Tumgik
#erabanquete
d-o-l-o-h-o-v · 10 years
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Survival of the fittest || POV {Plot Twist Part I}
 - Levante a cabeça, Antonin - disse sua mãe pela milésima vez na noite ao pegar o rapaz encarando novamente a barra da manga de seu paletó. Ele levantou o queixo e fingiu observar as pessoas presentes naquele banquete miserável, passando os olhos por elas sem realmente vê-las. Não queria estar ali, isso era um fato. Preferia estar no frio dormitório da Sonserina no castelo de Hogwarts, fingindo que o universo não existia, que ter de aguentar mais uma das reuniões puristas que seus pais insistiam que ele comparecesse. Na verdade estava ali apenas por sua mãe, pois apesar de tudo, não conseguia negar absolutamente nada para a mulher. Ela era a única coisa que realmente importava em sua vida medíocre, e neste momento o olhava com um sorriso debochado no rosto, extremamente semelhante ao seu próprio quando ele sorria de algo do qual não achava real graça. - Sabe, você pode ao menos fingir que está amando o convite que sua mãe lhe fez com tanto carinho - caçoou ela, enquanto ficava de frente pro filho para arrumar sua gravata. Ele lhe deu o que quase pareceu um sorriso, se não fosse tão claramente forçado, mesmo que por dentro estivesse achando graça do surto de maternidade de Salácia. - Isso, dê mais um desses e vá achar uma esposa - disse ela, dando-lhe um tapinha no ombro. - Mãe - reclamou ele. Simplesmente não conseguia se sentir bem sabendo que assim que terminasse a escola teria de se casar com alguma das garotas puro-sangue que ele via todas arrumadas e à procura de um marido nesses banquetes. Apesar de todas terem certa beleza que não podia passar despercebida por Antonin, no fundo ele as achava completamente ridículas. Sempre tentando superar umas as utras, com as melhores maquiagens, melhores vestidos, melhores sapatos, melhores sobrenomes. Tudo para conquistar o marido ideal. E infelizmente, na concepção de algumas delas, o Dolohov era este tipo ideal, e ele detestava sê-lo. - Nada de mãe, pai ou avó. Você é o único garoto neste salão a quem é dado o privilégio de escolher, pois confiamos na sua capacidade de julgamento. Agora mostre que estamos certos e vá em frente! - o rapaz revirou os olhos diante do entusiasmo exagerado da mãe, mas fez o que ela mandou.
Passou os olhos pelo local sem realmente procurar por alguém. Sabia que se não escolhesse ninguém, seus pais o fariam por ele, e aí estaria sujeito a qualquer tipo de garota que eles achassem melhor, e não poderia reclamar mesmo que fosse uma velha de trinta anos com estrias e três filhos. Na verdade seria melhor assim, pensou ele. Não a velha de trinta anos, é claro, e sim deixar que seus pais escolhessem. O pouparia de todo aquele estresse de ter de olhar para cada garota em cada banquete, jantar e baile, para procurar por algo que ele sequer tinha a mínima noção de por onde começar. Era absolutamente ridículo.
E é claro, além de toda aquela indiferença com qualquer garota puro-sangue de família antiga, havia também Harriet Goldstein. A lufana era o total oposto disso. Não estava nem aí para a aparência, apesar de ser mais bonita que todas essas garotas exibidas juntas. Não era puro-sangue, não procurava por um "marido ideal", e a principal coisa sobre ela: Não dava a mínima bola para Antonin. Ele não sabia exatamente o por quê de se importar, mas desde que conhecera a menina e ela lhe dera um fora como ele jamais levara na vida (mesmo levando em consideração que ele jamais levara um fora), ele tomou como meta chamar sua atenção, por mais difícil isso fosse ser. E estava sendo.
