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Luis Castro
Antes de me ler, ofereço-te café ou chá, peço lhes que deixem seus sapatos e casacos ao lado.
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Respirando fundo e criando coragem
Olham pra mim e falam que estão juntos comigo
Me recuo num canto como quem
Se prepara pra correr e dar um grande salto
Mas antes disso alguém me encoraja e fala
O quão sou maravilhoso.
Luis Castro.
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Eu tô fugindo da tristeza, sabe?
Mas ela vem estendendo me os braços
E eu deito no teu colo que me enlaça
Vejo ao redor tantos prédios demolidos
Tantos outros vazios, da quais me identifico
Tanto que nem sei o porquê, mas
Correm rios do meu olho
Sou sensitivo, a transmissão da tristeza é rápida
Parece conexões de almas
Ela me mostra a realidade que não quero ver
Segura minha cabeça, abre meus olhos,
prende meus pés e mãos
Pena que ela tem um defeito
Ela só faz eu olhar pra aquele quadro
Num lado esquecido da parede no corredor da memória
Lado esse que tenho esforço pra esquecer
Porque não me sinto bem em fitá-lo às 3h da manhã.
Luis Castro.
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Procurando palavras pra escrever
Cansado de engolir goela abaixo
Queria que as lágrimas saíssem fácil
Do meu peito magoado
Da minha mente cansada de
Rodopiar em caminhos sem saída
As coisas podiam se resolver por si só
A paz corre de mim e de todos na
Contemporaneidade enquanto dá gaitadas
Nem se eu pegar o táxi nós não alcançamos
A mão do colaborador taxista tá com calos
Explorações corroem a vitalidade
Esforços migalhas insaciáveis
Na esteira que não chega a lugar nenhum
E é porque o mundo é lugar de todos
E capazes de lutar pra ter um lugar
Minhas armas de meritocracia
Eu uso pra me machucar
E os que não tem nem isso ?
Carolina diz que a cor da fome é amarela
Que faz tremer igual vara verde
Não têm cartas brancas que façam
Os que estão azul de fome
Sair do vermelho
Nessa Pátria amada do fudido Brasil.
Luis Castro
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Adia agora a dor
Que de um fim precisa
no meu peito que cansado
Implora soluça angustía
De coisas que não posso mudar
Apenas me distanciar
As soon as possible
Não tô afim de brincar no parque
Muito menos em ir ao circo
Aprenderia facilmente trapézio
Estive com motoqueiros no globo da morte
Já andei nessa corda banda
E Não tem mais espetáculo
Entrei profundo em coisas superficiais
Me senti menos só quando tava sozinho
Agora tenho amigos que querem me ver sorrindo
Entretanto o raiar do sol do amanhã
Trará esperança pra mente sã
Divã, desabafo mês e mês
E Ano em ano
O silêncio diz tudo e às vezes diz nada
O não dito, abismo, oco,
Me dá sufoco, não aguento mais
meias palavras
Por isso meto o loko, passo a real,
Otario passa mal, não vou morrer for u
Mas nosso amor morreu for me
E eu não vou mentir,
foi muito mais do que carnal,
reverberá na cuca ao saber que era colossal,
e desculpa eu não gosto do mundo real,
esse é o preço que pago
Desse romance perigoso.
Luis Castro
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Joguei minha isca pra peixe
Sem querer morder o bom agrado
Te fisguei pra te dar um bom trato
Perguntei: tá gostoso? me olha ser entender nada
No ouvido cê mente pra mim
Diz que quer me ter de novo
Me domina é com a voz grossa
Botando pra dentro do jogo
E eu não querendo que acabe
E que nós esqueçamos das horas
É! meu corpo, necessita mais tempo
Pra ficar bem ao seu lado
Grudado, amassado ao teu
Só quero que você experimente
Meu beijo quente que te envolve
Teu beijo no meu cangote
E a língua toda envolvente
Me liga já marca o retorno
Ansioso pra sentir seu cheiro
As ideias criam os momentos
que ainda vão acontecer,
E meu tesao não me dá sossego,
Os corpos não são o seu
E eu sei não teve promessas
Quero te sentir de novo
E pra ser gostoso não há pressa
Me liga me manda um sinal
Meu interfone é desbloqueado pra você
O controle já sabe seu nome
No pé água de côco
Na boca bebe meu leite
Escorre suor na pele
E mesmo assim ainda tenho sede.
Luis Castro.
