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#escritores estrangeiros
vagarezas · 1 year
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Alberto Caeiro
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dearakaito · 2 months
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quando se escuta a sanfona, é porque é amor. ͏͏ ͏͏ ͏◌ ͏͏.⊹˚ ͏͏ ͏͏ ͏ ͏͏연준 ͏͏, YJ.
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gn!reader ، wc: 2.5k ، gênero: fluff, não-idol fic, yeonjun black hair, inspirado na safona de rubel ، tw: nenhum.
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enquanto fecha os olhos, o moreno não pode evitar de se sentir em casa. mesmo que essa não seja sua casa no sentido mais literal da palavra. mas aqui, agora, é o que se encaixa perfeitamente. 
as águas do mar vindo e se aconchegando a areia, a melodia mais pura sendo formada nessa dança. a brisa fria o convidando para mais perto, a bebida gelada com um sabor cítrico e adocicado único (pensou consigo em levar malas cheias daquele coquetel paradisíaco chamado caipirinha). 
tudo parecia a definição perfeita de um nirvana.
mas, talvez, o real motivo para que o menino tenha chegado no mais puro prazer e felicidade já descritos pelo ser humano, seja a companhia ao seu lado.
era você ali que o fazia se sentir no seus mais perfeitos sentidos. tudo o que havia acontecido antes de te conhecer se tornara mero barulho de fundo. às vezes ele se perguntava como chegou até aqui. como o destino conseguiu conectar duas pessoas de uma maneira tão simples. mesmo de olhos fechados, os únicos pensamentos circulando sua mente levavam até a ti. 
há 1 mês atrás, yeonjun não se via em um lugar tão belo quanto esse. há exatos 15.966 km de sua real casa. quando contou a seus quatro colegas de apartamento (estavam mais para cachorrinhos abandonados que terminaram vivendo com ele) que estava indo de férias para esse pequeno resort em fortaleza, no brasil, todos o olharam incrédulos.
de todos os cinco, yeonjun fosse talvez o mais apegado a sua vida e sua rotina. por mais que estivesse exausto, sempre dizia que não se imaginava fora de sua monotonicidade. 
mas o fim daquele ano foi definitivo para se afastar de tudo - até de seu precioso quarto, recheado de recortes de vários momentos da sua vida e vinis espalhados pelo chão. tudo havia virado um grande borrão de cores sem vida, acumulados por um estresse e melancolia, que não pareciam ter fim. 
seu destino aqui possuía uma única reta - somente de ida. o garoto não comprou passagens de volta e nem pretendia. o seu intuito era se desligar de tudo o que estava lhe fazendo confuso. 
“oi, com licença. você sabe me dizer onde fica o balcão pra check-in do resort? to há meia hora tentando achar e nada até agora.” e foi ali que ele te conheceu. o seu riso após terminar a frase, já dizia o que estava por vir. 
ele se viu encantado, até hipnotizado, na forma em que seus lábios proferiram cada palavra. a voz doce acompanhada por palavras que para ele não faziam o menor sentido. mas era apenas um mero detalhe. o moreno se viu tentado a entender o que você dizia, o que fez o som mais genuíno sair de ti.
“pera, você é estrangeiro? meu deus, desculpa. ai, ainda to falando português, né?” de novo, nenhum sentido se fez. mas para ele, olhar para você era o bastante.
talvez, somente talvez, o destino (ou qualquer outra força sobrenatural que pudesse existir nesse universo) o trouxe aqui para entender o que exatamente era a vida. ele ainda não sabia bem ao certo, se querem saber. mas talvez fosse isso que o garoto tanto precisava descobrir: as incertezas da vida nos fazem tomar rumos confusos, mas que nos atraem para as melhores respostas. 
e para yeonjun, essa resposta era você.
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© dearakaito, 2024 - do not repost, copy, or translate. // essa é a minha primeira vez escrevendo uma fic em pt-br e estou simplesmente apaixonada. não sei como nunca fiz isso antes. espero que todos os leitores brasileiros daqui do tumblr (ou pelo menos uma parte), possam chegar nessa estória. a gnt não tem tantas oportunidades de ler fics na nossa língua. então pensei em dar esse primeiro passo junto com outros incríveis escritores, que tbm querem construir esse caminho. muito obg se vc chegou até aqui. ♡
with love,
r.
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nanagoeswest · 8 months
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leituras de agosto
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“ensaio sobre a cegueira” por José Saramago
Eis o livro da book lottery para agosto. Tinha imensa vontade de reler Saramago. Tal como muito boa gente fiquei com trauma do autor depois do "Memorial do Convento", que fiz questão de ler na integra durante o secundário. Não consigo explicar a diferença que senti entre estes dois Saramagos. O livro que vos falo ganhou um Prémio Nóbel no ano do meu nascimento, apenas para compreenderem a grandiosidade da obra. A leitura não é vagarosa e enfadonha como a do "Memorial". É antes uma distopia epidémica onde toda a população é afetada por uma cegueira clara, sem razão aparente. Confesso que tive breves vislumbres das nossas epidemias e pandemias, coisa que revela a mente organizada e real do escritor. Quanto ao livro em si confesso que é um pouco fora da "minha praia". Contudo achei-o fascinante. Li-o num instante pela curiosidade desmedida de querer saber o desfecho. Eis que Saramago consegue levar-nos numa aventura imprevisível.
“an obsession with butterflies” por Sharman Apt Russell
Por fim acabei este livro. Comecei-o no mês anterior mas precisei de uma pausa. O livro é extremamente interessante e de nicho, pois aborda tudo o que é relacionado com borboletas. Por ser tão específico comecei a sentir um enjoo por falta de novidade. Aprendi muito embora, não saiba até que ponto o recomendaria. Dou-lhe as três estrelas pela escrita bonita.
“the descent of man" por Perry Grayson
Sou feminista e, por isso mesmo, vi interesse neste livro. Este foi escrito por um homem artista, explora a masculinidade na contemporaneidade e como consegue ser tóxica. Aborda os problemas sistémicos do patriarcado e de como (também) reprime os homens de uma vivência saudável. Penso que são livros como estes que nos dão a perspectiva do outro lado da moeda. Que nos faz ver que um objetivo em comum é possível e vantajoso para a generalidade. Considero "The Descent of Man" um livro leve e até cómico, cheio de tópicos necessários e bem refletidos. Recomendo-o sem pensar duas vezes.
“tóquio, diário 1946” por Franco Nogueira
Comprei este livro porque adoro o Japão e porque sou uma cusca, curiosa por diários. Este livro retrata a ida de um diplomata português para a Tóquio no pós Segunda Guerra Mundial. O autor, procura captar a essência deste país em ruínas, do estado de espirito dos locais e dos estrangeiros. Considero-o um retrato bastante descritivo e quase sociológico desta época. Foi uma leitura muito diferente do que costumo procurar. Ganha-se outra noção, temos um visualização em primeira pessoa destes acontecimentos históricos.
“birthday girl” por Haruki Murakami
Este livro é pequenino e lê-se em meia hora. Nunca antes tinha lindo o tão famoso Murakami e com este livro tive um vislumbre do seu estilo e escrita. O livro embora de rápida leitura, deixou-me a pensar. Deu-me depois aquele momento de realização de um "Ah! Não pode!". Confesso que fiquei bastante surpreendida.
