecia um garoto com cara de criança, porém mais alto que todos os seus amigos. Nas férias de verão, sua avó notara uma nova dificuldade no neto. O mesmo esbarrava nos móveis, não conseguia encontrar nada que ela lhe pedia e estava cada vez mais desatento aos detalhes. Sem pestanejar - e com muita resistência dele - levou-o a um médico esperando algum tipo de retardo mental, que acabou se tornando apenas um problema de visão.  O agora alto e desengonçado Frank Longbottom precisava de óculos com uma certa urgência. Sua avó lhe levou a uma lojinha perto de casa e escolheu para ele uma armação grossa, escura e meio quadrada. O menino apenas consentiu, segurando o choro e a frustração de ter adquirido mais uma característica esquisita. Ao fim das férias, tentou esconder o par de óculos na mochila para que ninguém visse, mas acabou sendo vencido pela cegueira. Por ser mais alto, sentava nas últimas cadeiras da sala de aula e, consequentemente, enxergava muito pouco do quadro.  Preparou-se a noite toda para o dia seguinte: o dia em que chegaria na escola usando seu novo acessório horrendo. Vestiu o uniforme ao som de uma marcha fúnebre que tocava apenas na sua cabeça e andou o caminho todo de cabeça baixa, evitando olhares desagradáveis. Entrou na sala olhando para o chão e ouviu uma risadinha ou outra, que lhe fizeram desmoronar por dentro. Sentou-se, abraçou a mochila e escondeu o rosto ali, tentando não morrer de vergonha. Nem viu que Alice estava sentada poucas cadeiras na frente, olhando para ele. 
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alice-littefairy · 10 years
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O ANJO E A FADA || Eu gosto de você e gosto de ficar com você… meu riso é tão feliz contigo… O meu melhor amigo é o meu amor.
i. Anjo - Banda Eva | ii.Velha Infância- Tribalistas | iii. Retorno de Saturno - Detonautas | iv.Ainda é Cedo - Legião Urbana | v. Por Onde Andei - Nando Reis | vi. Pra Você Guardei O Amor - Ana Canas | vii. Todo Amor Que Houver Nessa Vida - Cazuza | viii. Sutilmente - Skank | ix. Por Enquanto - Cássia Eller
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alice-littefairy · 10 years
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alice-littefairy · 10 years
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Living is easy with eyes closed || Fralice || January 1975
The Blue Album era a maior preciosidade física que Alice possuía. Era um disco velho, com a capa surrada e já tivera outro dono além da pequena, porém havia sido um presente de sua avó em seu aniversário de treze anos. Na verdade o presente havia sido uma vitrola que poderia ficar no quarto de Alice, assim ela poderia ouvir suas músicas quando quisessem, sem depender da avó para pedir um de seus preciosos discos. Junto ao tocador, a velha Granfors deu a neta um de seus álbuns preferidos, pois sabia que aquele era o favorito de Alice. Esse gesto deixou a pequena com um imenso sentimento de gratidão e isso a fez se apegar muito ao presente em si. Desde então a pequena passava horas em seu quarto ouvindo aquele disco e mesmo que ganhasse mais e mais discos com o passar do tempo, nem um deles poderia substituir aquele álbum do Beatles. Alice voltou para Hogwarts trazendo ambos os presentes, dividindo com as colegas de quarto o tocador e fazendo com que o disco lhe ajudasse a não sentir falta de casa. Naquela tarde, por um milagre chamado nefelibatismo, a garota conseguira ficar sozinha no dormitório durante um longo tempo. Na verdade, Alice voltara mais cedo do almoço para pegar o dever de História da Magia que havia deixado sobre a cama e, vendo que ainda tinha tempo, a morena aproveitou para ouvir distrair-se com a música, porém acabou por se entreter além do permitido e deitou-se na cama, recitando as canções com entusiasmo. Alice fechou os olhos e pode ouvir a avó no andar de baixo mexendo em suas panelas e a chaleira chiando e em seguida seus passos subindo as escadas para chamar a neta para o chá diário e então as batidas na porta.