Deixou que sua mente vagasse de volta para o castelo, até o seu olhar pousar em uma garota alta e loura, com os cabelos perfeitamente arrumados e lisos e o vestido púrpura até os pés, não escondendo seus atributos corporais. Ela era quase tão alta quanto Antonin, e seus ombros eram fortes, o que fez seu estômago dar uma revirada dolorosa em seu lugar, até ele convencer seu próprio subconsciente que jamais, nem em um milhão de anos, a lufana que estava em seus pensamentos apenas um segundo antes compareceria num jantar como aquele. E ele se provou estar certo quando a garota se virou. Não era uma garota, de qualquer forma. Ela devia ter uns vinte e poucos anos, mas sua beleza era estonteante. O rosto delicado e os olhos... Azuis. Esperara pelo misterioso e ligeiramente sedutor tom de verde que conhecia, mas ao invés disso se via diante de um azul quase inocente, se não estivesse brilhando de malícia ao observá-lo. Fez o que fora ensinado a fazer ao oferecer aquela dança para a senhorita, mesmo que não estivesse com a mínima vontade de fazê-lo. Como grande parte dos rapazes que eram obrigados a frequentar esses eventos desde que nasceram, Antonin sabia sim dançar muito bem, mas não era como se gostasse de fazê-lo. Quando jovem e imprudente, ele adorava aquela proximidade de corpos com alguém do sexo oposto, e se aproveitava disso ao máximo, sempre tendo uma continuação em algum lugar mais reservado. Mas naquele momento, apenas o fato de dançar com uma desconhecida o entediava, apesar da cordialidade com que a tratava. A quantidade de casais dançando na pista era pequena, visto que a maioria já havia comido do deslumbrante jantar que fora servido e estavam apenas sentados jogando conversa fora. Antonin desejava fazer o mesmo, mas lamentavelmente sua única companhia por ali era sua mãe, e apesar de amar o espírito jovem da mulher e a grande maioria de suas conversas fossem como dois amigos jogando conversa fora, naquele momento ela havia se juntado com outras mulheres do alto escalão, e ele não estava nem um pouco afim de ouvir as fofocas que provavelmente estavam trocando.
Para o seu alívio fora poupado de ambas as atividades indesejadas quando o anfitrião da noite se adiantou para dizer algumas palavras. Todos se levantaram de seus lugares e se aglomeraram ao redor do homem, que mal disse algumas poucas palavras e foi passando o microfone para o Ministro da Magia, Armand Malfoy. Antonin tentava compreender o que o homem dizia. Algo sobre o purismo, e como todos ali eram uma parte fundamental para a construção dessa doutrina e, principalmente, para a sua disseminação pelo mundo. O Dolohov sabia o que viria em seguida. Fazia parte do grupo seleto de garotos puristas que se reunira com o próprio sobrinho do homem, Lucius Malfoy. Ele sabia o que esperar, mas mesmo assim foi pego de surpresa quando todo o local foi escurecido por uma espessa nuvem negra. Ele tentou conjurar o Lumus, mas não foi o suficiente, por isso contentou-se em fazer como todos os outros presente. - Mãe! - chamou em voz alta, e seu coração saltou de alívio ao sentir uma mão macia agarrando sua própria. Mas não era a mão de Salácia, e ele reconheceu como a mão que, alguns minutos antes, segurava ao rodopiar pelo salão. - Solte-me - disse rispidamente para a garota, e começou a seguir uma voz que gritava por seu nome em algum lugar a sua direita, não muito distante dali. - Mãe! - ofegou ele ao sentir os braços da mulher ao seu redor, e a segurou firmemente. - Por favor Tonin, não vá! Fique aqui comigo! - disse ela, com a voz em total desespero, e ele quase podia ver o brilho das lágrimas em seus olhos através da escuridão que já se dissipava. - Tenho que ir, é isso que eu devo fazer - disse ele em voz baixa, para que apenas ela escutasse, e pôde ouvir o choro baixinho que se iniciava. Ele queria confortá-la, mas naquele momento a escuridão se esvaiu por completo, e todos soltaram uma exclamação coletiva. Ele não pôde ver o que era, mas sabia. Era o sinal que precisava. Soltou os braços de sua mãe e lhe deu um beijo na testa, sem olhá-la nos olhos. Sentiu a mão pequenina segurando a sua, mas a soltou e foi em direção ao jardim dos Mulciber, sem olhar para trás.