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leitoracomcompanhia · 3 months
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Livro de fevereiro
Publicado em 1942, "O Estrangeiro" é a obra mais conhecida e mais reconhecida do escritor.
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momo-de-avis · 6 months
Note
Sabes alguma coisa sobre agentes literários em Portugal? Tipo no estrangeiro (UK e US) para ser publicado muitas vezes um autor tem de conseguir um agente literário primeiro. Mas aqui isso acontece? Porque já tentei pesquisar mas as únicas agências que encontro parecem não ter contactos e falam maioritariamente dos autores que representam(que muitas vezes já têm vários anos de carreira como escritor)
Tipo nem sei onde uma pessoa tem mais sorte, em pt a enviar o manuscrito à unica editora que os aceita ou se no estrangeiro a tentar procurar um agente literário
Existem mas cá funciona ao contrário
Em tempos havia os book tailors q eram mesmo agência literária mas desapareceram, n sei o que lhes aconteceu. Quando queres saber mais de agentes literários em PT vais sempre, ou pelo menos antigamente ias, bater a mesma gaja que é a Maria do Rosário Pedreira, q é quem """""descobriu""""" nomes como o tordo o peixoto.
Como é que chegas a eles? Mistério. Mas normalmente quando realmente chegas é só depois de teres alguma fama. Ou seja, um agente literário cá é um RP.
Neste país tens de ter amigos. Não há volta a dar. A única forma é tendo amigos nos sítios certos. E digo mesmo amigos, conhecer não basta. Pq eu também conheci muita gente extremamente no topo do mundo literário, mandaram me plantad batatas. Escrever um livro aqui e coisa de status
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claudiosuenaga · 2 years
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Você não pode perder a segunda e última parte da matéria de minha autoria sobre Judeus no Japão e as ligações profundas da Antiga Israel com a Terra do Sol Nascente, publicada na edição 23, de julho de 2022, da Revista Enigmas, editada por André De Pierre.
Aqui 📷 https://www.lojaenigmas.com.br/revista-enigmas
LANÇAMENTO REVISTA ENIGMAS NÚMERO 23
HEBREUS NA TERRA DO SOL NASCENTE: AS EVIDÊNCIAS DE QUE OS ANTIGOS ISRAELITAS CHEGARAM AO JAPÃO
As raízes hebraicas da terra do sol nascente - Parte 2: O povo japonês seria uma das dez tribos perdidas de Israel?
Por Cláudio Suenaga
Esta é uma prévia apenas, o texto inicial da parte 2 que se estende da página 6 até a 23 e que aborda, além do festival Ontohsai, o Jusan-mairi, o Bar Mitzvá dos jovens japoneses; Momotarō, o Moisés japonês; o significado oculto do Kimigayo, o hino nacional mais antigo do mundo; a origem da noção da ancestralidade nipo-judaica; o estabelecimento da comunidade judaica no Japão; o papel dos Rothschilds; o nazismo e o holocausto no Japão; judeus no Japão do pós-guerra; o Japão como a Nova Jerusalém: a crença messiânica de que a Terra do Sol Nascente unificará o mundo; e o futuro do Japão refém de financistas estrangeiros.
O festival Ontohsai e a história de Isaque
Na província de Nagano, na região de Chubu, há um grande santuário xintoísta chamado Suwa-Taisha, onde desde os tempos antigos, há pelo menos mil anos, é realizado anualmente, em todo dia 15 de abril, o tradicional Festival Ontohsai, que ilustra a história de Isaque no capítulo 22 do Gênesis na Bíblia, ou seja, a história de que Abraão estava prestes a imolar seu primeiro e único filho (com sua esposa Sara) Isaque no Monte Moriá a pedido do próprio Deus, a pretexto de testar sua fé.
O festival é realizado no tabernáculo chamado Jukkenro, cujo tamanho, direção, uso e aparência são quase os mesmos do antigo tabernáculo israelense de Moisés. No dia do Festival de Ontohsai, Jukenro fica coberto de panos e se parece muito com o antigo tabernáculo israelense. O Santo dos Santos de Jukkenro está a oeste, e o Santo Lugar está a leste, assim como o tabernáculo israelense. No dia de Ontohsai, a arca japonesa de Mikoshi, que como dissemos é muito parecida com a antiga Arca da Aliança israelense, é colocada no Santo dos Santos.
Na parte de trás do tabernáculo de Jukkenro, há uma montanha chamada Monte Moriya(“Moriya-san”em japonês, nome que teria vindo da palavra hebraica “Moriyyah”, citado em Gênesis 22:2).E as pessoas da área de Suwa chamam o deus do Monte Moriya de “Moriya no kami”,que significa “o deus de Moriya”. No festival, um menino é amarrado com uma corda a um pilar de madeira chamado oniye-bashira (que significa “pilar-sacrifical”) e colocado sobre um tapete de bambu. Um sacerdote xintoísta vai até ele armado com uma faca, mas quando está prestes a sacrificá-lo, um mensageiro (um outro sacerdote) aparece de repente e o impede. O menino então é solto, como no caso de Isaque que foi libertado depois que um anjo veio a Abraão.
O costume de usar um menino de verdade foi mantido até o início da Era Meiji (1868-1912). Masumi Sugae (1753-1829), que era um estudioso japonês e escritor de viagens na Era Edo (1603-1868), escreveu um registro de suas viagens e anotou o que viu em Suwa, os detalhes do menino prestes a ser sacrificado e sua libertação final, assim como os sacrifícios de animais que existiam naqueles dias. Seus registros são mantidos no museu Moriya Shiryokan perto de Suwa-Taisha.
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Ilustração que retrata o momento crucial no ritual do Festival Ontohsai em que o sacerdote xintoísta está preste a sacrificar um menino como fez Abraão em relação a seu primeiro e único filho Isaque.
A ordem que Deus deu a Abraão para que oferecesse seu filho Isaque como sacrifício, interrompida no instante em que Abraão estava prestes a cumpri-la, é substituída pelo sacrifício do patriarca de um carneiro que ele viu saindo de um arbusto. E até esse detalhe não foi negligenciado no Festival Ontohsai, em que também eram oferecidos sacrifícios de animais. 75 veados eram sacrificados, mas esperava-se que entre eles houvesse um veado com as orelhas cortadas. Acreditava-se que o cervo seja aquele que Deus preparou, o que de alguma forma pode ter alguma conexão com o carneiro que Deus preparou e foi sacrificado depois que Isaque foi solto. Atualmente, as pessoas usam bichos de pelúcia em vez de realizar um sacrifício animal real. Mesmo em tempos históricos, esse costume de sacrifícios permanece estranho ao povo japonês, já que o sacrifício de animais nunca foi uma tradição xintoísta.