Nesse instante a morena se sobressaltou, pois as batidas não estavam apenas em sua imaginação, já pareciam estar no fundo na música e sim no lado de fora do dormitório. Antes que Alice achasse que tivesse enlouquecendo, as batidas se repetiram e ela notou que alguém realmente batia em sua porta. Levantando-se desajeitadamente, deixou a música tocar e atendou quem batia apenas para confirmar suas expectativas, se fosse alguma colega iria apenas adentrar, mas era Frank, sem melhor amigo Frank. Antes mesmo de ele ter a oportunidade de dizer a que veio, a morena pegou-lhe a mão e o puxou para dentro do quarto. - Vem, dance comigo. - pediu divertida enquanto aumenta o volume em sua não tão pequena caixa de música. - Ali, eu não sei dançar, você sabe disso. - o rapaz retrucou pesaroso e Alice já esperava por isso, mas era sua missão fazer com que Frank se soltasse um pouco mais, se aventurasse por terrenos desconhecidos e dançasse com ela no meio do dormitório feminino da Gryffindor. - Ninguém nunca sabe dançar, Frank, mas as pessoas dançam. E sabe porque? Elas dançam porque isso é uma coisa boa. Agora vamos lá, acompanhe o ritmo da música com seus pés. - pediu unindo suas mãos as dele e fazendo uma pequena demonstração de como deveria ser até que Frank passou a acompanhar. A música se chamava Lady Madonna e tinha um ritmo agitado e a letra não era complicada de se entender, mas claro que Alice havia tido tempo o suficiente para criar uma história envolta dela, assim como todas as outras que tinha naquele álbum. Porém não era naquilo que a morena se apegaria, pois estava ocupada dando risadas dos passos incertos de Frank. Eles estavam se divertindo até que a música acabou e o ritmo se quebrou repentinamente. O inicio lento fez com que Alice unisse suas mãos na nuca de Frank e ele compreendeu, pondo as suas próprias na cintura de Alice. O silencio se instalou entre eles como muitas outras vezes, aquele silencio confortável e pacificador, deixaram que apenas a música se fizesse audível e seus olhos fechados. O que tocava na vitrola era Hey Jude, uma das músicas com mais significado para Alice, a garota achava aquela uma canção útil, sim, isso mesmo, útil. Ela não sabia qual era a intenção de Paul ao escrever aquela canção, mas para a morena, a letra falava sobre um momento em que as coisas vão mal e você levanta, pega seu problema, o resolve e o leva como ensinamento, no final das contas você está feliz por ter ultrapassado essa barreira, você pegou uma música triste e você a fez melhor, assim como a própria melodia dos Beatles se transformava desde seu começo lento e solitário até seu fim instrumental e com varias vozes. - Deveríamos fazer isso mais vezes. - comentou quando a música terminou, porém eles continuaram na mesma posição se balançando de um lado para o outro sem realmente aprestar atenção na nova melodia, apenas usufruindo da companhia um do outro. 
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alice-littefairy · 10 years
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You've always made them proud, Neville.
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alice-littefairy · 10 years
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Alice sabia que suas palavras machucavam Frank e nunca teria coragem de dita-las a ele em circunstancias normais, porem aquela não era uma situação comum a eles e ambos estavam perdidos em perguntas e medos, de forma que não podiam lidar nem com suas emoções, ainda mais com suas palavras. Nunca houve momentos em que os amigos tiverem que tomar cuidado com o que era dito um para o outro ou necessitavam de um filtro antes de expor suas ideias, talvez fosse por esta falta de experiencia que Alice não pode controlar sua língua e não o faria naquela conversa. Ela sabia que Frank era suscetível as suas ações e opiniões, ele sempre fora e a morena havia aprendido lidar com tal falha, como ela declarava, porém naquele momento ela não poderia se preocupar com isso. Frank chorava e ali estava a maior prova de quão opostos eles eram quando se tratava de emoção e expressão, pois Alice não conseguia chorar, ela sentia o nó em sua garganta, como naquele momento, mas seus olhos continuavam a ter apenas a umidade natural. Alice sempre admirou o fato de Frank poder chorar, não o via fraco por isso, sabia que ele se derramava em lágrimas por ter sentimentos demais e aquela era a forma de suas angustias se esvaírem, porem Alice odiava ver Frank chorando. E odiava ainda mais ser o motivo dele.