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Nem todos os dias é dia
De fazer a rotina de cuidados
Exaustão
Do corpo e mente
Lágrimas rolam
Frias na quente face
Os vários massacres da mente
A ditadura não tá muito diferente!
E o foda que não dá pra se segurar
E é difícil nadar contra a correnteza
A resistência ainda é âncora?
Os sonhos? As metas?
O futuro ainda é nosso? Oi?
Me responde, por favor!
Droga! O sinal tá fora de área
Luis Castro
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E não tá nada bem
Eu não querer viver o amanhã
Se a roupa do passado já não serve mais,
Porque não vejo possibilidades de roupas
No futuro que me servirão?
Já não há mais esperança pós arco íris
Já não sinto o prazer do cheiro petricor
Já não bebo mais café e muito menos pratico yoga
Já não me sinto bem arrodeado de pessoas
A apatia me fez não sentir nada
E só não sentir nada é melhor que um turbilhão de coisas
A depressão tá na espreita do menor descuido
Eu entendo a partida dos que foram
Eu sei os silêncios que foram deixados
O alívio do adeus, dos ruídos, das cobranças
De tudo.
Luis Castro
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Pisando na água meio fio
Splash da chinela Melissa
Respingos na calça
Os micro pingos de chuva
Ou de resto de chuva
Que não me incomoda
Mais do que a permanência
Dos meus pés molhados
Início da semana já cansado
Fim do ano já exausto
Eu vejo férias
E também incertezas
E também alegrias
Do cheiro petricor
De terra molhada, meu amor
O anseio da volta à casa
Aumenta, pra ficar debaixo do lençol
E quando há sol
Ou ele volta
Eu quero levantar de fronte
Afronte num mergulho
Meus amigos e lagoinha
Liniker intimidade
Carinho de amizade
babies de 90
E a gente aguenta
Até 5 na mente
E assim meu sorriso
Se faz permanente
E num special day
Que só somos poderíamos fazer.
Luis Castro
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Num outro dia te vi
Lembrei que te quis tanto
Mas agora perdi todo encanto
Em pensar que aguardava te ver de novo
Esperava que o destino nos levasse a mais um inesperado encontro
Acalantava minha mente
Mas foram tantos descontros
Pra minha pele encontrar a tua
E quando acontecia era poesia pura
E a minha é pra quem me ama
Cachoeira de dias ultrarromântico
Em que meus dedos coçam
deixo escorrer das minhas mãos
Palavras de que vai ficar tudo bem
Sabendo que não vai
Passou tão rápido os dias em que assistia
O que a gente tava vivendo
Pelo espelho dos teus olhos.
- Inspirado numa crônica de uma autora tímida e com medo de arriscar.
Luis Castro.
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Tô me desviando de discursos infundados
Já não ouço, prefiro o silêncio
E a conversa comigo mesmo
Lidando com minhas expectativas
E com as frustrações
Organizando meus erros
Na vitrine aos desavisados e
Desapercebidos
E os que apontam o dedo,
Eu mostro o preço
Que paguei por cada um
Mas tô me livrando de um por um
One by one
Tô me perdoando
Me amando
Me acariciando, verbalmente.
Ácido lisérgico na mente
Abertura do subconsciente
Conexão com o presente
Meu bem
Preciso lidar com essa ansiedade ruim
Já deu pra mim.
Luis Castro.
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Vou dançar um xote com você
Até o amanhecer
Agarrados e apalpados
Cintura
Costela
Bunda
E no balanço da brisa
Cantando sussurros
No claro e escuro
Assim posso assistir
o que a gente
O que está por vir
Varias coisas acontecendo
E estamos vivendo
pelo espelho dos teus olhos
Poros
Seus olhos amêndoas
E sua voz amena
Esqueço qualquer outra cena
Pra tá conectado em você.
Luis Castro.
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A gente revive muitas coisas, mas de formas diferentes
Parecia um deja vu
Ou talvez um deja vim
Quando ver já fui.
Lune e Luis Castro
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Relógio robô sem sentimentos
Enquanto me pego rindo de atitudes contraditórias
As bizarrices cotidianas
Da lua minguante
E o casarão detalhes azul
Industrial e contemporâneo
Dicotomia de situações
Talvez insolúveis
Tentando ter ainda paz
Nas fases após flores de ipê no chão
Branco amarelo rosa
Sorvete cupu derrete rápido
Faixa parada, o semáforo
Nuvens poluição, admirada
A mistura aquarela de emoções
Mergulhando em paraísos
Caídos
Derrotados
De poluição
Like my mind.
Lune e Luis Castro
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