Ao longo dos anos, uma família chamada “Moriya” foi quem assumiu a posição de topo dos sacerdotes xintoístas do Santuário Suwa-Taisha. Essa família se proclama descendente direta do deus chamado “Moriya-Shin”, que é equiparado ao deus chamado “Misakuchi”, e organiza o festival há 78 gerações. As pessoas, aliás, chamam esse festival de “Festival do Deus Misakuchi”.Misakuchi seria uma junção de “mi-isaku-chi”: “Mi” significa “grande”; “isaku” é provavelmente Isaque(transliteração do termo hebraico Yiṣḥāq que significa literalmente “Ele ri/vai rir”); e “chi”é uma expressão para pontuar o final da palavra. Misakuchi significaria, portanto, “vem de Isaque”, em palavras secretas usadas no hebraico antigo. Textos ugaríticos do século XIII a.C. referem-se ao sorriso benevolente da divindade cananeia El, já o Gênesis atribui o riso aos pais de Isaque, Abraão e Sara, em vez de El. De acordo com a narrativa bíblica, Abraão caiu sobre seu rosto e riu quando Elohim comunicou a notícia do eventual nascimento de seu filho.
A não deixar dúvidas de que esse santuário surpreendente tem muitas coisas em comum com a cultura da antiga Israel, a crista do Grande Santuário de Suwa-Taisha representa a Menorá, que é um dos símbolos da religião judaica. E o Festival Ontohsai realizado nesse santuário, é rico em resquícios da tradição da religião judaica.
A Páscoa, palavra que se origina do latim Pascha, que por sua vez deriva do hebraico Pessach ou Pesach, que significa “passagem”, ou seja, a libertação do povo israelita da escravidão no Egito, sendo assim celebrada pelos judeus para comemorar a liberdade conquistada pelo seu povo, daí ser a sua festa mais importante, é realizado por uma semana a partir do dia 15 de Nisan, que de acordo com o sistema do calendário ocidental, é equivalente a meados de abril. Ora, o Festival Ontohsai acontece precisamente no dia 15 de abril. E a Páscoa Samaritana que sacrifica cordeiros a Deus é semelhante ao Festival Ontohsai. A Páscoa Samaritana sacrifica 45 cordeiros a Deus em vez dos 75 por causa da escassez de cordeiros. Mas nos tempos antigos, o número de cordeiros era de 75, como no Festival Ontohsai. Aliás, Abraão se tornou pai de Isaque quando tinha 75 anos.  
E MAIS, NA REVISTA ENIGMAS EDIÇÃO 23
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As origens da Esfinge e a civilização esquecida
Evidências demonstram uma outra humanidade há 12 mil anos. A Esfinge era parte desta civilização?
Por Érika Telles
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Pelasgos na Amazônia
Conheça a teoria da presença dos Pelasgos no Brasil pré-histórico. Os Pelasgos foram exímios navegadores antigos que habitaram terras próximas ao Mar Egeu.
Por Edson Almeida
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Göbekli Tepe: uma janela para o passado
Descobertas na Turquia continuam impressionando arqueólogos do mundo todo e mudando os preconceitos sobre a Pré-História.
Por Demetrio Lorin -------------------------
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brasilsa · 2 years
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institutoluizgama A morte da rainha Elizabeth 2ª, ontem, suscitou milhares de homenagens e manifestações de pesar no mundo todo, como era de esperar. Com 70 anos de reinado, ela foi a monarca mais longeva da história do Reino Unido e a segunda mais longeva da história mundial.
No entanto, as monarquias, historicamente, só têm se sustentado no poder (mesmo que simbólico) às custas da submissão de outros países; da escravização e genocídio de seus povos. E o Reino Unido ainda tinha uma coleção de colônias, muitas delas no continente africano, quando Elizabeth II foi coroada rainha, em 1953. Uganda, Nigéria e Quênia são alguns exemplos de colônias britânicas.
“A Rainha Elizabeth 2ª serviu para ‘dissimular’o colonialismo britânico. A monarquia cumpre uma função política dentro do colonialismo”, disse ao @brasildefato o pesquisador e professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser.
Em entrevista ao @sitemundonegro, o ativista e escritor afrofuturista Ale Santos (@savagefiction) falou sobre a perpetuação do racismo e da violência contra pessoas negras e de países africanos durante o reinado de Elizabeth 2ª.
“A rainha Elizabeth 2ª nunca se posicionou contra. É como se toda coroa do passado não tivesse ligada à colonização e à escravidão. Acho que ela queria silenciar as pessoas que lembram da história, que lembram das consequências de toda a escravidão que impactam a população negra”, disse Ale.
Em 2021, o racismo da monarquia britânica veio à tona após a duquesa de Sussex, Meghan Markle, que é filha de mãe negra e pai branco, contar à apresentadora Oprah Winfrey que um membro da família real chegou a expressar preocupação sobre a cor da pele do bebê que ela estava esperando.
No mesmo ano, o jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem que revelava uma regra expressa do palácio de Buckingham em vigor pelo menos até o final dos anos 1960: a proibição da contratação de “imigrantes de cor ou estrangeiros” para cargos administrativos.
Deixe sua opinião sobre o tema nos comentários.
#institutoluizgama#luizgama#direitoshumanos#antirracismo#racismo#vidasnegrasimportam#rainhaElizabeth2#reinounido#monarquia
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leituraexposta · 2 years
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#01 De A a Z: Exílios (1918), de James Joyce
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State of Exile (2016), Scott McLachlan
Essa é uma história de encontros e despedidas, permeada por tristes vigilantes de si mesmos. O título nos leva a pensar no conceito de exílio, cuja etimologia nos leva à ideia da expatriação e do degredo. O afastamento de um indivíduo de sua pátria pode ocorrer de maneira forçada ou voluntária. Em Exílios nos deparamos com o segundo caso: o escritor Richard Rowan (uma persona de James Joyce) decide deixar a Irlanda para morar em Roma; leva consigo sua esposa, Bertha (que corresponde a Nora Barnacle, mulher de Joyce). A obra, no entanto, se inicia no momento do regresso de Richard e Nora, nove anos após sua partida, agora acompanhados de seu filho de oito anos, Archie.
Em nove anos de exílio, muito parece ter mudado em sua relação, de modo que, apesar do retorno à terra natal, outros exílios (não menos literais) passam a emergir das ações das personagens. É então que nos deparamos com uma das principais peças para o desenrolar da trama: o jornalista Robert Hand. As notas de rodapé nos confidenciam que esta personagem é resultado da mescla de quatro homens de letras com quem Joyce teve uma inicial amizade e, posteriormente, desavenças e disputas amorosas: Oliver St. John Gogarty; Thomas Kettle; Vincent Cosgrave; Roberto Prezioso. A personagem Robert Hand representa também essa amizade de longa data que se desmancha em uma decepção amorosa. Em suma: a representação de uma amizade que se deixou abalar por conta de uma mulher.
E é a mulher, Bertha, a representação desta terra-mãe de que se afastou o indivíduo voluntariamente. Rowan já não sente mais que Bertha o ama tão fervorosamente quanto nove anos atrás, quando partiram da Irlanda. E sabe que, naquele tempo, disputava a mão da amada com seu amigo de festas, Robert Hand. Hoje em dia ele cogita que talvez Bertha seria amada e amaria com maior vivacidade e longevidade a seu velho amigo. Daí, passa a realizar o experimento: diz à esposa que ceda aos gracejos de Hand, a suas cartas de amor, seus olhares, declarações, presentes e… beijos! Tudo com seu consentimento, e com Bertha lhe contando os mínimos detalhes.
