raven-michaelis - Tumblr blog

raven-michaelis · 4 years

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boys ain't shit - Dick Grayson x Leitora (reader)

Corro para o terraço, torcendo aos céus para que ninguém tenha me visto. Não quero questionamentos, muito menos companhia. Já me sinto humilhada o suficiente sozinha.

Abro a porta um tanto pesada e a fecho com o mínimo barulho possível. Caminho até a beira do prédio dos Titãs, sentando no para-peito. Deixo minhas pernas balançarem para fora do edifício, encarando a vista da bela Chicago à noite. Todos os edifícios e pontes totalmente iluminados, são como pontos de luz em formato de estrelas quando vistos de longe. É algo admirável, pode-se dizer. Lembro-me de uma vez ter aproveitado a vista com ele.

Ele de novo. Tudo me lembra ele. Tudo me lembra ao idiota do Richard Grayson. Tenho que arrancá-lo da minha cabeça o quanto antes possível. Não suporto mais viver entre esses trilhos totalmente desequilibrados que são os meus sentimentos. Não sei se o odeio ou se o amo.

A segunda opção deve ser exterminada com urgência. Na verdade, nem deveria ser uma opção.

— Garotos… garotos são merda nenhuma! — grunho irritada, passando as mãos sobre o rosto. Sinto algo sobre meu ombro, olho-o imediatamente e vejo a mão de Donna. Suspiro frustada. — O que faz aqui, Donna?

— Você saiu feito um furacão da sala de treinamento. — sinto minhas bochechas arderem com a possibilidade dele ter notado também. — Viu algo que não a agradou? Ou alguém? — estalo a língua, ao vê-la abrir um sorriso fechado.

— Se você sabe, por que ainda pergunta? — suspiro novamente. — Não sei mais o que fazer, Troy. Acho que a única forma de acabar com isso é com distanciamento. — desvio o olhar para baixo. — Não sei como me propus a isso.

— Você o ama, S/N. Suas emoções a levariam para qualquer situação, desde que você esteja com ele. — responde em tom meigo, soando compreensiva. — O que houve dessa vez? — empurra meu ombro levemente.

— O notei com aquele olhar faminto para cima de Kory. E nem disfarçou. Parece um predador prestes a capturar a maior das carnes estrangeiras. Você sabe, ela é de outro planeta. O sabor deve ser diferente. — levanto o olhar para o céu pouco estrelado. — Nunca nos vimos sobre a luz do dia como nos vemos pelo escuro da noite. Me tornei um hábito para aquele babaca. — a encaro com um sorriso triste. — Por que ele desperdiça o meu tempo? Ou melhor, o tempo dele? Sabemos que as mentiras sempre me trazem de volta, mas para que isso? — ela corresponde ao sorriso.

— Ele sente que precisa de você, mas ele não percebe que esse é o jeito errado de tê-la. — aperta minha mão. — Ele a encara como um alicerce, S/N. Crescemos juntos e somos melhores amigos, não é? Precisamos uns dos outros. Mas ele precisa mais do que a sua amizade. — desvia o olhar. — Porém, esse caminho é definitivamente o errado. Sugiro que você converse com ele. — gargalho em escárnio.

— Ele provavelmente daria de ombros, como faz com todas as garotas que procuram algo sério. Preciso esquecê-lo, e só vou conseguir isso estando o mais longe possível. — mordo meu lábio, criando coragem para pôr meus pensamentos em palavras. — Somos jovens, Donna. Não vou odiá-lo para sempre, tenho apenas dezessete anos para odiar alguém que não seja o Exterminador. — consigo arrancar uma risada. — Bom, já está decidido. Só espero que você atenda as minhas ligações de madrugada.

— E eu espero que você atenda aos meus pedidos de fazermos compras. — reviro os olhos, escutando-a rir. Aceno positivamente, sentindo seus braços me rodearem.

— Certo, vou fazer minhas malas.

— Você vai ir embora, gatinha? — sinto um pouco de culpa ao notar o seu tom tristonho. Abro um sorriso triste, acenando em concordância.

— Por que isso do nada, S/N? — Wally surge em um vulto na minha frente. Coço a nuca, totalmente desconcertada com a atenção. Seguro meu copo com água firmemente em minhas mãos.

— Bom, vocês sabem que eu sempre quis ser detetive forense. Sim, igual ao seu tio, Wally. — não lhe dou oportunidade de me interromper. — Esse ano eu termino o colegial. Vou me matricular em Central City. — abaixo o olhar.

