Agora, um pouco sobre a ideologia de moda no Brasil:    

Em 1968 na época da ditadura militar, após a Passeata dos Cem Mil, a moda foi atingida pela rebeldia, passando a ter um significado político, nomeado contracultura!

Hippies e estudantes eram os que participavam desse movimento, levando simplicidade e cor ao mundo em uma época tão escura. Na música, por exemplo, "Os Mutantes" se distanciavam da ostentação em relação ás vestimentas da Jovem Guarda, insatisfeitos com a burguesia no decorrer de suas canções e estilos que adotaram através de calças jeans de operários, batas e tecidos baratos.

"Paz e amor, bicho", quem nunca teve uma fase marcante com túnicas floridas e diversos acessórios misturando o retrô com o pop? Muito em alta até hoje!   As boutiques da época aderiram muitas vitrines com esse estilo, trazendo olhares diversos e ampliando melhor o olhar das pessoas sobre esse novo estilo de vida!

Fonte: https://revistatrip.uol.com.br/tpm/regina-boni 

ANOS 90

Na década de 90, o conceito de lingerie se expande:  bodies, corpetes, bustiês e sutiãs começaram a ser usados como roupa de sair.

O famoso sutiã cônico, criação de Jean Paul Gaultier, marcou a turnê de Madonna.

Com a invenção das microfibras, lycra, e outros tecidos com estampas, os sutiãs e calcinhas chegaram a um alto nível de conforto e sofisticação.

ANOS 80

Em 1980, várias mulheres diziam não usar nada por baixo das blusas , camisetas e jeans. Por outro lado, a indústria da lingerie vivia um “boom” de novidades tecnológicas, com texturas, cores e formatos inovadores.  O conforto também ganhou vez nesta época.

O ícone Madonna, fez sucesso ao começar a mostrar suas lingeries como parte do figurino que usava em seus shows.

ANOS 70

Em 1968, mulheres feministas queimaram seus sutiãs em frente ao Senado, em Washington, nos EUA, em forma de protesto pela liberdade.

As lingeries começaram a ganhar formas e materiais mais leves, como o algodão, na década de 70. Foi criado o JogBra, uma espécie de sutiã para práticas esportivas. Também ganharam vez os collants, transparências e rendas.

Em Londres, o movimento punk tomava forma e influenciava a moda, estando em alta as meias arrastão e ligas por baixo das minissaias.

Sabiam que a moda e o feminismo se juntaram a muito tempo para criar todo esse espírito girl power?Isso aí! 

Em 1968 o universo fashion encontrou a luta pelo direito das mulheres mais de uma vez ao longo dos anos. Um exemplo disso foi a liberação da silhueta feminina por Paul Poiret, que desenvolveu vestidos soltos e  chemisiers, se opondo á estética do século 19, já que ela prendia o corpo da mulher em corseletes e metros de tecido. Outro exemplo marcante, um dos maiores ícones da moda, Coco Chanel, que implantou o uso feminino das calças compridas e ternos. 

"Hoje as mulheres andam normalmente de terno e calça comprida. Isso parece normal, cotidiano. Mas na época, a mulher era proibida de entrar num restaurante ou num hotel. O smooking, usado até hoje, foi uma provocação sexual, dirigido á mulher que queria ter outro papel".    

Em setembro de 1968,  cerca de 400 mulheres onde acontecia o concurso Miss América, convencidas a por fogo em cilios postiços, salto alto, sutiãs, etc.

 Não aconteceu, porque a polícia impediu, mas até hoje é conhecido como o movimento "queima de sutiã".  Porém elas incendiaram o debate sobre o tema e levaram manifestações pro mundo todo, sendo responsáveis pela conquista de uma série de direitos e pela abertura da atual discussão sobre igualdada de gênero que tanto mobiliza as redes sociais!— O movimento feminista mudou a forma como entendemos os gêneros e como eles se relacionam. 

Então vamos falar de música! Quem não sabe que a música é a forma mais rápida e gostosa de se expressar e mostrar toda a revolta para o mundo? Em 68 aconteceram muitas mudanças sociais, trazendo os movimentos hippies, negros e feministas quebrando padrões e iniciando a luta contra o governo militar, porém a mais notável foi a mudança na música nacional, dos quais Os Incríveis, Gal Costa, Paulo Sérgio, Caetano Veloso, Chico Buarque e entre outros, fizeram muita história.

O movimento mais marcante foi o Tropicalismo, como forma de protesto. A música foi uma forma indireta de reivindicar direitos, pois chegava aos ouvidos de grande parte da população, deixando de ser só um mero entretenimento.

Cantava-se para se fazer pensar, contaminando todos com atitude, moda, comportamento. E não é que, de uma hora pra outra, cada ouvinte percebeu que, não era hora de procurar sua turma?

E agora, um pouco sobre a música mundo afora, encantando corações internacionais com Beatles e Rolling Stones, revolucionando o mundo da moda com cabelos e estilos diferentes e conceituais, como podemos notar no famosíssimo Woodstock, um festival incrível feito por dois irmãos que investiram muito para hippies, estudantes de baixa renda se divertirem cantando músicas de paz e amor.

 Até hoje adoramos pegar um pouco desse guarda roupa confortável e livre de amarras sociais como ponchos, mocassins, maxi colares, calças boca de sino, jaquetas com franjas (tanto para homens quanto para mulheres). A quebra de gênero teve grandes influências da época até para os dias atuais, que lindo não é mesmo?