Rowan deseja saber principalmente o que Bertha sente em seu íntimo, para saber se corresponde ao amor que Hand a confidencia. Bertha faz tudo com muita relutância, pois ainda ama a Rowan, e justamente por amá-lo, obedece a seus mandos e desmandos, e se permite ser cortejada pelo outro. E assim, após seu retorno à Irlanda, o marido vai voluntariamente se afastando de sua mulher; a mulher vai, também voluntariamente, se afastando de seu marido, e um estrangeiro vai aos poucos desbravando a “terra” de Bertha; essa mesma terra que Bertha dera a Rowan, e para ele apenas.
Um outro motivo para Rowan planejar voluntariamente que Bertha o traira é justamente o fato de que a única pessoa com quem ela já se deitara e tivera relações fora com ele. Temos aí o que Richard Rowan configura como “morte da alma”, conforme explica a Robert Hand, seu antes amigo e atual rival, amante de sua esposa:
“Robert
(bruscamente) Ah, não me venha falar de culpa e de inocência. Você fez dela o que ela é. Uma personalidade estranha e maravilhosa — aos meus olhos, pelo menos. 
Richard 
(lúgubre) Ou a matei. 
Robert 
Matou? 
Richard 
A virgindade da alma dela.”
E mais à frente, nesse mesmo ato (o segundo):
“Richard
Você já pensou que talvez seja agora — neste momento — que a estou negligenciando? (nervoso, junta as mãos e se inclina na direção de Robert) Eu ainda posso ficar calado. E ela enfim pode ceder a você — totalmente, e muitas vezes.
Robert
(afasta-se imediatamente) Meu caro Richard, meu querido amigo, juro que eu seria incapaz de te fazer sofrer. 
Richard
(continuando) Você então pode conhecer de corpo e alma, de centenas de formas, e sempre e sem parar, o que um antigo teólogo, Duns Scotus, acho, chamou de morte do espírito.”
Ainda sobre essa questão, em suas anotações para a peça Joyce definiu questões de “morte do espírito” e “virgindade da alma” da seguinte forma:
“A alma, como o corpo, pode ter uma virgindade. A mulher cedê-la, ou o homem tomá-la, é esse o ato do amor. O amor (compreendido como o desejo pelo bem do outro) é na verdade um fenômeno tão incomum que mal pode se repetir, já que a alma é incapaz de se tornar virgem novamente e não tem energia bastante para se lançar de novo no oceano de outra alma. É a consciência reprimida dessa incapacidade e dessa falta de energia espiritual que explica a paralisia mental de Bertha.”
Portanto, Richard deseja que Bertha perca a virgindade da alma ao deitar-se com outro que não ele próprio. Richard já traiu Bertha antes, e confessou a traição. Ainda assim, essa traição o corrói ainda hoje, pois ele sabe que Bertha sempre lhe foi fiel. Por conta disso, ele está pronto para deixá-la ir se essa for sua genuína vontade, pois jamais a aprisionaria e manteria em um estado de infelicidade. A questão é que, conforme o plano de Richard vai sendo descoberto por Bertha e Robert, toda a desconfiança de Richard se prova um mero devaneio. Sim, Robert se apossou de Bertha, mas seus gracejos só se intensificaram quando Bertha (a mando de Richard) passou a corresponder a eles. Nada disso teria acontecido se não fosse por Richard Rowan e sua desconfiança.
O derradeiro entre os exílios é o de Robert Hand. Depois que toda a trama é revelada e Bertha e Robert Hand notarem que estão sendo observados por Richard, Robert parece reflexivo, e decide ausentar-se da região por algum tempo:
“Robert 
Ela chorou. Disse que tinha se divorciado de um advogado. Eu lhe ofereci um soberano, já que ela disse estar mal de dinheiro. Ela não quis aceitar e chorou bastante. Depois bebeu água de melissa de uma garrafinha que levava na bolsa. Esperei até vê-la entrar em casa. Depois fui a pé para casa. No quarto descobri que meu casaco estava todo manchado de água de melissa. Ontem não tive sorte nem com casacos: foi o segundo. Depois me ocorreu a ideia de trocar de terno e partir no primeiro barco. Fiz a mala e fui deitar. Vou pegar o próximo trem para a casa do meu primo Jack Justice, em Surrey. Talvez por uns quinze dias. Talvez mais tempo. Está entediado? 
Richard 
Por que não ir de barco? 
Robert 
Perdi a hora.”
Robert perdeu a hora, ou, como consta no original: I slept it out. Dormiu no ponto e perdeu a hora. Quem sabe com isso Joyce não esteja jogando com a ideia de que Robert perdeu a chance de ter Bertha para si, e a perdeu há nove anos; não seria agora que a roubaria de Rowan.
Robert parte e o que resta é um casal de estruturas abaladas pela desconfiança do marido. A personagem Beatrice Justice, apesar de constante na obra, não é relevante para o desenvolvimento da trama, senão para que Bertha teça rápidas teorias do interesse do marido por ela, pois ela parece entender melhor suas conversas profundas e intelectualóides.
Em suma, Exílios foi o melhor que James Joyce conseguiu fazer para o teatro, tendo sido a única peça que escreveu. Me entreteu na maior parte do tempo, porém, o desfecho me soou dramático e inacabado demais. O que acho que valha mais do que a peça em si são as notas que vem logo após, que nos permite compreender a razão da trama e as influências de Joyce para compô-la. Nada como ler as inspirações de um grande escritor para fazer algo — ainda mais quando ele vai mal em sua tentativa de fazer algo similar.
Não digo que Joyce “vai mal” só pelo fim da peça, mas pela tentativa de executá-la em palco e suas sucessivas rejeições; sobre a crítica que não se agradou; sobre o próprio Joyce, que assumiu ter muito ali de Ibsen e se tratar de uma simples corrida de gato e rato em três atos. Nada como a derrota de um nato vencedor. Por mais sem graça e batida que seja a peça, não sou tão lido quanto Joyce e seus críticos a ponto de ter a capacidade de trucidá-la — como ela parece merecer, ao que tudo indica.
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marceloescritor · 2 months
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XX CONCURSO LITERÁRIO POESIAS SEM FRONTEIRAS 📌 Com nova Editora.
(inscrições de 01 de março de 2024 até quando fechar a quota do livro )
Realização dos site: marceloescritor ; faceboook.com/psfronteiras; instagram e tiktok: @marceloescritor e blog: marceloescritor2
Apoio: Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências /RJ; Academia de Letras de Teófilo Otoni /MG; FEBACLA; Academia Caxambuense de Letras/MG
Com o objetivo de estimular poetas de todo o Brasil e de outros países, o concurso premia os melhores trabalhos, comprovando o sucesso com sua 20a edição. Em parceria com a editora IlIuminare, para a publicação da Antologia "POESIAS SEM FRONTEIRAS", onde TODAS as poesias classificadas, deverão pagar a taxa de inscrição , recebendo um exemplar de Antologia em sua morada, sem mais nenhum ônus financeiro. Via correios, registrado).