Alice permanecia estática, seus braços juntos ao corpo, as pernas tremiam levemente apontando a falta de força que aquele rompante lhe causara, seus olhos eram os únicos que se movimentavam, embora que lentamente, estudando Frank. Esse que não a mirava, apenas gesticulava, horas descoordenado horas agressivamente, enquanto ela o encarava sem fazer movimento algum. A ira que dominou Alice em um primeiro instante, dissipava-se a cada palavra emitida dolorosamente por Frank, ela podia sentir o quão aquilo o fazia sofrer, então ela o fazia também. Frank lhe encarou por um instante, mas continuou seu discurso deixando-a encara-lo e confirmar que era a culpada daquele olhos vermelhos e do por trás deles havia - Não há mais ninguém, Frank. - falou a morena em tom tão baixo que o rapaz não a escutou, foi então que Alice percebeu que perdera a firmeza e não conseguia sequer fazer-se audível. Restou-lhe escutar e escutar e escutar. Até que não pode mais. Não consigo viver sem você, Alice. Não consigo viver sem você, Alice. Não consigo viver sem você, Alice. Não consigo viver sem você, Alice. Aquela frase ecoou na mente da garota a impedindo de ouvir o que o outro dizia. Não podia aguentar.
- PARE. - gritou por fim, fechando os olhos por um instante e deixando que a voz de Frank sumisse de mente, percebendo que ele havia se calado - Pare de falar essas coisas, Frank, por favor. - implorou com a voz fraca. O encarou por mais alguns segundos em que ambos tentavam ler os pensamentos um do outro, esse foi o tempo que Alice precisou para recuperar-se. - Você quer que eu seja sincera com você? Pois serei. - iniciou a fala de forma firme, ainda que sua voz a denunciasse -Eu nunca quis que nada disso acontecesse. Nunca desejei esta briga, nem nosso afastamento, nem essas mudanças todas, nem aquele beijo. Somos estranhos um ao outro quando deveríamos nos sentir mais conectados do que nunca. - continuou e pode perceber que seu tom tornava-se firma cada vez mais - Eu não sei como você chegou a brilhante ideia de que eu gosto de outro. Você me conhece o suficiente para saber que nunca tive interesse amoroso em ninguém e mesmo que tivesse, você seria o primeiro a quem eu contaria. Você sabe disso. - sua respiração voltara ao normal e seus olhos estavam grudados em Frank na tentativa de estudar sua reação aquelas palavras - Você diz que não pode viver sem mim e é exatamente isso que eu nunca quis. Meu maior medo sempre foi depender de alguém, ao passo que me assusta ser responsável por outra pessoa. - era a primeira vez que Alice admitia aquilo para alguém além de si mesma. A garota se aproximou de Frank e pôs sua mão sobre a dele, percebendo o quão gelado estaria seu toque na pele quente do rapaz - Não há ninguém, Frank, nunca houve. - finalizou deixando claro não apenas a falta de uma terceira pessoa naquela relação, mas também a falta de sentimento por parte de Alice. Sem ter mais o que dizer, nem condições de mais ouvir, a morena abaixou o olhar e passou por Frank, rumando para fora da estufa que pareceu sufocar-lhe. Não era total verdade o que havia dito, havia sim alguém em seu coração, mas ela não poderia continuar com aquilo. Era melhor que cada um seguisse seu caminho e encontrasse algo melhor do que toda aquela dor.
Say something, I'm giving up on you || Fralice
Se Frank estivesse em seu estado normal, talvez tivesse esperado uma explicação ou pelo menos teria notado a expressão confusa que tomou conta das feições da garota. Expressão que passou de confusa para enraivecida, quase instantaneamente. Talvez pudessem ter esclarecido tudo aquilo sem tantas mágoas e palavras desgostosas, mas já era tarde demais.  Os escárnios de Alice soaram ásperos e dolorosos, quase como um tapa imaterial no rosto do Longbottom. Porém ela estava certa; Ele era digno de pena naquele momento. As lágrimas que antes lutava tanto para segurar, agora já escorriam pelos seus olhos vermelhos. Suas mãos fechadas em punho sobre o balcão tremiam copiosamente, assim como suas pernas.  E, como sempre, sua coragem de falar tudo o que sentia havia morrido em seu coração. Era o poder que Alice tinha sobre ele; Nada que falasse seria o suficiente para tirar aquela dor dali e Frank acreditava piamente que discutir naquele momento seria pôr o dedo numa ferida extremamente dolorosa. Seus pensamentos vagaram pelos acontecimentos da última semana: As noites sem dormir, os bilhetes, os olhares, a perseverança e, por fim, o tão esperado beijo. Aquela sensação maravilhosa parecia tão distante quanto a certeza que o rapaz tinha sobre o relacionamento que os dois teriam em breve.