— Então vai desistir de ser heroína? — noto seu tom indignado. Forço-me a olhá-lo, segurando o copo com mais vigor.

— Nunca disse isso. — sorrio fracamente. — Continuarei com minha vida dupla, o que muda são as cidades. E a minha equipe… — diminuo o tom a cada frase. O vejo arquear as sobrancelhas, fazendo-me engolir seco.

— Ouvi dizer que a pizza de mussarela de Central City é muito gostosa, não é Wally? — pronuncia-se Cyborgue. Aceno positivamente, com um sorriso aliviado. — Podemos ir comer um rodízio de pizza quando formos te visitar.

— Desde que você pague, não vejo problemas nisso. — retruca Wally. — Podemos ir ver meu querido tio também. Ele vai gostar de te ver lá, S/N. — comenta risonho.

— Como vocês podem estar de acordo com isso? Ela faz parte da equipe, é um membro importante. E quer simplesmente largar tudo de lado! — revolta-se. Encaro Dick incrédula.

— Sempre esteve claro o meu futuro, Richard. Não sei o porquê desse show agora! Não irei mudar de país, apenas vou viver a alguns quilômetros a mais. — respondo começando a ficar irritada. — Se houver alguma emergência, eu estarei apta a vocês. — vira o rosto contrariado.

— Não esqueça de nos visitar, S/N. — se pronuncia Kory em tom baixo. Acendo em concordância, sorrindo brevemente.

— Seu táxi chegou. — declara Donna. Suspiro, levantando-me da cadeira da sala de reuniões. Wally me abraça, encorajando a todos que façam o mesmo. Menos Dick.

— Eu ajudo com as malas. — arrasta minhas duas malas para dentro do elevador. Fecho os olhos respirando fundo. O sigo, apertando o botão do térreo. Dou um último aceno aos meus amigos e então as portas se fecham. — Você decidiu isso de última hora, S/N. Por quê? — olho-o de soslaio.

— Preciso preparar meu futuro. Não quero viver as custas do Bruce por toda a vida, e quanto antes eu for atrás disso, melhor. — consigo sentir aonde está conversa está sendo encaminhada. — Você tem meu número, pode me ligar quando quiser.

— Não é a mesma coisa! — exclama exasperado. — Você vai simplesmente me deixar? Achei que fosse importante para você, por quê mentiu? — encaro-o desacreditada.

— Eu menti? — sinto meu sangue ferver. — Não sou eu quem sai as escondidas com outras pessoas, Richard. Você é importante, não vou negar isso. Crescemos juntos, é inevitável. — desvio o olhar para o teto. — Sou eu quem não tem a importância que deveria aqui. Você escolheu me iludir e eu escolhi parar de ser iludida, é simples! — olho-o novamente. — Espero que você amadureça, Dick. Garotas não são bonecas. — as portas metálicas finalmente abrem. Agarro minhas duas malas, pronta para as arrastar. — Seja melhor com Kory. Até mais, Dick.

Corro para fora do saguão, dando minhas malas nas mãos do motorista. Olho para trás uma última vez e percebo Dick estar de cabeça baixa. Desvio o olhar entrando no táxi.

— O senhor quer realmente isso? — aperto o celular para mais perto da orelha. O escuto suspirar pelo outro lado da linha.

— S/N, já conversamos sobre isso. Precisamos da sua ajuda no Monte da justiça, você será um membro extremamente útil. — deito minha cabeça no banco. — E também gostaria que você supervisionasse Tim, já que Dick está ocupado demais supervisionando todos.

— Como você sempre o deixa como líder sendo que eu sempre preciso ajudá-lo? — massageio minha testa.

— Por que todo esse receio de participar na equipe? Vocês não tinham resolvido as diferenças? — suspiro contrariada. — Essa sua intriga já tem quatro anos!

— Sim, nós tínhamos nos resolvido. Mas uma coisa é vê-lo duas a cinco vezes no ano, outra é ter que estar perto dele todos os dias! — coloco a chave no contato, decidindo por fim nisso. — Não sei porque estou dizendo isso a você, sinceramente. — solto uma risadinha envergonhada.

— Certo, enviei o endereço a você por mensagem. Todos já sabem que terão um novo membro na equipe. — ele já sabia que eu iria ceder, o que me faz revirar os olhos. — Nos vemos mais tarde. — escuto a ligação encerrar. Posiciono o celular no suporte do painel, colocando no GPS.

— Por que sinto que isso é um dejá-vu? — sorrio, iniciando o trajeto.