*Autores estrangeiros, poderão ter um prêmio extra. # Portugal #lusofonia
Os poetas tem que ter idade a partir dos 16 anos e devem enviar uma poesia (máximo 35 linhas ou 1200 caracteres com espaço); Biografia (300 caracteres com espaço) ; tema LIVRE, através do e-mail : [email protected] , com cópia [email protected]
Como se inscrever :
No assunto: nome do evento e nome do autor; Já no Corpo da mensagem: o texto, minibiografia cinco linhas com foto, identidade, CPF, e-mail e endereço , como ficou sabendo do concurso .Os textos serão formatados e enviados para o autor, para correção do mesmo.
• Somente os classificados receberão a chave pix para depósito.
A Taxa será de: R$ 90,00 - que corresponde a 01 exemplar da Antologia. (A ser paga através de depósito bancário ou pix, que será enviado ao participante do evento, para a caixa de e-mail inscrita.) Passando disso o valor será dobrado.
É permitido participar com mais poesias, observando: Uma poesia para cada inscrição. Exemplificando: 02 poesias = 02 exemplares = R$ 180,00
Escritores residentes, fora do país: 35 dólares/ euros por inscrição/um exemplar.
A Antologia "POESIAS SEM FRONTEIRAS" será publicada três meses depois do encerramento do evento.
Sobre a Antologia: Serão enviados três meses após o final do evento, uma folha para biografia com foto e outra com o poema de até 35 linhas.
Obs: Inscrições de outros países serão aceitas desde que estejam na língua oficial do concurso que é Língua Portuguesa.
Os autores residentes fora do Brasil, devem enviar o valor da taxa de inscrição 35 euros/dólares , via Western Union, os classificados; se tiverem dificuldade entrar em contato com: Marcelo de Oliveira Souza - através do e-mail [email protected] . ou do whatsapp +55 71 992510196
RESULTADO : no site oficial do concurso: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net; faceboook.com/psfronteiras, no blog : marceloescritor2, nos seus respectivos e-mail e principalmente no livro de Antologia.
Premiação:
1°lugar: Troféu personalizado com o nome do autor e colocação + Livro Artesanal Mundo Poético + certificado + poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso + Imã Literário + chaveiro Lembrança de Salvador.
2° lugar: Certificado + poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso + imã Literário: Dai-vos Luz + Livro Antologia Vozes Portuguesas
3° lugar: Certificado + poesia publicada em destaque na Antologia e no site oficial do concurso + Crônicas do Sul do Mundo + Imã Literário: Dai-vos Luz
Menção Honrosa Internacional* : Daremos uma Menção Honrosa Internacional para o melhor autor estrangeiro *se não estiver entre os três primeiros lugares e/ou tiver menos de três inscrições de fora do país, o prêmio será extinto nesse caso.
A premiação será: Poesia publicada em destaque na Antologia + certificado + Livro Artesanal Mundo Poético + Camisa Tam G lembrança de Salvador + imã Literário: Dai-vos Luz
🤔Inscreva-se agora !
🤔Marcelo de Oliveira Souza, IWA instagram: marceloescritor2 ; Tiktok :marceloescritor; blog :: marceleoscritor3
2x Dr. Honoris Causa em Literatura
Organizador do Concurso Literário Poesias sem Fronteiras
#poesias #lusofonia #portugal
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gazeta24br · 4 months
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Conhecido por dar voz a grupos minoritários e por sua pesquisa sobre o modo brasileiro de se fazer Teatro Musical, o Núcleo Experimental homenageia em seu novo trabalho o jornalista Herbert Daniel (1946-1992), ativista LGBTQIAPN+ na luta pelo direito das pessoas com HIV/Aids. Codinome Daniel estreia no dia 12 de janeiro de 2024 na sede do grupo na Barra Funda, onde segue em cartaz até 4 de março, com apresentações às segundas, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h. O trabalho tem direção, dramaturgia e letras de Zé Henrique de Paula e música original e direção musical de Fernanda Maia. Já o elenco traz Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi, Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Paulo Viel. “Pretendemos levar ao público a vida e a obra, ainda muito desconhecida, do jornalista e escritor Herbert Daniel, um revolucionário gay que desafiou tanto a ditadura de direita quanto os setores da esquerda que reproduziam a homofobia e a heteronormatividade”, comenta Zé Henrique de Paula. Um dos elementos de frente da luta armada, Herbert se exilou em Portugal e na França, onde contraiu HIV, foi o último dos anistiados e, uma vez de volta ao Brasil, tornou-se um ativista fundamental na luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids. Sua importância se deve ainda ao fato de ter sido o fundador do grupo de apoio Pela VIDDA e um dos fundadores do Partido Verde. Atuou pelos direitos da população LGBTQIAPN+, das mulheres, dos negros, além de ativista ambiental. Herbert morreu em 1992 devido a complicações causadas pela AIDS. “Acreditamos que o teatro - uma das primeiras paixões de Herbert Daniel em sua juventude (ele foi também dramaturgo) - pode ser uma ferramenta poderosa no sentido de reacender uma luz sobre essa figura menosprezada da história do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil recente. Afinal, sendo a memória uma construção social, a peça ajuda a colaborar para que minorias possam entrar em contato com o inventário da luta pela democracia, diversidade e justiça social”, acrescenta o diretor. Codinome Daniel é a terceira parte do que o grupo chama de Uma Trilogia Para a Vida, junto com os espetáculos Lembro todo dia de você e Brenda Lee e o palácio das princesas. Como fio condutor das três peças está um conjunto de discussões e pontos de vista a respeito da questão do HIV/Aids no Brasil, da década de 80 aos dias de hoje. Um pouquinho mais sobre A figura de Herbert Eustáquio de Carvalho, nome de batismo do homenageado, é uma das mais esquecidas da nossa história recente, especialmente quando se leva em conta sua importância na luta pelo movimento gay e pelo ativismo em prol da democracia durante a ditadura no Brasil. Herbert foi um elemento importante na luta armada contra a ditadura de 1964 e no processo de redemocratização do Brasil. Estudante de medicina na UFMG, engajou-se em grupos guerrilheiros ainda no final da década de 1960. Esteve na linha de frente de assaltos a bancos e dos sequestros de diplomatas estrangeiros que garantiram a soltura de mais de uma centena de presos políticos que corriam risco de morte. Na militância clandestina, ele descobriu e assumiu sua homossexualidade. De um lado, encontrava-se acossado pela violência de uma ditadura moralizante e LGBTfóbica; do outro, não era aceito por parte dos seus companheiros de guerrilha. Para muitos setores das esquerdas naquele momento, a homossexualidade era vista como um desvio pequeno-burguês, uma degeneração, uma fraqueza moral, um desbunde de minorias improdutivas, em suma, um “pequeno drama da humanidade” que dividiria a “luta maior”. Herbert teve, então, que “esquecer sua homossexualidade” para “fazer a revolução”. Tanto se dedicou que seu rosto chegou a estampar os cartazes dos “subversivos” mais procurados pelo regime autoritário. No entanto, mesmo com o cerco crescente e o extermínio físico da luta armada, ele conseguiu escapar da prisão e das torturas, exilando-se em 1974 em Portugal e, depois, na França.