— Me diga o porquê então… — Ele sussurrou, mantendo o olhar baixo, fixado em seus punhos — Me diga por que você aceitou que eu a beijasse naquele dia se você gostava de outra pessoa? — Sua voz agora assumia gradativamente um tom forte e pesaroso — Nós nunca tivemos segredos e você sempre foi a pessoa que eu mais confiei no mundo, mais do que eu confio em mim mesmo — O Longbottom finalmente pudera encarar Alice nos olhos, deixando transparecer toda a sua dor — Eu sempre achei que se esse momento chegasse, o que eu me declararia e você simplesmente me rejeitaria, você teria a decência de não me dar falsas esperanças — Agora que tinha começado, Frank não sabia quando pararia. Seu corpo relaxou e sua respiração fluiu com mais facilidade. Ele gesticulava de forma agressiva enquanto fazia o seu discurso, aquele que tinha revisado tantas vezes durante o percurso até às estufas — E é incrível! Incrível como eu sou babaca. Eu afirmei pra meio mundo de gente o quão bem estávamos. Falei que tinha certeza que ficaríamos juntos e que era nosso destino! Eu nem ao menos sabia que havia uma terceira pessoa envolvida nisso… — O moreno relutou em perguntar quem era e terminou concluindo que preferia não saber.
— E sabe o que passa pela minha mente agora? Meu subconsciente está implorando pra que tudo isso seja um mal entendido e que você diga que me ama de verdade. Porque eu, sincera e honestamente, não consigo viver sem você, Alice. E isso me causa um dor tão excruciante, isso tem me feito passar por tantas coisas… — Ele agora tinha se sentado no balcão, e falava casualmente, rindo da sua própria desgraça, sem dar mínima atenção para a amiga. Frank queria colocar tudo aquilo para fora. Não queria mais ficar nos subentendidos nem nos pressupostos, ela tinha que saber o quanto ele era loucamente apaixonado — Mas eu estou aqui não é? Entrei aqui decidido a brigar e agora estou dissertando sobre o meu amor por você. Alguma coisa sempre me trás de volta a isso, e por mais que eu tente escapar, no fundo eu sei que eu não quero e que não é possível — O sol já havia sumido no horizonte e agora ambos eram iluminados pelos lampiões enfeitiçados. A luz amarelada destacava as sombras dos dois, tornando tudo mais dramático. O Longbottom não esperava que Alice afirmasse tudo aquilo, seria mais burro ainda se esperasse. Ainda havia muitas coisas a serem ditas, e aquela noite seria decisiva. Ou eles seguiriam juntos, ou seguiriam seus próprios caminhos.
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alice-littefairy · 10 years
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alice-littefairy · 10 years
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Love: Noun. A feeling of warm personal attachment or deep affection, as for a parent, child, or friend.
Aquela era apenas uma das descrições que os velhos e empoeirados dicionários da também velha e empoeirada biblioteca dava a Alice. Havia dias em que a morena procurava por uma explicação convincente o bastante, que a fizesse compreender o que se passava. Em todas as sentenças as palavras era objetivas, esclarecendo o que era o tão aclamado amor. Mas nem um deles descrevia como era estar amando, como era passível perceber ou diagnosticar tal sentimento. After all, how you feel the love? Para qualquer pessoa a resposta seria simples, talvez a até seria a mesma que estava nos antigos e novos livros em que a garota havia buscado, porem Alice a achava redondamente errada. Não havia como um substantivo comum, usado em histórias infantis e jogado da boca para fora todos os dias, descrever algo que enlouquecia as pessoas. Até então, a pequena nunca sentira algo forte e arrebatador, tampouco se importava e por vezes agradecia tal resistência. Depois de anos convivendo com adolescentes que se apaixonavam, diziam-se realizados e acabavam por sofrer, Alice concluiu de que era mais forte se não criasse tal vínculo, da mesma forma que não desejava ninguém dependo de si. Ela não poderia ser responsável pelas emoções de alguém e fora isso que a assustou quando percebeu os sentimentos de Frank. A morena tentou ignorar, deixar as coisas como estavam e esperava que desse certo, porem não era assim que o sentimento em questão funcionava e agora Alice sabia disso, pois ele a estava deixando louca. Talvez fosse esse o propósito do maldito amor, fazer as pessoas perderem suas mentes.