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nathaniel-b · 10 years
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What can you expect from a place like this? | Nathaniel Bellanova & Wilhelmina Yaxley | Plot Twist Part One
Talvez uma das poucas coisas que deixassem os Bellanova mais orgulhosos do que seu filho mais novo, era serem convidados novamente para o Banquete Anual de Salazar Slytherin. Era extremamente importante que o convite oficial pomposo fosse entregue por uma belíssima coruja das Torres, vindo parar justamente nas mãos do chefe da família. Era uma tradição, afinal, ao que Nate não poderia deixar de pensar ser uma plena bobagem. Todos os anos a homenagem ao grande fundador da casa de Slytherin era feita exatamente da mesma forma, exceto que apenas costumava mudar a mansão onde seria sediada, talvez para não deixar as coisas monótonas demais, como se fosse possível. Nathaniel odiava aquela festa. Sentia-se sufocado em meio a tantas famílias ricas e puristas, cada qual tentando demonstrar como era melhor do que as outras. Não havia sequer um resquício de amizade verdadeira naquele lugar e certamente todos se apunhalariam pelas costas se fosse necessário — se fosse por um lugar no topo da sociedade, se fosse para se sobressair sobre todas as outras pessoas, demonstrar seu poder, com certeza. E os pais de Nathaniel, obviamente, não poderiam ser diferentes daqueles que o garoto julgava com tanto desprezo. De qualquer forma, eles eram seus pais, e infelizmente não havia uma maneira de se desviar do banquete anual sem que tivesse de aguentar as consequências mais tarde.
— Talvez não fosse tão ruim se não precisasse desta roupa. — Nate sentia-se como um pinguim dentro daquele smoking, mas também era outra obrigação para comparecer ao banquete. Algo desconfortável, que tornava as coisas ainda piores do que já estavam. Como se já não tivesse lhe bastado sua mãe recitando todas as regras de boas maneiras e etiqueta antes de saírem de casa, correndo de um lado para o outro para verificar se seus filhos estavam bem apresentáveis para não haver o risco de passar qualquer tipo de vergonha diante de seus “amigos” da alta sociedade bruxa.
Quando sua mãe se virou para adentrar na residência dos Mulciber, sua mão agarrada ao braço do marido, Nate fitou a irmã pelo canto dos olhos, já que esta estava andando bem ao seu lado, parecendo se sentir bem mais desconfortável do que ele. Mas Selina saberia como se portar lá dentro. Ela tinha suas técnicas de não demonstrar qualquer tipo de fraqueza e Nate até mesmo a invejava por isso. Gostaria de saber controlar seus sentimentos algumas vezes. — Apesar de tudo, Selina, você está muito bonita. — Ele a elogiou, passando a mão por sobre os fios de seu cabelo arrepiado e sorrindo enquanto voltava seu olhar para frente, sem querer correr o risco de tropeçar nas escadarias da mansão ou aguentar o olhar duro da garota em sua direção. Nem tinha certeza de que ela lhe responderia, entretanto. Nate sabia que seus pais não costumavam elogiar Selina e esperava que a irmã, mesmo sem esboçar reação, se sentisse bem com o seu comentário.
Os Mulciber já estavam parados no arco da porta, cumprimentando seus convidados como bons anfitriões. Pelo olhar que sua mãe lançou á Sra. Mulciber, conseguiu deduzir o quanto ela gostaria de estar em seu lugar naquele momento, pois, mais do que tudo, adorava estar no centro das atenções.
Nathaniel cumprimentou os donos da casa sem muito entusiasmo, conseguindo até mesmo exibir um belo sorriso sem nem mesmo atingir seus olhos, o que não pareceu ser captado pela atenção de ninguém. Seus pais pareciam orgulhosos e radiantes, como se tivessem um pedaço do Sol dentro de cada um. Será que se eles soubessem o quanto estavam sendo ridículos, parariam com aquilo? Sentiu vontade de se virar para a irmã para lhe fazer aquela pergunta, mas logo percebeu que Selina mantinha suas atenções em outros lugares. Decidiu não lhe interromper para não começar nenhuma discussão e continuou seguindo seus pais em direção á mesa que havia sido reservada para a família Bellanova e para a família... Com certeza, não havia dúvidas. Era mesmo a família Yaxley que agora os cumprimentava enquanto se aproximavam.
Havia um tempo que Nathaniel e Wilhelmina haviam se tornado um pouco mais do que colegas, mantendo conversas mais íntimas e até apreciando a companhia um do outro. É claro que Nate ainda achava a garota um pouco fútil demais, mas resolvera ignorar aquele fato pelo bem de uma amizade. Mina conseguia ser gentil e simpática muitas vezes.