No exterior, contraiu HIV e tornou-se, ao retornar ao Brasil como o último dos anistiados, um ativista fundamental pelos direitos das pessoas vivendo com HIV e AIDS. Morto em 1992, Herbert foi um revolucionário gay que desafiou tanto a ditadura de direita quanto setores de esquerda que reproduziam a heteronormatividade. Foi o responsável também pela criação da Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, que estruturou o discurso em relação à epidemia, além de cunhar o conceito de “morte civil” - referindo-se à condição de pária em que a pessoa com HIV é colocada, uma espécie de morte social antes da morte física - mostrando que não se trata apenas de uma questão de saúde, mas também sexual, social, econômica e de direitos humanos. “Ele trouxe ideias revolucionárias para enfrentar a doença e o preconceito social, e elas ainda são válidas até hoje, como a ideia de solidariedade no combate à epidemia”, afirma o historiador e brasilianista norte-americano James Green, que lançou uma biografia de Daniel em 2018 (Revolucionário e Gay: a extraordinária vida de Herbert Daniel). “Ele era muito corajoso, foi uma das primeiras pessoas conhecidas a assumir ser gay e soropositivo.” A biografia escrita por Green é a grande fonte de inspiração para a dramaturgia de Codinome Daniel. Ficha Técnica Dramaturgia e Letras: Zé Henrique de Paula Música original: Fernanda Maia Direção: Zé Henrique de Paula Direção musical: Fernanda Maia Elenco: Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, André Loddi, Lola Fanucchi, Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Paulo Viel. Assistência de direção musical: Guilherme Gila Assistência de direção: Rodrigo Caetano Cenografia: César Costa Figurinos: Úga Agú e Zé Henrique de Paula Iluminação: Fran Barros Desenho de som: João Baracho Preparação de elenco: Inês Aranha Visagismo: Dhiego D'urso Cenotécnica: Jhonatta Moura Produção: Laura Sciulli Assistência de produção: Cauã Stevaux Fotos: Ale Catan Design gráfico: Laerte Késsimos Textos para programa: Isa Leite Assessoria de imprensa: Pombo Correio Redes sociais: 1812 Comunica Estagiários: Mafê Alcântara (direção), Victor Lima (produção), Verena Lopez (som), Luis Henrique (luz), Pedro Bezerra (cenografia) e Jupiter Kohn (figurino) Serviço Codinome Daniel, do Núcleo Experimental Temporada: 12 de janeiro a 4 de março de 2024 Sextas, sábados e segundas, às 21h, e domingos, às 19h Teatro do Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637, Barra Funda Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) Venda pelo site Sympla Classificação: 12 anos Duração: 120 minutos Mais informações em @nucleoexp Este projeto foi contemplado na 40a. edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.
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vagarezas · 10 months
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E quando nos beijávamos
E eu perdia a respiração e, entre suspiros, perguntava:
Em que dia nasceste?
E me respondias com voz tremula:
Estou nascendo agora
Mia Couto
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ocombatente · 5 months
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Escritor Stefano Volp é o entrevistado do programa Trilha de Letras
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Em mais uma entrevista inédita do Trilha de Letras, produção semanal da TV Brasil, a apresentadora Eliana Alves Cruz recebe nesta quarta-feira (22), às 22h, o escritor, tradutor e roteirista capixaba Stefano Volp, para falar sobre Nunca Vi a Chuva, seu livro mais recente, que conta a história de um jovem em sua jornada de autodescoberta no interior do Rio de Janeiro e aborda temas como depressão e suicídio. Ele fala ainda sobre a importância da identificação dos leitores com a trama: "Tudo isso tem sido um aprendizado pra mim. Muito forte lidar com esses jovens que dizem: 'eu tenho a mesma coisa que esse personagem'". Em um papo descontraído, Stefano Volp aborda também diversos outros assuntos. Dentre eles, a literatura Young Adult, voltada para jovens adultos, sua formação familiar no subúrbio do Rio de Janeiro e a influência em sua produção artística. "Quando eu era mais jovem e lia, eu tinha muita dificuldade de me encontrar nos personagens. Então, hoje, quando eu escolho um protagonista LGBT, por exemplo, é pra mim uma pequena revolução, pois eu não encontrava esses personagens quando lia", comenta. Ele conta sobre o sonho de se tornar escritor por não conhecer nenhum autor que se parecesse com ele. "Quando eu finalmente tenho a caneta ou o teclado na mão, é muito natural. Eu quero escrever para que o jovem não passe pelo mesmo problema que eu. Que ele se encontre no livro que ele pegar pra ler", afirma. Stefano Volp é conhecido também por suas traduções, como a autobiografia de Agatha Christie. Para ele, o trabalho é quase uma reescrita de um livro. "Você corre o risco de não dizer o que aquela pessoa disse. Então, você tem que estabelecer um compromisso com o autor de dizer exatamente o que ele disse." Sobre o programa O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora do programa que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro. A TV Brasil já produziu três temporadas do programa e recebeu mais de 200 convidados nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC. A produção exibida pelo canal público às quartas, às 22h, tem horário alternativo aos domingos, às 23h. O Trilha de Letras ainda vai ao ar nas madrugadas de quarta para quinta e de domingo para segunda, na telinha. Já na programação da Rádio MEC, o conteúdo é apresentado às quartas, às 23h. Ao vivo e on demand Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar. Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv. TV Brasil na internet e nas redes sociais Site – https://tvbrasil.ebc.com.br Facebook – https://www.facebook.com/tvbrasil X (antigo Twitter) – https://twitter.com/TVBrasil Instagram – https://www.instagram.com/tvbrasil YouTube – https://www.youtube.com/tvbrasil TikTok – https://www.tiktok.com/@tvbrasil TV Brasil Play - http://tvbrasilplay.com.br Rádio MEC na internet e nas redes sociais Site: https://radios.ebc.com.br Instagram: https://www.instagram.com/radiomec Spotify: https://open.spotify.com/user/radiomec YouTube: https://www.youtube.com/radiomec Facebook: https://www.facebook.com/radiomec Twitter: https://twitter.com/radiomec WhatsApp: (21) 99710-0537 Como sintonizar a Rádio MEC Rio de Janeiro: FM 99,3 MHz e AM 800 kHz Belo Horizonte: FM 87,1 MHz Brasília: FM 87,1 MHz e AM 800 kHz Parabólica - Star One C2 - 3748,00 MHz - Serviço 3 Celular - App Rádios EBC para Android e iOS Fonte: EBC GERAL Read the full article
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jaimendonsa · 7 months
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Albert Camus: abrace o absurdo da vida sem desespero #ebook
Albert Camus, filósofo e escritor francês, é conhecido pela sua exploração do significado da vida e da condição humana num mundo aparentemente absurdo.
Seus conceitos-chave incluem o Absurdo, que ele argumentou ser o paradoxo entre o desejo humano de significado e a indiferença do mundo. Camus também propôs que a resposta à questão é a revolução.
Em seu ensaio “O Mito de Sísifo”, ??ele compara a vida humana à obra de Sísifo, um personagem da mitologia grega que repetidamente tenta encontrar um sentido para a vida.
Camus também argumentou que o suicídio é um ato absurdo, e sua ética muitas vezes se alinha com a solidariedade, a compaixão e o compromisso com outros seres humanos, mesmo diante do absurdo.