Exemplos de artistas: Janis Joplin, Beatles, Jimi Hendrix, Rolling Stones.

  Fonte: https://1drv.ms/w/s!AlOFwDEcEwcle7E11zJpo0B7cm Músicas : https://www.youtube.com/watch?v=_PVjcIO4MT4

 Cicatrizes deixadas por 68; nem sempre só as coisas boas marcam:     Como ser o mais breve e suave possível nesse assunto?     

Desde o início de 1964 até 1985, ninguém saiu salvo das consequências, (nem mesmo depois!). O mundo parou na guerra fria, e o Brasil em plena ditadura militar (tenso né?). No ano de 61, Goulart foi acusado de comunista, gerando um clima de tensão e medo nos EUA e nas camadas mais conservadoras brasileiras! Mesmo com as melhorias feitas para a classe trabalhadora nessa época, só serviu para a classe alta ficar mais desconfiada. Exemplo: Marcha da Família com Deus para a Liberdade, que foi um movimento realizado  em São Paulo contra as reformas de base e ao governo de um modo geral.

Logo após a saída de João Goulart para o Uruguai (com medo de uma guerra civil), começou-se a Ditadura Militar, com militares saindo pelas ruas e tocando o terror na sociedade brasileira com torturas, violência e muita intolerância!

Um dos movimentos mais importantes da história foi a Passeata dos Cem Mil, onde cem mil estudantes, artistas, intelectuais, mães e até padres, foram atrás de cobrar a postura do governo sob os problemas que estavam afetando todo mundo. Infelizmente, foram reprimidos com violência.

Algumas características  do período: - Atos Institucionais - Censura aos artistas e á mídia - Desigualdade Social (bem maior na época) e grande dependência dos outros países. FONTE: 

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/o-brasil-1968.htm https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ditadura-militar-1964-1985-breve-historia-do-regime-militar.htm https://educacao.uol.com.br/album/2014/02/17/1968-protestos-contra-a-ditadura-militar-movimentam-as-ruas-do-pais.htm    

Forever & ever, ontem e para sempre nos looks!    

Ah 68!  A época mais marcante dos cabelos e makes . Cabelinhos curtos, repicados, longos para os hippies. Franjas laterais, rabos de cavalo e coques altos davam vida (e ainda dão!) á naturalidade das mulheres por conta do conforto, movimento e o rosto mais livre. Os cortes masculinos eram bastante influenciados pela banda The Beatles, os famosos cortes "tigelinha, arredondados e marcantes!

Já na maquiagem,  o "pó de arroz", batons em  tons mais naturais como nude ou um brilho labial básico e o blush, sendo nada mais que uma ferramenta para dar aquele ar saudável no rosto. 

E agora o olhar... sempre sombreado com cores azuis, brancas, verdes, prata ou cinzas, muitas vezes da cor do próprio olho, coisa que não se faz mais hoje em dia (ainda bem)! Muito rímel, sobrancelhas bem marcadas e o famoso delineado gatinho!         

Rostos marcantes do estilo da época; a linda Priscilla Presley (esposa de Elvis Presley em 68), com seus coques altos e delineados, a icônica Catherine Deneuve (estrela do filme Mayerling), entre outras.

Fonte: www.minhamakeglamour.com.br www.magiadotoquefeminino.blogspost.com.br

ZUZU ANGEL!

Nem só de queijo  com goiabada, se faz a cultura mineira, não é mesmo?

        Tão cheia de raízes, rendas, babados, Zuleika Angel Jons, mais conhecida como Zuzu Angel, foi uma estilista mineira que fez seu nome mundo a fora.   Nascida em Curvelo, Minas Gerais, teve o ápice de sua carreira  através de suas criações denunciar e protestar dura e tristemente contra as opressões que muitos enfrentavam ao encarar os movimentos totalitarios de 1968, onde seu filho acabou sendo vítima e morto.  

Suas coleções apareciam estampadas e recheadas de refências contra a Ditadura. Também entendia de todo o processo de criação e gerenciamento uma grande marca, e devido sua relevância, o termo Fashion Designer passou a ser usado no Brasil.   

E nesses ares de censura, Zuzu Angel manifestava sua indignação, transformando suas roupas em objeto de protesto.Infelizmente, a mesma faleceu em um acidente em 14 de Abril de 1976, ocorrido na Estrada da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, deixando um legado para a historia da moda brasileira. 

Fonte: http://costanzawho.com.br/historia-da-moda/dener-pamplona-de-abreu-moda-brasileira/

Vamos falar sobre moda nacional?

"O criador da moda nacional", como se chamava na época, foi Dener. Ele criou, em 1968 a empresa Dener Difusão Industrial da Moda, a primeira grife de moda no Brasil!

Multicolorida, plural, sensual e muito mais! A moda do paraense, Dener Pamplona de Abreu, era muito sofisticada em vestidos luxuosos. Aliás, segundo ele: tudo era fino e de bom gosto. Era luxo!    

Como bom marqueteiro que era, adorava criar polêmica com o estilista Clodovil Hernandes, seu eterno rival, para apimentar a mídia. Um exemplo era a Guerra das Tesouras, programa criado pela mídia para entreter o público, onde Clodovil E Dener se davam "alfinetadas".

Fonte: http://www.famososquepartiram.com/2009/11/dener.html