Nate não era adepto de regras de etiqueta como sua mãe, mas havia nele a necessidade de exibir o seu cavalheirismo, algo que lhe fora ensinado quase desde que nascera. Não poderia ignorar aquilo depois de tantos anos, por isso, ao parar ao lado de Mina, acabou por segurar a mão dela e depositar ali um leve beijo, fitando-a nos olhos enquanto exibia um sorriso travesso, como se tivesse aprontado algo que desejasse que ninguém descobrisse. — É um imenso prazer revê-la, senhorita. — Logo depois, tomou o assento ao lado da garota para si e voltou sua atenção para os demais ocupantes da mesa, cumprimentando-os com avidez, sob o olhar penetrante de sua mãe e o sorriso malicioso de seu pai. Por mais otimista que fosse, sentia como se algo estivesse prestes a lhe acontecer. Algo que, certamente, não veria com bons olhos. 
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selwynns · 10 years
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[Flashback] The way it was | Eloise & Evan | Plot Twist Part I
O sorriso que surgiu em seus lábios cor de camin era fraco, sem graça, sem vida, como se seus olhos não acompanhassem o movimento e permanecessem solitários. Deslizou as mãos pelo fino e delicado tecido verde do vestido, sentindo sua textura macia e observando como parecia esvoaçar ao seu redor a um simples movimento. Tocou o rosto coberto pela maquiagem leve, os cabelos negros presos em um coque bagunçado, as orelhas enfeitas por pequenos diamantes que mais pareciam pequenas estrelas e, mesmo assim, não conseguiu sentir-se entusiasmada com os mimos e luxos dados por seu pai para aquela ocasião. Eles não remendam um coração partido, ela pensou.
Eloise Selwyn sempre havia sido o tipo de pessoa que dificilmente alguém conseguia decifrar. Gostava de pensar que esse era o seu talento, seu dom, mascarar o que sentia e o que pensava. A garota de dezoito anos gostava tanto de incógnitas e mistérios que transformou-se em um. Dessa forma, ninguém realmente poderia dizer que a conhecia, ninguém poderia alegar que sabia o que se passava por sua mente ou prever o que faria e ela gostava daquela estranha sensação de liberdade que isso lhe trazia.
Contudo, ela nunca soube que seria tão difícil isolar-se do mundo exterior daquela forma.
Sempre achou que sobreviveria melhor sozinha, que não precisava da ajuda ou das palavras de ninguém mas tudo o que mais desejava era poder falar sobre o quanto aquele aperto no peito a incomodava, o quanto a raiva tornava sua respiração irregular e como a dor, por si só, a deixava zangada apenas pelo fato de existir. Queria ter gritado com ele, queria ter lhe dado tapas até sentir as mãos arderem, queria fazê-lo se sentir tão inútil quanto ela se sentiu.Por Merlin, como queria. Mas isso significava se importar, significava admitir que ele a havia apunhalado, que estava ferida e que as vezes sangrava e essa era a última coisa que desejava. Não, não queria dar a Evan Rosier esse gosto, não queria enchê-lo com a certeza de que ele a havia magoado. Ela era mais forte que isso. 
Assim, com o mesmo sorriso sem emoção no rosto, Ellie não falou absolutamente nada quando a Tia Viola sugeriu que “deixasse todo aquele drama de lado” e tentasse reatar seu relacionamento com Rosier porque, segundo ela, uma aliança com a família de Evan era boa demais para que deixasse escapar. Também permaneceu em silêncio quando seu pai pediu, de uma forma surpreendentemente carinhosa, que considerasse ir ao baile em homenagem a Salazar Slytherin na companhia do ex namorado, ou quando Tia Viola a aconselhou a comportar-se de forma gentil, de alguém que estava aberta para uma renovação do relacionamento rompido no Natal.
Ellie sorria, mas a verdade era que tinha vontade de furar seus olhos com um talher.
“Rosier." Foi a única coisa que disse quando o encontrou na companhia da família na enorme sala de estar da Mansão Selwyn, e continuou sendo a única coisa dita ao rapaz até que os bruxos se reunissem fora dos portões de ferro para aparatarem na úmida e brumosa ilha onde a Mansão Mulciber se erguia. "Então… como passou o início do Feriado dos Fundadores? Bem, eu espero." Mentiu, direcionando-lhe um olhar frio depois que Viola a reprimiu silenciosamente por não se esforçar em iniciar uma conversa. "Vincent me disse que você ganhou uma oferta de estágio no Ministério. Estou feliz por você." Queria que ele sufocasse com uma ervilha, na verdade, mas não podia dizer isso com sua família e a dele alí, tão próximo a eles. 