Sua filosofia, expressa em obras literárias como “O Estrangeiro” e “A Peste, e influenciou profundamente a literatura e o pensamento existencial do século XX.
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leitoracomcompanhia · 2 years
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Ellen
“Ellen. A minha mulher: alguém que eu sinto compreender pior do que um escritor estrangeiro morto há cem anos. Isto é uma aberração ou é normal? Os livros dizem: ela fez isto porque. A vida diz: ela fez isto. É no livros que as coisas nos são explicadas; na vida não. Não me surpreende que algumas pessoas prefiram os livros. Os livros dão um sentido à vida. O único problema é que as vidas a que eles dão sentido são as vidas dos outros, nunca é a nossa.”
Julian Barnes, “O Papagaio de Flaubert”; pintura de Edvard Munch.
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argumente-se · 9 months
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“Volta para o seu país de m*rda.” - O problema ao entorno da migração estudantil.
Oriunda do grego “xenos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo), a palavra XENOFOBIA refere-se ao ódio, aversão, medo ou receio em relação a estrangeiros. Tema tão discutido na atualidade, a relação historicamente indissolúvel entre Brasil e Argentina é o mote deste deste artigo.
Antes de discorrer sobre o tema, cabe salientar alguns pontos importantes: a) faz-se, aqui, uma analise hermética sobre a qual eu, escritor, estou inserido- embora a linguagem usada aqui não será voltada à primeira pessoa. b) Embora tenha-se usado um exemplo mais isolado, não é possível generalizar que um país é hostil ou não a brasileiros, e c) o Brasil não está isento deste fenômeno, pelo contrário, estrangeiros em solo brasileiro são alvos de situações como essa.
Assim, como supracitado, esse artigo é uma análise hermética, ou seja, fechada à realidade do emissor. É nítida a presença de xenofobia nas relações sociais através dos processos migratórios. No Brasil, nordestinos são vítimas desse preconceito quando migram sazonalmente às regiões sul e sudeste em busca de trabalho; no exterior, esse fenômeno é ainda mais presente. A xenofobia, irmã do etnocentrismo, é um problema social que permeia as relações (inter)nacionais e fomenta, no caso Brasil x Argentina, o arquétipo de que um entendimento é quase impossível, já que há uma briga histórica entre os dois países, seja no futebol seja em fatores econômicos ou culturais.
Boris Fausto, renomado historiador brasileiro e autor de “Brasil e Argentina: um ensaio da história comparada (1850-2002), diz que a rixa histórica é fruto de uma disputa por liderança regional na América do Sul, desde o século 19. Há outros historiadores, no entanto, que dissertam sobre uma analogia contemporânea na qual a “disputa” entre os dois países representa uma herança dos antigos colonizadores da América do Sul, portugueses e espanhóis.
O cientista político argentino Vicente Palermo, autor de “lá alegria y la pasión: brasileños y argentinos en perspectiva comparada”, narra que esse conflito parte do acontecimento da guerra da Cisplatina (1825-28), atualmente conhecida como Uruguai, que opôs o Brasil à Argentina. Cabe ressaltar, porém, nenhum dos dois países ficou com o território. Para ele, é natural que os argentinos tivessem uma visão superior em relação aos brasileiros, já que a Argentina foi um dos países mais ricos do mundo em PIB per capita, fato que deixou de existir, diga-se, já que a desde a ditadura instalada no país (1976-1983) houve uma sucessão de crises econômicas concomitantes aos problemas brasileiros.
Na atualidade, no entanto, é evidente um fenômeno que ficou conhecido como migração estudantil. Em outro artigo, dissertei sobre a elitização do curso de medicina e seus efeitos, tendo como principal resultado a migração estudantil, que leva milhares de jovens ao país em busca da formação em medicina. Esse fenômeno, junto à situação econômica em que vive a Argentina, é a catarse para a expressão xenofóbica sobre argumentos como “agradeçam, nós lhes oferecemos ensino e saúde grátis”, ou, mais ao extremo, “volte ao seu país de merd*”, além de casos de agressão física.
Há um clichê ao achar que os brasileiros que saem do Brasil para estudar o fazem por proveito financeiro, somente, ou que são exploradores por aproveitarem de uma suposta situação econômica favorável em outro país. Há inúmeros fatores que ilustram as dificuldades dos brasileiros no exterior, que vão muito além da medicina. Estar longe de familiares, as dificuldades na adaptação cultural, dificuldades financeiras por não terem suporte familiar, ansiedade, depressão, entre tantos, são produtos das escolhas desses milhares de jovens.
No caso da depressão, especificamente, há um grande problema que é a falta de acompanhamento com profissionais, que é de suma importância. A faculdade é um fator de pressão junto à vida em outro país, longe de todos os familiares e amigos, e isso, a um jovem, por exemplo, de 18 ou 19 anos, é uma redefinição do status quo pelo qual ele foi modelado. Ao fim, é preciso, em siéntese, combater esse problema, embora as ferramentas nem sempre estejam ao alcance, quebrar tabus é o ponto de partida para catalizador o respeito e a aceitação sem estigmas.
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fuckyeaheris · 9 months
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A filosofia de Albert Camus
Apesar de o escritor e filósofo franco-argelino Albert Camus ser mais conhecido por suas obras como "O Estrangeiro", "A Queda" e "A Peste", ele articulou muito com a filosofia que permeia seus livros no trabalho batizado de "O Mito de Sísifo". Neste ensaio, Camus começa com uma provocação:
Só há uma questão filosófica verdadeiramente séria: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a questão fundamental da Filosofia.
É claro que Camus está preocupado com o suicídio em sua forma literal, entretanto a sua maior preocupação é com uma forma mais figurativa de suicídio que ele chama de suicídio filosófico. Seria basicamente uma forma de desligar as nossas mentes questionadoras ao aceitar respostas paliativas para as perguntas mais fundamentais da vida, como "aonde estamos indo?", "qual é o sentido da vida?" e "existe uma justiça superior?". Segundo o autor, a forma mais comum de cometer suicídio filosófico é simplesmente se lançar em algum sistema de crença pré-produzido, como os que são fornecidos por praticamente todas as religiões do mundo.
Qual é motivação mais comum para a crença em um deus? Camus afirma que a principal razão é porque as religiões aliviam em nós a sensação de ansiedade que sentimos em relação às incertezas da vida, principalmente por nos entregar explicações prontas para as questões fundamentais da vida. Acreditamos em Deus porque buscamos saber qual é o sentido da vida, mas a resposta da vida às nossas indagações é um silêncio frio e impassível.
Vejamos um exemplo: a maior parte de nós gostaria de saber que existe alguma garantia de justiça na vida, que pessoas boas serão de alguma forma recompensadas e que pessoas más pagarão por seus atos. Bem, a realidade é que às vezes as coisas funcionam assim, mas muitas vezes coisas ruins acontecem com pessoas boas e muitas vezes pessoas más acabam escapando com suas maldades. Então quando esperamos na vida afirmar nossos desejos por justiça, a resposta que temos é basicamente: talvez, talvez não.
