Faria de teus olhos
luz,
de tua boca
um eco.
Hilda Hilst
In: Presságio (1950)
131 notes
·
View notes
Talvez eu seja sonho de mim mesma.
Criatura-ninguém
Espelhismo de outra
Tão em sigilo e extrema
Tão sem medida
Densa e clandestina.
— Hilda Hilst.
19 notes
·
View notes
- Hilda Hilst, livro “Da Poesia” (2017).
35 notes
·
View notes
Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.
- Hilda Hilst, Do Desejo
20 notes
·
View notes
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
Hilda Hilst - Presságio
24 notes
·
View notes
fluxo-floema (1970), hilda hilst
26 notes
·
View notes
Brazilian poet Hilda Hilst
71 notes
·
View notes
[…]
Ama-me. Desvaneço e suplico. Aos amantes é lícito
Vertigens e pedidos. E é tão grande a minha fome
Tão intenso meu canto, tão flamante meu preclaro tecido
Que o mundo inteiro, amor, há de cantar comigo.
Hilda Hilst
In: Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974)
119 notes
·
View notes