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raoul-wchagny-blog · 10 years
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(Flashback) I feel something so right doing the wrong thing | Raoul and Alecto| PLOT TWIST
O pomposo convite para o Banquete Anual de Salazar Slytherin foi recebido com exacerbado orgulho pelo patriarca dos Chagny e nem tanto assim por outros membros da família. Raoul não compreendia a excitação por aquilo, afinal, todos os anos o clã era convidado e recebido com honrarias; tendo, inclusive, em anos passados, já sediado o tradicional jantar em sua mansão. Nada era novidade, nem mesmo a sensação de estar em meio a algo que não acreditava; sensação essa que se acentuava cada vez mais em seu íntimo. O rapaz só conseguia pensar nos assuntos entediantes tratados no evento e a insistente mania do pai em conversar com possíveis famílias que lhe dariam uma nora a altura do sobrenome. Talvez esse ano seja diferente, tentava se convencer do impossível enquanto vestia o terno feito especialmente para ocasião. A mãe, Christine, sempre zelosa, o ajudava a colocar a peça sem amassar e repetindo inúmeras vezes o quão bonito Raoul era e como ele lembrava o marido na juventude. Ao concluir os preparativos, desceram as escadas de braços dados e se juntaram aos outros dois Chagny para partirem.
Aparataram no jardim dos Mulciber e, assim que cruzaram o patamar da porta, foram recebidos pelos anfitriões com perguntas educadas sobre os negócios, crescimento dos filhos e outras amenidades quaisquer. Raoul logo partiu para longe da família, desvencilhando-se o mais rápido que pôde das garras do pai que se vangloriava do rendimento escolar do primogênito.
Enquanto passeava pelo salão procurando rostos conhecidos, serviu-se com uma taça de licor oferecida por um dos diversos elfos domésticos que desfilavam pelo ambiente. Os aglomerados que conversavam animadamente, repeliam Raoul. Sabia que o assunto do momento era a causa purista e como os presentes – considerados o alto escalão da sociedade bruxa – deveriam lidar com a escória; apesar de nada ser dito abertamente, todos tomando cuidado com as palavras. – Hipócritas. – Sussurou o jovem, chamando a atenção de um elfo que o olhou receoso, considerando que o xingamento poderia ter sido direcionado a ele. O francês nem se deu ao trabalho de esclarecer; apenas piscou e levantou a taça em direção ao servente como se brindasse, o outro se afastou assustado. Cumprimentou de longe alguns colegas de Hogwarts, mas não estava disposto a conversar naquela noite, uma raiva contida lhe apertava o peito e ele precisava externar de algum jeito.
Encheu-se de esperança ao ver Maisie Talbot. A amiga tinha conhecimento dos últimos acontecimentos na vida do sonserino e de todos os seus conflitos referentes a ela que tanto o pertubavam. Porém, sua empolgação deu lugar à frustração quando a corvina deu início a uma conversa visivelmente tensa com Emma Vanity. Retirou-se para os jardins; preferia ficar sozinho a explodir e causar um escândalo, mesmo consciente de que os episódios polêmicos estavam cada vez mais constantes naquele âmbito, ele pensou enquanto vislumbrava os boatos que envolveram Emma, Maisie e até Victoria Swan. Ao sentir a primeira brisa do vento no rosto, puxou um cigarro de um pequeno recipiente de metal com o brasão dos Chagny e o levou a boca. Enquanto acendia o mesmo, enxergou-a sentada em um jardim e sorriu satisfeito. Estava alí sua válvula de escape naquela noite. Aproximou-se com uma das mãos enfiadas no bolso, enquanto a outra manuseava o bastonete. – Bonne Nuit, mademoiselle Carrow. – A voz grossa e segura pareceu alarmar a garota. – Aceita? – Perguntou enquanto oferecia o cigarro a ela.  As feições da loira o deixaram intrigado, não parecia à vontade em sua presença como de costume.