Com a mente fora da lugar, Alice permitiu-se deixar a emoção guia-la pela primeira vez e, então, ela compreendeu. Frank não era apenas uma amigo do qual ela era mais apega, ele era especial e a morena sempre soube disso, porem agra podia ver como. Frank a amava e ela amava a ele. Simples assim. Porem nada no campo sentimental era fácil para Alice. Mesmo entendo o que se passava, ela ainda tinha medo; temia entregar-se, temia machucar-se, temia machucar a ele, temia que o relacionamento não desse certo, temia perdê-lo; Alice não poderia continuar com sua feliz existência sem aquele doce e atrapalhado rapaz. Era um pensamento egocêntrico - um medo egoísta -, mas ela estava preparada para enfrentá-lo. No dia seguinte seria o Feriado dos Fundadores e eles estariam juntos como sempre estavam nessa data, passeariam pelo vilarejo, comeriam doces, se divertiriam com as atrações e se acertariam. Aquele dia seria o divisor de águas para Frank e Alice - e como seria!
O reencontro, porem, parecia ter sido antecipado. Havia parecido que Frank esperava o mesmo que ela, porem a presença repentina dele na estufa aquela tarde proou o contrário. A atenção de Alice estava concentrada nas flores das quais se responsabilizara e um sorriso não tão discreto lhe inundou a face, embora seu rosto não se voltasse para o recém chegado. Sua expressão de tranquilidade desapareceu apenas ao ouvir a voz de Frank. Havia algo errado e a morena o conhecia bem o bastante para saber que não era apenas mais um brincadeira de mau gosto como o de costume. - Frank, o que houve? - questionou preocupada ao ver os rastros que lágrimas deixavam abaixo dos olhos do rapaz até a ponta de seu queixo. Alice tentou buscar a mão de Frank em um gesto de conforto, como sempre fazia, mas ele retraiu-se, a dispensando. Aquilo por si já alarmou a menor, porem nada poderia lhe preparar para o que veio a seguir. A conversa com Juliet havia acontecido em um de seus momentos mais confusos e Alice acabou por confidenciar-lhe que estava gostando de alguém, alguém esse que era Frank; Juliet sabia disso ou a Gryffindor achou que sabia. A explicação estava pronta, porem o rapaz não a deixou fazê-la, de forma que as palavras seguintes... - Pena? É isso mesmo que você acha? Que eu beijei você por pena? - a descrença foi transformando-se em irritação durante a frase - Eu posso sentir um milhão de coisas por você, Frank, mas nem um delas chega próximo a piedade. Não acha que o que você faz consigo mesmo já é o suficiente? - emitiu firmemente e lá estava os temores de Alice se realizando. O quão tola fora ao acreditar, nem que por um segundo, que ela e Frank simplesmente poderiam ser um casal de conto de fada? Cá estava a resposta. Alice, este não é País das Maravilhas.
Say something, I'm giving up on you || Fralice
Naquele fim de tarde, depois de ser abordado por Juliet nos corredores, Frank correu para o Salão Comunal. Uma raiva como nunca havia sentido antes invadia o seus sistemas, tomando conta do seu corpo pouco à pouco. A primeira coisa a ser tomada fora seu coração; As batidas tornaram-se aceleradas e desesperadas, como se o órgão pedisse por socorro. Logo depois seu sistema motor foi alterado; O Longbottom teve que passar algum tempo escorado na parede até que conseguisse mover suas pernas. Por último, enquanto corria, seu cérebro fechava o ciclo do sentimento odioso. Estava completamente cego e irracional, não conseguia ver um palmo diante do nariz e havia um único objetivo em sua mente: Achar Alice. Ao chegar na sala vermelha e dourada, não conseguiu achá-la. Alguns rostos conhecidos surgiam em seu campo de visão, mas nenhum deles importava naquele momento. Perguntou às meninas se a Granfors estava no dormitório feminino, mas a resposta tinha sido negativa. O desespero em seu rosto era evidente; Qualquer um que o conhecesse, pelo menos um pouco, veria que ele não estava em seu estado normal.
Quando passou pelo retrato da mulher gorda, suas começavam a tremer e suas orelhas a ficarem avermelhadas. Só havia um lugar que Alice poderia estar além do Salão Comunal e naquele horário só ela devia estar lá. Frank tomou o caminho para as estufas, o que passava pelos jardins e pelo Lago Negro, mas fora a pior decisão que poderia ter tomando naquele momento. Ver o pôr do sol refletindo nas águas escuras que, há alguns dias, eles tinham se beijado fez com que toda a raiva anterior se transformasse em tristeza e se manifestasse em forma de lágrimas. O rapaz teve que encontrar uma força descomunal dentro de si para que não ajoelhasse ali mesmo e chorasse até pôr pra fora toda a sua frustração. As pernas trêmulas caminharam em passos fracos e relutantes, entrando naquele ambiente que gostava tanto, mas que estava prestes a contaminar. Demorou um pouco para que ele a visse; Alice estava podando algumas plantas com flores douradas e a luz cálida e fraca do sol poente refletia em seus cabelos escuros e pele clara.