Passo pelo reconhecimento corporal, conseguindo adentrar o Monte da Justiça. Caminho até a grande área de treinamento, onde Dinah me orientou para que eu fosse. Escuto muitas vozes e algumas risadas, sentindo uma breve ansiedade passar pelo estômago.

— Oh, você chegou. — declara Dinah, uniformizada de canário negro. Ando até seu lado, encarando a então famosa, Justiça Jovem. — Pessoal, essa é a Escorpião. Também a S/N Sloane. — aceno para eles, reconhecendo muitos dos rostos. Mutano e Wally acenam freneticamente, fazendo-me sorrir. — Sei que já conhece alguns, mas vamos lá… Esses são: Eric, M’egann, Artermis, Kaldur, Conner, Cassie, Zatanna, Roy, Wally, Tim, Garfield e enfim, Dick. — aponta para todos eles. — Ufa, acho que foram todos.

— Ei, você não me apresentou! — um vulto passa por mim, parando na minha frente. — Sou Bart Allen, o Impulso. Prazer em conhecê-la! — estende a mão. Aperto-a, sorrindo confusa. Encaro Wally e ele percebe.

— Uh, bem, é uma longa história. Tio Barry disse que ia te contar, pelo visto esqueceu. — coça a nuca sem graça, rindo em seguida.

— Central City anda uma bagunça, não vou culpá-lo por esquecer. — cruzo os braços, tentando me encorajar a fazer a devida apresentação. — Acredito que serei mais uma assistente do que um membro. Vida dupla tem seu preço, afinal. — solto uma curta risada. — Estarei a disposição de todos vocês, prometo os ajudar da forma que conseguir. — todos acenam positivamente. Os mais conhecidos sorriem.

Dinah se afasta para atender uma ligação, dando brecha para que todos se aproximassem. Mutano vem correndo em minha direção, dando-me um abraço muito apertado.

— Quanto tempo, gatinha! — disse entre o abraço. Tento correspondê-lo, batendo levemente em suas costas. Ele se afasta, deixando-me respirar novamente. — Ih, foi mal.

— Você não me recepcionou assim, Garfield. — comenta com um sotaque latino. — Eric. — levanta a mão, apresentando-se. Sorrio.

— Caramba, finalmente te conheci. Donna e Tim sempre me falaram de você! — declara uma loira, reconheço-a como Cassie.

— Espero que só tenham dito coisas boas, não é, Timothy? — empurro levemente sobre os ombros. Ele me encara, irritado por ter lhe chamado pelo nome. — Oh, você é o Kaldur! Arthur fala de você com muito orgulho nas reuniões da Liga. Prazer em conhecê-lo. — ele sorri, parecendo envergonhado. — E você é a famosa Artemis! — aponto em sua direção. Ela cruza os braços, olhando-me desconfiada.

— Famosa só se for pelo o meu charme. — retruca em sarcasmo. Arqueio uma sobrancelha, encarando Wally de forma divertida.

— Você é conhecida exatamente por isso. — comento risonha, vendo Wally se desesperar. Escuto alguns risos. — Conner e Roy eu vejo quase sempre. Olá, meninos! — eles acenam discretamente. — Já fui em uma apresentação sua, Zatanna. Você é muito boa no que faz. — ela sorri envergonhada.

— Bruce já falou de mim? — uma voz animada surge nos meus pensamentos. Salto para trás com o susto. Todos encaram a M’egann, parecendo saber o que aconteceu. — Desculpe, eu esqueço que não posso fazer isso com todos. — responde em tom envergonhado.

— Tudo bem, só me prepare antes. Por um momento me senti esquizofrênica. — escuto risos, fazendo-me sorrir. Enfim, encaro Richard. Noto o mesmo um pouco retraído e quieto demais. Ele não é assim. — E você, quem é? — finjo.

— Fala sério. — revira os olhos. Tento segurar um sorriso. — Sou o amor da sua vida. — pisca um dos olhos, com um sorriso presunçoso nos lábios. Sinto minhas bochechas esquentarem. Por que não me acostumo com esses flertes fajutos?

— Robert Pattison, é você? — tento não demonstrar abalo. Escuto mais risadas, enquanto Dick apenas sorri. — Certo, pelo que Tornado Vermelho tinha me dito, este é o horário de treinamento de vocês. Por que não me mostram o que vocês fazem? — sugiro com um sorriso.

— Cara, eu estou quebrado. — se queixa Eric. Seguro a risada ao ver Mutano andar corcunda. Conner, Roy e Tim se jogam no sofá, enquanto a Zatanna e Cassie se apoiam no mesmo móvel.