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themalfoy-narcissa · 10 years
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It's too late to apologize, it's too late // Narcissa&Bellatrix [Plot Twist]
Uma coisa era não ser convidada para as "reuniões" que Lucius e Bellatrix iam quase todas as noites durante aquele mês. Aquele pequeno fato não estava agradando muito Narcissa, mas como sempre ela estava presa em seu castelo, culpada por suas ações que a levaram até ali. Não poderia negar que sua vida era boa, muito mais que um dia esperava. Uma vida cheia de conforto e luxo, e tudo que uma mulher poderia querer. Porém uma vida muito vazia, sem ninguém para conversar, muito menos atividades a se fazer. O que mais a irritou foi o fato de que seu marido não iria poder acompanhá-la no evento anual na casa dos Mulciber, era obvio que seu marido estaria lá, mas ele teria de ir com seu pai. Para poderem conversar sobre os negócios sem ter uma mulher por perto. Aquilo era simplesmente absurdo demais para que Narcissa pensasse sobre fazer alguma coisa, mas novamente ela não tinha o que fazer, a não ser escultar e concordar.
O último mês havia sido um furacão de emoções para ela. O conhecimento de sua sobrinha, Nymphadora havia transformada seu coração que estivera por bastante tempo congelado. E as palavras que havia dito para Bellatrix em uma daquelas noites haviam sido fortes demais, e bastante desnecessárias. Sabia que Bella somente agia daquele modo, pois não queria perdê-la, assim como ela havia perdido Andy. Narcissa era tudo que a irmã tinha, por tanto, havia sido bastante fútil da parte dela ter discutido com Bellatrix, ainda mais por conhecer do temperamento da irmã. E haviam também aqueles enjoos, e mal estar que andava tendo, não sabia explicar direito, mas se continuassem teria de ver um medi-bruxo para certificar-se de que não era nada muito sério.
Para a noite de gala em especial havia separado um dos vestidos mais caros que já ganhara na vida, afinal, mesmo que todos dissessem que era uma noite amigável todos sabiam que era sobre ostentação e poder. Afinal, todos ali haviam frequentado a mesma casa. O vestido de Narcissa era preto, mas muito bem trabalhado em prata com linhas finas que certamente foram costuradas a mão. Enquanto que em seu pescoço um enorme colar de esmeraldas. Narcissa sempre fora apontada como uma das mulheres, se não a mulher, mais bonita que muitas pessoas já viram. Ela tinha de fazer jus ao que falavam. Além de que novamente tinha de causar uma boa impressão aos Malfoy's e a sua própria família, pois não sabia o que Bellatrix poderia ter falado sobre suas últimas ações.
Acabou que algumas horas antes do evento estava na casa da irmã, sabia que Bellatrix não havia ido para o encontro com Lucius e Abraxas, então teria toda a intenção da irmão. Bateu a porta com a delicadeza que sempre expressava. - Bellatrix, eu não quero gritar com você. As palavras que falei naquela noite não tinham fundamento, eu sei que você e Lucius estão fazendo o possível e impossível por um mundo melhor, eu acredito em nossa causa. - acabou falando do lado de fora para ver se sua irmã abria a porta para ela. Irem juntas aquela festa significaria o mundo para Narcissa. As irmãs Black como sempre sendo triunfais e mesmo que não acreditasse nas palavras que havia proferido tinha certeza que Bellatrix acreditaria e adoraria. - Vamos eu sei que você precisa de ajuda com o vestido e para se arrumar.
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adeathaura-blog · 10 years
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How do I feel? What do I say? Fuck you, it all goes away. .:::. POV (Plot Twist)
Festas nunca foram o forte de Alecto, ter que usar vestidos, jóias e respeitar todos os preceitos que uma boa dama da sociedade, do porte de Carrow, deveria seguir. Para ela isso era totalmente dispensável. Sem contar que, após o décimo quinto aniversário de Alecto, seu pai, o Sr. Carrow fazia de todas as festas uma boa caçada à noivo para sua filha mais nova. E ela odiava isso, tinha plantado dentro de sua cabeça que não se casaria, independente do noivo. Achava o matrimonio uma instituição falida, que vivia apenas de aparências. E, bem, pode parecer hipocrisia, mas viver de aparências não era para Alecto.
Ainda em casa e totalmente contra seu gosto, arrumou-se com a ajuda de uma das criadas. Tudo já havia sido escolhido por sua mãe, a matriarca não queria correr o risco de que sua única filha aparecesse totalmente desmazelada no jantar da Mansão Mulciber. Alecto deixou que seu cabelo fosse preso em um coque, mas assim que a mãe saiu de perto tentou desmanchá-lo, não obtendo sucesso. Apenas fez com que algumas mechas ficassem fora de seu lugar. Vestiu o vestido preto que, segundo sua mãe, realçava suas belas curvas. Eles realmente estavam querendo casá-la. Colocou também algumas jóias da família, as quais odiou assim que segurou em sua mão, eram pesadas demais para serem carregadas, principalmente nas orelhas. Tentou negociar o uso com sua mãe, mas a senhora estava implacável e não aceitou.