Parece haver muita aleatoriedade e caos envolvidos, uma conclusão que nos cria um bocado de insegurança. Por outro lado, crer em um deus ou sistema de karma imediatamente alivia essa insegurança, nos entregando uma fonte definitiva de justiça superior, mesmo que a vida não nos propicie. No final das contas não precisamos mais vivenciar as incertezas e inseguranças que a vida nos mostra. Porém, o custo é que isso requer cometer um tipo de suicídio mental ao desligar a parte de nós mesmos que continuaria questionando a vida. A parte de nós que deixariam abertas as perguntas fundamentais da vida, sem respostas, como a própria vida faz. Mas é claro que religião é apenas uma das possíveis maneiras de cometer suicídio filosófico. Podemos com a mesma facilidade usar entidades seculares como a ciência, a cultura de consumo ou mesmo a indústria do entretenimento - na qual a maior parte de nós vive - para alcançar o mesmo efeito básico. Isso porque o suicídio filosófico trata de interromper o processo de questionar a vida e ficar tranquilo dentro de uma ou outra sensação de certeza. Se fazemos isso de forma religiosa ou secular é uma consideração de segunda ordem. Entretanto, Camus considera que a religião é uma das formas mais comuns de fazer isso, então ele defende que o Existencialismo deve ser uma empreitada indiscutivelmente ateísta.
Uma alternativa mais atraente do que qualquer forma de suicídio filosófico, na visão de Camus, seria confrontar honestamente a natureza fundamentalmente incerta e excêntrica da vida, que ele chama de Absurdo. Em sua compreensão, o Absurdo é mais do que apenas a experiência de absurdidade que temos ocasionalmente; é um tipo de categoria ontológica que é uma dimensão fundamental da nossa existência. Nossas experiências pessoais da absurdidade da vida são apenas expressões da natureza fundamentalmente absurda da própria vida.
Para Camus, o Absurdo se manifesta em diferentes meios, mas a principal dinâmica reside na tensão entre o nosso anseio natural de saber o significado da vida e o silêncio irracional que a vida fornece como resposta. É essa tensão absurda que faz do suicídio, tanto literal como filosófico, um tema tão poderoso em nossa existência. Entretanto o autor sugere que também é possível confrontar a absurdidade da vida de forma honesta e lúcida, sem cair na tentação do suicídio filosófico: ele chama aquele capaz de fazer isso de "o homem absurdo", que para Camus é um tipo de herói existencial tanto quanto o personagem Meursault em "O Estrangeiro". O homem absurdo é alguém que vive sem recurso, alguém que é irredutível em reconhecer quão absurda a vida realmente é e consegue manter abertas e vivas, de alguma forma, as questões da vida, e nesse processo ainda evita a desonesta armadilha do suicídio filosófico.
Mas reconhecer completamente a absurdidade da vida, segundo Camus, também significa encarar o desafio de não aceitar o fato. O homem absurdo deve consequentemente desprezar ter sido condenado a uma vida tão excêntrica e irracional. E esse desdém e enfrentamento frente à nossa absurda condenação é exatamente o que afasta o suicídio de ser uma opção válida para o homem absurdo. Isso porque o suicídio seria na verdade uma forma de submissão à nossa condenação absurda ao implicitamente afirmar que a vida é de fato tão intoleravelmente absurda que o suicídio, de um jeito ou de outro, é a nossa única opção. Essa ideia paradoxal é mais ou menos como se, caso você fosse condenado à prisão, a coisa mais desafiadora que você poderia fazer seria aproveitar e curtir a experiência. Porque fazer isso na verdade anula o sentido da sua condenação que você deveria experimentar como uma terrível forma de sofrimento.
Como Camus afirma, não há fé que não possa ser superada pelo desprezo. Consequentemente, para o homem absurdo, o suicídio não é uma resposta coerente ao Absurdo porque o suicídio não é uma expressão da desafiadora rejeição que é essencial desde o princípio para tomar consciência do Absurdo. O homem absurdo só pode extrair um fim amargo de toda a experiência da vida, assim evita o suicídio literal ao reconhecer - de forma completa e lúcida - quão absurdo ele é, e assim evitando o suicídio filosófico. Todavia a existência humana é absurda não apenas porque ela se nega em nos fornecer respostas às perguntas básicas, mas também devido a quão repetitiva e fútil ela realmente é. Como escreveu Camus sobre o paradigma da vida: 
Levantar-se, bonde, quatro horas de escritório ou fábrica, refeição, bonde, quatro horas de trabalho, refeição, sono, e segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado no mesmo ritmo, essa estrada se sucede facilmente a maior parte do tempo.
E quando pensamos a respeito, até mesmo nossos finais de semana, férias e outros eventos que parecem singulares são, em sua maioria, apenas variações de outras coisas que já experimentamos diversas vezes. Além disso tudo, a vida é absurda porque ela não nos dá motivos reais para concluir que nenhum de nossos esforços repetitivos irão resultar em algo. Afinal, não é a realidade inquietante da nossa existência que em poucos séculos noventa por cento de nós estaremos esquecidos? Que até mesmo os entalhos em nossos túmulos de granito terão se apagado? E que em termos cósmicos muito em breve nosso planeta será engolido pelo sol em constante expansão, fazendo desaparecer qualquer traço de nossas vidas ou esforços, de toda a humanidade inclusive?
A inquietante realidade das nossas vidas é que todos os nossos maiores esforços eventualmente se tornarão poeira. Camus enxerga a natureza repetitiva e fútil da nossa existência, essa condenação do Absurdo, como sendo muito similar ao personagem mitológico Sísifo. Em sua história, consta que Sísifo foi condenado pelos deuses a um ciclo sem fio de trabalho repetitivo e fútil, na forma de rolar uma grande rocha montanha acima, apenas para vê-la rolar abaixo de novo. Camus chama Sísifo de o proletário dos deuses, exatamente porque a nossa condenação à uma existência repetitiva e fútil é muito parecida com a dele.
No entanto não é a natureza repetitiva e fútil da existência humana em si que faz dela absurda, afinal todo o reino animal está sujeito à mesma lógica básica de repetição e esforço supérfluo. Só que os animais não parecem se dar conta da absurdidade de suas existências. O que faz a existência humana ser absurda é nossa consciência da condenação sisifista, ou pelo menos nosso potencial de tomar consciência dela, e que podemos evitar a auto-enganação do suicídio filosófico.
Então muito da filosofia de Camus se cristaliza na figura de Sísifo em resposta à sua condenação absurda. Ele defende que no final das contas, "é preciso imaginar Sísifo feliz". Porém a felicidade de Sísifo, tal qual a do homem absurdo, é muito diferente da felicidade normalmente concebida. Esta felicidade está em viver seus dias com a completa e lúcida consciência de sua sorte absurda, junto com uma desafiadora rejeição dela, de forma que seja impulsionado a se encantar com sua vida, com "cada clarão mineral dessa montanha cheia de noite" como Camus escreveu, a autêntica antítese de desejar o suicídio literal ou filosófico.
Traduzido do vídeo "Camus In Ten Minutes", de Eric Dodson, acessado em 27/12/2016 na URL https://www.youtube.com/watch?v=ekxXvgbDr3M
Leia "O Mito de Sísifo" em PDF, em português
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