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diamanteunickforex · 4 years
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A revolução das sardinhas na bolsa de valores
Antes de qualquer coisa, um pouco de contexto para aqueles “não iniciados” no mundo da bolsa de valores: “Sardinha” é o nome que se dá, no jargão dos participantes do mercado financeiro, ao pequeno investidor, em oposição ao que seria o “tubarão” (que representa o grande investidor).
“Sardinha” deveria significar, apenas, um pequeno investidor (e, daqui a pouco, vamos tentar definir o que é “pequeno”). Mas é comum, também, se usar a expressão “sardinha” de forma depreciativa, para designar o investidor ou trader iniciante, iludido, incauto e desavisado. Enfim, aquele investidor meio “mané”.
A propósito, leia aqui: Como não ser uma “sardinha” na bolsa
Mas vamos fazer justiça a esses pequenos peixes! Afinal, ser menor não é sinônimo de ser inferior e é possível (porque não?) ser uma sardinha esperta!
Leia também: Vale a pena ter conta digital? Quais as vantagens?
A tal “recuperação em V” da bolsa
No momento em que escrevo estas palavras, o índice principal da nossa bolsa (o Índice Bovespa) já ensaia se aproximar de sua máxima histórica, cravada antes da “pancadaria” nos mercados financeiros, desencadeada pela pandemia do coronavírus.
Nos EUA, acontece a mesma coisa e os índices principais estão próximos de uma recuperação total. E o mais notável é que, tanto lá quanto aqui, esse movimento está sendo impulsionado com uma providencial ajuda dos investidores individuais… As sardinhas!
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Parece que, desta vez, são as sardinhas que estão botando os tubarões para correr (ou nadar…).
Por que os investidores sardinhas partiram para o ataque?
O que motiva esse grande cardume, aqui no Brasil, são as taxas de juros. Se elas já estavam pouco atrativas antes da pandemia, agora ficaram pior ainda. E jogaram um balde de água fria definitivo nos retornos fartos e seguros da renda fixa.
Os investidores brasileiros estão tentando obter, na renda variável, os mesmos retornos (ou mesmo superiores) aos que tinham na renda fixa “de antigamente”.
Já nos EUA, o que está servindo de combustível para as sardinhas são os grandes estímulos do governo. Além das intervenções diretas que o governo tem feito no mercado, tem o fato de que, nos EUA, o auxílio emergencial à população é mais amplo e menos restritivo que aqui. E uma boa parte desse dinheiro tem ido para a bolsa, especialmente em operações especulativas de curto prazo (como o day trade) e com alavancagem.
As sardinhas estão ficando agressivas!
Leia também: Como sair do Endividamento ao Investimento?
O que define um investidor sardinha?
A definição mais óbvia (e que deveria ser a única) é o patrimônio. O predador das sardinhas é o tubarão, que é o animal usado para representar os investidores institucionais, como grandes fundos, e as tesourarias das instituições financeiras.
Então, é difícil um investidor individual não ser uma sardinha, pois estamos falando de volumes de dinheiro REALMENTE grandes. Uma pessoa com patrimônio de dezenas (ou mesmo centenas) de milhões de reais é, ainda assim, uma sardinha (ainda que uma “sardinha gorda”), pois aqui, o parâmetro de comparação são os tubarões, com bilhões (ou dezenas de bilhões) de reais.
Mas existe aquela definição pejorativa, que não é associada ao patrimônio (dessa a gente não escapa!), mas sim a um “estado de espírito”. É o investidor iniciante e despreparado que, com grande probabilidade, vai acabar virando comida de tubarão.
É a sardinha “no mau sentido”.
Ouça: Podcast da Grão: Quebre a Caixa, fure a bolha
Como não ser uma sardinha (no mau sentido)
Assumindo que você, leitor, seja uma pessoa dentro de uma “faixa de normalidade patrimonial”, eu diria, sem muito medo de errar, que você é uma sardinha, e sempre será. Mas é a sardinha “no bom sentido”, de investidor que tem menos volume de dinheiro (inclusive, isso pode ter vantagens, mas fica para um outro artigo).
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A questão aqui é como não ser sardinha no mau sentido – no sentido de ser um investidor incauto.
Então, algumas dicas:
Investidor sardinha, valorize a educação:
A dica mais óbvia e “batida” de todas: estude, aprenda, leia e se informe.
Procure entender os conceitos fundamentais do mercado, e não apenas as ferramentas e técnicas. Ferramentas e técnicas são importantes, mas, quando elas falham, você precisa entender o funcionamento básico do mercado para sair de enrascadas.
Investidor sardinha, não ande em bando:
O fato de ser uma sardinha não significa que você deva andar com o resto do cardume.