Assim que todos estavam prontos, seguiram para a festa. Aparataram no jardim da Mansão, ela já havia estado lá antes, mas era sempre uma surpresa o tamanho da mesma. Foram recebidos pelos anfitriões e, antes que sua mãe grudasse nela e não a deixasse beber sequer uma taça de champagne, Alecto sumiu por dentre todos os convidados. Perdeu seu irmão de vista rapidamente, mas nem ao menos se importou. Zanzou pela festa, pegando praticamente toda taça de champagne que passava em alguma bandeja.
Alecto usou o benefício de estar praticamente invisível por dentre todas aquelas pessoas, e observou todo o possível. Sentadas nos canapés estavam as Damas, conversando sobre algum assunto tão inútil quanto elas. Ficou feliz de ver a conhecida silhueta de sua mãe, isso significava que não seria atormentada pela mesma por, pelo menos, mais trinta minutos. Em outro canto havia uma rodinha na qual se encontravam os patriarcas, os responsáveis por fazer as famílias prosperarem. Seu pai também estava lá, sondando um bom pretendente, com certeza.
Observou de longe a conversa, certamente nada amigável, entre Emma e Maisie. Tinha que admitir, vê-las naquela situação era engraçado. Esquivou-se por dentre mais algumas pessoas e encontrou a panelinha dos jovens, dos que tinham a sua idade. Estavam todos os alunos influentes da Sonserina, praticamente. Não teve vontade alguma de juntar-se a eles. Optou por roubar uma garrafa inteira de champagne, de um garçom distraído, e sentar-se em um dos bancos do jardim, onde não poderia ser vista.
Ela sabia que algo grande aconteceria naquela noite, algo que mudaria sua vida por completo. Precisava estar pronta para qualquer coisa, e passar algum tempo sozinha ajudaria. Ficaria ali, até receber o sinal que logo chegaria.
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lysander-avery · 10 years
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Coming off the fence | @Severus Snape | Plot Twist
Avery duvidava constantemente da lealdade de seu companheiro de casa, Snape e sua “pseudo-amizade” com uma sangue-ruim colocava sua credibilidade à prova. Não bastava ter que aguentar tantos nascidos-trouxas pelo castelo, ainda precisava dar de cara com os olhares cobiçosos de Severus sobre Lily Evans? Aquilo era um verdadeiro insulto a toda causa purista e Lysander não fazia questão alguma em esconder seu desagrado. O embate entre ele e o moreno quase chegavam às vias de fato e se não fosse por Mulciber, suas idas à Ala Hospitalar se tornariam frequentes. A falta de tolerância e o desprezo pelos sentimentos do colega elevavam sua ignorância ao limite e Avery mal esperava a hora em que testaria a lealdade do amigo de uma vez por todas.
Finalmente, o alarme soava, avisando que aquele era o momento ideal em que Snape precisava provar de que lado estava. Do lado vencedor, ou do perdedor, junto daqueles sangue-ruins imundos. Avery os detestava, desde criança foi educado daquela forma e cresceu aprendendo a desprezá-los. Um lapso horroroso da raça humana, que precisava ser eliminada prontamente.
O Slytherin chegou mais cedo à casa dos Mulciber, acostumado aquele ambiente, o garoto não precisava de apresentações. Sabia que Dylan não estava em casa e conhecia os seus planos, só não entendia o motivo de não ter sido convidado a acompanhá-lo. Talvez, aquele seria seu teste definitivo e em breve Avery seria testado também, já que ansiava profundamente pela marca tatuada em seu braço. No fim das contas, restava apenas aproveitar a festa, estreitar laços e criar alianças, os contatos daquela noite poderiam ajuda-lo futuramente. Assim que alcançou o ilustre e suntuoso salão, seus olhos percorreram o ambiente em busca de Astrid, porém, não a encontrou em lugar algum, no entanto, lá estava Severus Snape. E imediatamente, uma ideia começava a se formar em sua cabeça. – Severus? – O moreno o chamou.