— Você me cansou, S/N. — disse M’egann em tom baixo. Wally e Bart estão jogados no chão, murmurando coisas inaudíveis. Enquanto Kaldur está de pé ao lado da mesa de centro.

— Vocês foram bem hoje, pessoal. Podem descansar. — tranquiliza-os Richard. Ele paira ao meu lado, enquanto observamos todos soltarem suspiros de alívio, caminhando para os seus devidos quartos.

— E ai, garoto problema! Pode me mostrar onde fica o café? — evito um silêncio constrangedor.

— Claro. Desde que você não o envenene, Escorpião. — ri, caminhando em direção da cozinha. Reviro os olhos, o acompanhando.

— Uma dose baixa de veneno não mata ninguém, Asa Noturna.

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raven-michaelis · 4 years

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stuck with u - Damian Wayne x Leitora (reader)

— Sabe, você já foi mais rabugento. — bato meu ombro no dele. Damian revira os olhos, suspirando alto. — É verdade! — afirmo convicta, querendo provocá-lo. — Nos primeiros meses em que você veio morar conosco, não tinha feito nem dois anos em que eu era a Batgirl. E no momento em que saímos na quarta patrulha, você disse “ S/N, você é um malogrado para a equipe”. Da forma mais áspera possível. — comento risonha. — Na hora nem fiquei ofendida, não sabia o significado de malogrado. — tento segurar a risada.

— Não esperaria menos de você. — retruca com um sorriso sorrateiro. Finjo estar brava, fazendo um bico nos lábios. O vejo arquear as sobrancelhas. — Se te serve de consolo, você não está tão horrível quanto antes. — paro de andar, encarando-o indignada. — O que? Você está menos inútil, deveria se orgulhar disso. — cruza os braços, lançando-me um olhar com brilho malicioso.

— Você é péssimo com elogios, Dami. — reviro os olhos, voltando a caminhar. Passeio minhas mãos sobre a saia do vestido, feliz em que seja rodado. Me sinto uma princesa. — Dami, eu acho que não deveríamos ter fugido do baile. Bruce vai nos matar. — agacho-me levemente para arrumar a barra do vestido em meus tornozelos.

— S/N, aquele baile estava tão sem graça quanto você. — viro meu pescoço no mesmo instante, encarando-o irritada. Desfiro um tapa em seu braço. — Tudo bem, talvez Drake seja mais sem graça do que você. Feliz? — mordo minha bochecha ao ver aquele maldito sorriso provocativo em seus lábios. — Adolescentes juntos em uma quadra, dançando todos de forma desengonçada… não há nada pior que isso. — comenta alheio.

— Eu não sei como posso aguentar você. — comento, desviando o olhar para a rua - estranhamente tranquila. Solto uma risada pelo nariz, podendo imaginar a cara de irritado que ele está fazendo. — Você tem que parar de ser tão ranzinza, menino prodígio. Somos jovens, não se vê ninguém com dezessete anos tão ranzinza quanto você, ranzinza. — olho-o de soslaio, notando sua sobrancelha esquerda tremer. Eu estou irritando-o. — Siga o exemplo de nosso amigo Jon. Sempre de bem com a vida, sempre simpático, sempre adorável-

— Eu não preciso seguir o exemplo de ninguém, nós dois sabemos que sou melhor que Jon. — esconde um tom irritadiço. Muito mal. — Se alguém deve seguir algo aqui, é você. Por que não é tão amável quanto Lian? Roy Harper soube educar bem a filha dele, você deveria passar mais tempo com ela-

— Cale a boca! — interrompo-o. — Você sabe muito bem que não podemos ser comparadas, fui criada por Bruce Wayne assim como você. E eu sou incrível de todo modo. — coloco as duas pequenas mechas de meu cabelo junto ao restante dos fios no coque. Garoto insuportável. Passo a andar mais rápido, deixando-o para trás.

— Tt. Bipolar! — ouço-o dizer. Solto o ar pelo nariz, irritada. Equilibro-me sobre os saltos, correndo para os portões da mansão Wayne. — Ei, sua bipolar! Me espere. — sinto ser puxada pelo braço. Tombo a cabeça para o lado, esperando alguma atitude dele. O vejo abrir os portões ao colocar sua digital na campainha. Escuto um leve trovão pelos céus.

— Tem como você me soltar agora, menino prodígio? — tento um tom meigo. Ele me encara confuso, soltando-me. Mostro-lhe a língua, iniciando uma caminhada para os jardins da mansão.

— Infantil. — sinto-o me acompanhar. Não contenho um sorriso.