Aquela visão fez com que Frank quase desistisse de tudo. Tentou convencer-se de que poderia ignorar aquela agonia dentro de si, em prol da amizade deles. Todavia ele sabia que nunca conseguiria. Nenhum ser humano merecia passar por aquela dor calado; Ele precisava falar. Andou calmamente até a menina, posicionando-se ao lado da mesma — Você poderia ter me falado… — A sua voz soava embargada devido ao nó crescente em sua garganta. O Longbottom lutava para não cair em prantos ali mesmo, porém as finas lágrimas já escorriam por suas bochechas, coisa que ele não conseguiria controlar — Juliet me falou… Que você estava gostando de outro cara. Outro que não eu, sabe? — O garoto olhava para as próprias mãos sobre o balcão, concentrando toda a sua coragem apenas em falar o que estava lhe machucando — Você poderia ter me falado, Alice. Não precisava ter me beijado por pena… Você poderia só ter me falado desde o início — Aquelas palavras faziam o coração do Gryffindor se despedaçar. Tantas expectativas, tantos planos… Tudo para nada. Ele podia jurar de pés juntos que eles tinham um futuro juntos. Achava que estava tão perto, quando na verdade ela estava se esvaindo por entre os seus dedos. Alice não era mais sua. Nem nunca seria.
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alice-littefairy · 10 years
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Recado de Frank Longbottom para Alice Granfors.
"I’d go hungry, I’d go black and blue I’d go crawling down the avenue, No, there’s nothig that I wouldn’t do To make you feel my love” 
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alice-littefairy · 10 years
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Marauders Era Characters → Alice Fortescue Granfors
"Her name was Alice, and she was the most beautiful creature I had ever laid eyes on"
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alice-littefairy · 10 years
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They were Aurors, you know, and very well respected within the Wizarding community. Highly gifted, the pair of them […] The Longbottoms were very popular. The attacks on them came after Voldemort’s fall from power, just when everyone thought they were safe. Those attacks caused a wave of fury such as I have never known.
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alice-littefairy · 10 years
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ooc: o que fralice representa para você? Na sua vida e etc.
OOC. Fralice ocupa grande parte dos meus pensamentos durante o dia, quando ouço música, vejo filmes e series, leio, etc… Muito coisa me lembra Fralice. E outras coisas do RP também. Com Fralice rola um sentimento especial por ser ship, pela Lu e por tudo o que se tornou. Não nego que afeiçoei de um jeito que sinto falta quando não acontece ou temos que esperar para rolar o plot, como está acontecendo agora. Amo Fralice, é isso.
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alice-littefairy · 10 years
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ooc: recebe muitos elogios por conta de seus chars?
OOC. Recebi alguns da Mari quando ela entrou AUSHAUSHA Mas não muito, acho que não sou ativa o suficiente para ter algo notável.  
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alice-littefairy · 10 years
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O que acha das players online?
Esther: a mode durona, a que põe o negocio para funcionar.
Ari: é a uma querida, serio mesmo, ela é super divertida com os gif e imagens random que se encaixam no assunto magicamente. 
Su: fiquei nostálgica ao lembrar do Living, minha falha tentativa de Lily e o Sirius dela era cute.
Lari e Angie: Não conheço vocês ainda, gatas, mas está com a gente é sangue bom.
Nikki: O que posso dizer da minha Sobrinha? Ela era meio turista, mas sempre que dava as cara era uma bíblia. 
Nath: Acho que nunca agradeci por ela ter me ajudado e aguentado quando comecei com esse lance de RP, ela inclusive fez a conta da Dorcas. Fica aqui meu obrigada pela força.
Brubble: Véi, Bubble é uma fofa, não conversamos muito fora de combinação de plots, mas ela sempre é simpática e vem com ideias.
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alice-littefairy · 10 years
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ooc: turno mais desafiador:
OOC. Primeira vez da Dorcas com o Amos, pois não sabia o que estava fazendo e queria que fosse uma coisa legal.
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