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selwynns · 10 years
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Eloise Selwyn no Banquete Anual de Salazar Slytherin
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vanity-e · 10 years
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The boy is mine | @Maisie Talbot (Plot Twist)
E finalmente chegara o dia do tão falado e esperado Banquete Anual de Salazar Slytherin, os alunos receberam dispensa por alguns dias para que pudessem se reunir com a família para as festividades do Dia dos Fundadores, contudo a família Vanity ignorava todas as outras comemorações, dando importância unicamente ao banquete, como naturalmente faziam outras famílias que compartilhavam de ideias semelhantes a família de Emma. Obviamente, a morena acabava por estar no meio de toda aquele agitação ao qual não compartilhava tamanha animação, mas pelas crises ressentes sofridas pela família, fora obrigada a baixar a cabeça e acatar a ordem do pai para comparecer ao jantar e mais, ter uma presença excepcional no mesmo. E Emma sabia quais seriam as consequências caso sua atuação no evento fosse insatisfatória, já sentira na pele o que as pesadas mãos do pai eram capazes de fazer, além da constante ameaça de ter seus preciosos planos de fuga frustrados por ele.
Engolindo o orgulho e se entorpecendo com o álcool as imagens da mãe para suportar tantas coisas desagradáveis, a jovem Vanity iniciou seu processo de preparação para o banquete. Como estava sobre vigilância ferrenha não apenas do pai, mas da tirânica avó, nem ao menos teve chance de escolher a própria roupa, sendo relegada a ela um vestido negro, como era costume entre a elite. A peça não tinha nada de chamativa, mas Emma não estava tão disposta a ser submissa quanto esperavam e deu seu toque para que o traje ficasse ao seu gosto e estilo, clássica e levemente provocativa, elegante e sensual.  Em meio ao drama família, Emma até mesmo aproximou-se da mãe o quanto ela deixou, compadecendo-se da situação a qual ela vivia, não conseguia entender como ela suportara tantos anos naquele lar sufocante. Já pronta, adentrou no quarto da mãe que tinha problemas em arrumar as mechas negras e em um gesto raro de afeição, a jovem aproximou-se da figura materna e completou o penteado.
- Emma, eu sinto tanto. – Margery disse em um fio de voz, era notável seu sofrimento e angustia, mas ambas sabiam que nada tinha a ser feito, as coisas eram daquele jeito. Margery selara seu destino anos atrás e agora suas chances de escapar de tal desprezar eram praticamente nulas e ver que a filha seguia um caminho semelhante ao seu era doloroso demais para se presenciar e mais do que nunca, a bebida veio entorpecer seus sentidos e percepção as coisas a sua volta, só assim conseguiria suportar tamanho peso. – Vamos, não podemos deixá-los perder o melhor da festa. – Bradou em seu habitual tom de debocha, arrancando um fraco sorriso dos lábios da mãe. Usando uma chave de portal cedida pelos anfitriões, a família não tardou a chegar à Mansão dos Mulciber e Emma mal colocara os pés no lugar e aquela incomoda sensação no estomago voltou a aparecer. Era fato que existia uma estranha relação entre ela e o primogênito dos Mulciber, uma tensão crescente e avassalador que chegada a assustar.
Caminhou imponente pelo salão ornamentado, fazendo breves mesuras com a cabeça a cada figura que encontrava, o sorriso nos lábios era apenas uma fachada, uma bela e sexy fachada, por dentro a jovem estava uma bagunça, sentimentos de frustração e inquietação a inundavam, além da instigante necessidade de esbarrar casualmente com um dos donos da casa, não qualquer um, mas aquele específico. Que para sua sorte e irritação, não se encontrava em local algum. Emma então serviu-se com uma taça de hidromel e caminhou até uma das grandes varandas no salão, olhando para os jardins suntuosos da Mansão. Talvez com a presença da bebida aquela festa seria suportável, mas tal suposição fora por terra quando os olhos cor de mel da jovem cruzaram-se com a futura Senhora Mulciber e uma explosão aconteceu no interior de Emma, por razões que não gostaria de discutir ou assumir, tinha um desprezo sem igual por Maisie Talbot. – Vamos precisar fazer melhor que isso. – Levantou o copo e sussurrou para ele, enquanto já caminhava a procura de novas e mais fortes bebidas.
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