— Ei! — paro de andar, fazendo-o também parar. — Você me deve uma dança! — exclamo, apontando o dedo em sua direção. Novamente ele cruza os braços, olhando-me descrente. — É sério! Você me convenceu de sair do baile sem ao menos dançarmos. — seguro em seu ombro, apoiando-me enquanto tiro os saltos. — Uh, por Deus. Odeio tanto saltos, morte a todos eles! — chuto-os para perto de um banquinho de madeira. Encaro-o de novo, colocando minhas duas mãos em seus ombros. — Vamos, não seja tão chato!

— Não tem nem música, como você pretende dançar? — e aquele sorriso aparece de novo.

— Eu canto. — sorrio animada. Balanço levemente seus ombros. — Vamos, vamos! — circundo meus braços em volta de seu pescoço, mantendo uma mínima distância. Ele revira os olhos, abraçando minha cintura. Meu sorriso se amplia. — I'm not one to stick around… — começo.

Damian começa nos balançando levemente. Acompanho seu ritmo, continuando a cantar. — Ooh, ooh, ooh, ooh. Got all this time on my hands… — ele muda de posição, fazendo com que nossas mãos se juntem. — I'm stuck with you, stuck with you, stuck with you. — abruptamente ele me gira. — Ah, meu Deus! Que susto. — solto um grito surpresa, rindo em seguida. O vejo sorrir.

So, go ahead and drive me insane

Baby, run your mouth, I still wouldn't change

Sinto gotículas gélidas caírem sobre o meu corpo. Paro de cantar ao notar as gotas caírem recorrentemente. Encaro Damian com um sorriso, girando ele dessa vez. Ele parece um pouco receoso pela chuva, mas logo esquece. — Being stuck with you, stuck with you, stuck with you… — nos afastamos, dando-me a oportunidade de correr pela grama, sentindo meu vestido pesar cada vez mais. — I'm stuck with you, stuck with you, stuck with you, baby. — aponto em sua direção. Começo a correr em círculos de olhos fechados. Sinto meu penteado se desmanchar aos poucos, fazendo com que as madeixas molhadas caiam sobre meus ombros.

— There’s nowhere we need to be, no, no, no. I’ma get to know you better… — paro no mesmo instante, correndo em sua direção. — Se lembra de quando me ajudou no Ballet? — pego impulso, sentindo o mesmo me erguer pela cintura. Fico reta, levantando os braços igual ao passo de Ballet. Ele me solta, abraçando minha cintura novamente. — Kinda hope we're here forever. There’s nobody on these streets… — junto nossas mãos, balançando nosso corpo levemente. Pisco rápido, evitando que as gotas caíam nos meus olhos. — If you told me that the world's endin’. Ain't no other way that I can spend it… Seu cabelo está tão grande, Dami! — comento entre a música, passando a mão sobre a testa do mesmo, colocando seus fios para trás. — So, lock the door and throw out the key. Can’t fight this no more, it's just you and me…

Fico na ponta dos pés, tentando ficar na mesma altura que ele. — I'm stuck with you, stuck with you, stuck with you. So, go ahead and drive me insane… — desequilibro da ponta dos pés caindo de costas na grama. Puxo Dami sem querer, e o mesmo cai em cima de mim. Sinto a grama espetar meus braços de forma inofensiva. A chuva a deixou fofa.

— Ainda bem que não dançamos no baile. — comenta risonho. Solto uma risada, concordando em um aceno. — Baby, run your mouth, I still wouldn't change. — pisco incrédula. — O que eu posso fazer se você berra ela por todo lado da casa? Acabei decorando. — sorrio, abraçando seu pescoço. Ele levanta um pouco, apoiando seu peso sobre o antebraço. Algumas gotas passam por seu rosto, caindo sobre o meu em seguida. Fecho os olhos, evitando que entre água. Sinto algo pousar sobre meus lábios.

Abro os olhos surpresa, observando Dami de olhos fechados. Fecho os meus novamente, posicionando uma das mãos em seu cabelo, acariciando. Logo sua língua pede acesso, e eu cedo. Parece que a dança na chuva se tornou em um bailarico entre nossas línguas. Uma das mãos dele apertam minha cintura.Nos separamos pela falta de ar. Sinto meus lábios quentes e as minhas bochechas ferverem. Acho que a chuva pode evaporar com o tamanho fervor da minha face. — Acredito que tenha valido a pena a fuga do baile. — comenta entre suspiros.

— Mas o que? — escutamos um grito distante. Olhamos para a Mansão, vendo Dick na janela. Abro a boca sem saber o que fazer.

— Oh merda.

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