Lembre-se que o mundo da renda variável é apoiado na falta de consenso. Em toda transação, na bolsa de valores, temos alguém que vai ficar feliz e alguém que vai se frustrar.
Se você quer ter sucesso no mundo da renda variável, terá que ir contra a maioria e, às vezes, fazer coisas contraintuitivas. Não se junte a bandos e nem siga líderes. Faça seu próprio caminho.
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Investidor sardinha: Não seja reativo
Um grande problema do investidor sardinha “no mau sentido” é não ter uma estratégia ou um método de investimento. O investidor sardinha típico é aquele que busca dicas e tenta se orientar por notícias que, quando são publicadas, já são velhas…
Ele está sempre reagindo aos movimentos do mercado e mudando de posição a cada nova dica ou a cada nova notícia. O investidor sardinha é aquele que pula de galho em galho (como assim?!? Um peixe?!?) e é inconsistente.
E a consistência é uma das características do investidor de sucesso.
Foto de energepic.com no Pexels
—— Este artigo foi escrito por André Massaro. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
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osanecif · 5 years
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Opinião – Regionalização e reforma do sistema político. Haverá coragem?
Já todos ouvimos até à exaustão as mais variadas análises sobre o último acto eleitoral. Também já todos percebemos todos os cenários para a governação, até aos próximos 4 anos, se tal se verificar. Só que nada disto me motiva para discussão. Porque, naturalmente, após as várias eleições disputadas desde há muitos anos, a conversa versa sempre a mesma “mastiga”, ainda que por palavras diferentes. Por enquanto! O que motiva é tentar perceber o que vai ser o Portugal para os próximos anos, sem que para tal implique apenas uma governação aritmética. Um significativo número de portugueses entendeu que não deveria eslocar-se às mesas de voto. E desta vez, não por causa da temperatura a apelar a ida a banhos, ou o descanso sobre frondosas árvores, de fruto, ou não! Não. Nada disso! Os portugueses não foram votar, porque também e sobretudo, já não estão para aturar uns tipos, fundamentalmente de um qualquer “aparelho partidário” que irão passar uma temporada a Lisboa. Ora, estamos perante um axioma; não carece de demonstração! Deste modo, a sociedade portuguesa não poderá continuar impávida e serena, sem reagir. Verificou-se que, e apesar de 3 outros partidos políticos se fazerem representar no Parlamento Português, não existiu uma motivação extra nestas eleições. Os votos deslocaram-se dos partidos tradicionais para os “novos” excepção feita ao PAN que elegeu mais deputados, assim como o Partido Socialista que desta vez ganhou as eleições. Reforça assim a minha ideia de que é absolutamente necessário reformular – não digo revolucionar para não assustar algumas consciências – o sistema político português, dando aos eleitores uma nova forma de entender e de apoiar a política com e como uma participação cívica e de cidadania, e não só apenas um acto de reduzida importância…como se viu! Ora mudar ou transformar o sistema político, significa antes de mais, dar aos cidadãos uma nova forma de intervir na sociedade. Na sua sociedade. Na sua região. Regionalização poderá custar a entender, sobretudo a quem deseja continuar a controlar, fazendo do centralismo o denominador comum da política portuguesa. Eu sei que, da esquerda à direita, tudo o que seja propor novas formas de intervenção é lançar o pânico nas hostes. Perder o poder, em nome de outro poder, é algo que a grande maioria dos “que andam na política para seu gáudio pessoal” não pode permitir. Se Portugal tivesse um Presidente da República que tivesse a ousadia de pensar o País tal se tornaria mais fácil. Assim…todos ficarão mais 4 anos descansados. Os aparelhos manter-se-ão em funções continuando a condicionar o pensamento dos seus militantes. A liberdade de pensar custa, sobretudo a quem vive minado pela necessidade de sobreviver a um mundo cada vez mais perigoso. Tanto assim é que, basta perceber a política de um banco público que já impôs taxas proibitivas para a generalidade dos cidadãos. Logo a seguir a um acto eleitoral! Percebido? Para alegrar a malta, tenho para mim que o Senhor Ministro das Finanças já se despediu e vai “assentar arraiais” na Europa. Não me parece que, num país em permanente dificuldade, vá permitir os desmandos do BE e as greves do PCP. E os outros? Não sei. De outros conheço um cavalheiro fora do aparelho, líder do PSD, e mais uns parlamentares que vão gritar mas poucos irão ouvir. Uns tiveram o seu tempo, antes, outros terão o seu tempo…vamos lá ver se!
Opinião – Regionalização e reforma do sistema político. Haverá coragem?
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