Tumgik
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Oração
Não acredito em deus,
Mas eu rezo o Pai Nosso
Praquele que está no céu
Com um único pedido:
Volta.
[de, por e para] julieta.
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Que estás no céu
Quando olho pra cima
E o sol brilha forte, sozinho
E quase não consigo abrir meus olhos,
que chovem pelas minhas bochechas,
Espero que você olhe por mim
E que eu seja forte
E não esteja sozinha.
[de, por e para] julieta.
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Faunesque x INPRNT.
The complex and beautiful work of illustration Phil Constantinesco, aka Faunesque is available as fine art prints in his INPRNT Shop!
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Reflexo
08 de março de 2023.
Eu te traí.
E fiz isso enquanto olhava nos seus olhos várias vezes ao dia, por dias a fio. Fiz isso enquanto dividia contigo a cama, a vida e meus pensamentos sobre tudo, sobre todos e sobre o mundo; menos sobre isso. E cada dia que me via de frente pra você, doía um pouco mais.
Então eu te evitei.
E consegui fazer isso por quase três conjuntos completos de anos. As sessões onde era possível falar sobre qualquer outra coisa que não você e esse problema secreto eram uma vitória silenciosa. Os relacionamentos que eram capazes de me fazer esquecer o que ninguém além de mim estava fazendo eram uma válvula de escape. E cada dia que passava, te ignorar ficava mais fácil.
Até que eu te encarei.
E não foi nada proposital. Não foi memorável. Foi apenas uma manhã em que levantei o rosto depois de jogar água gelada e você estava ali, me encarando de volta no reflexo do espelho do banheiro. Suas feições tão frias quanto a água, tão duras quanto o vidro. E foi onde eu soube.
Foi onde eu soube que nunca consegui esconder nada de você. Que você já sabia de cada movimento meu desde o início dos tempos. E que eu não podia fazer nada quanto a isso, a não ser me desculpar.
Eu me desculpei.
E você me perdoou sem hesitar, apesar de, às vezes, eu me pegar te encarando como se isso fosse impossível. Eu fui cruel, impiedosa e perversa, enquanto era amável e gentil com qualquer outra pessoa à nossa volta. Eu nunca cuidei de você. Eu nunca te amei. E você sabe; na verdade, você sempre soube disso.
Então eu te curei.
E fico feliz de poder entregar à você o que sempre entreguei aos outros, de poder cuidar de você como sempre cuidei dos outros. Eu não posso dizer que te amo agora, mas talvez isso seja um processo. Estamos nesse processo juntas pela primeira vez. E a realização disso nos faz chorar quase que diariamente, porque é tão difícil que dói um pouco, mas doía mais quando eu te fazia chorar sozinha, escondida, trancada e perdida na psique que nos circunda.
E agora, uma de frente pra outra, enquanto a lágrima que desce pela minha bochecha escorre pela sua mão, eu percebo que posso afirmar algo inimaginável pra todas as versões de nós duas que já existiram.
Eu me perdoei.
[de, por e para] julieta.
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by robert montgomery
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Hochberg Chapel
Cathedral of St. Vincent and St. James
Wrocław, Poland
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The Birth of Venus (painting), 1890
by John Bulloch Souter.
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Voa
25 de fevereiro de 2015 [edited].
Sou libriana e, mesmo não acreditando lá muito em horóscopo, não tenho como negar o fato de que me encontro refletida em uma das principais características dessa representação de constelação: coisas bonitas me encantam, fascinam e distraem com uma facilidade quase que odiável. Tem uma árvore exatamente em frente à janela do meu quarto e acontece de vez em sempre um beija flor aparecer por lá atrás das flores cor-de-rosa salpicadas por entre a copa verde opaca. Sinto falta quando não o vejo porque vê-lo bater suas asas, por míseros segundos que seja, me hipnotiza. Admirar o voo da pequena criatura consegue me arrancar sorrisos leves e me fazer esquecer tudo o que meus olhos não veem para além das penas escuras em tons de azul turquesa e das pétalas rosadas.
O beija-flor eu sei que aparece, então estou preparada se encontrá-lo passeando por entre as folhas e galhos que emolduram minha vista. Não estaria preparada caso ele resolvesse entrar por minha janela, invadindo o meu espaço e me tirando abruptamente do aconchego da minha zona de conforto. Não que isso seja ruim, é claro, ele não me faria mal algum e estaria tão ou mais assustado do que eu dividindo esse cubo de concreto com outro coração que bate e corpo que respira. No entanto nunca deixei a janela aberta. Talvez porque a ideia de abrir o meu mundo para um mundo fora ao meu seja ligeiramente aterrorizante.
Acontece que a vida não pensa dessa mesma forma e, por vezes, acha que mandar-me um beija-flor metafórico é uma forma provocativa de mexer com as linhas do destino. Daí que a metáfora se realiza e entra sem pedir licença, espatifando delicadamente o vidro que me serve de barreira e me invadindo com leveza tamanha antes mesmo que eu pudesse notar a discreta brisa das asas por aqui. Curiosamente, tudo virou de cabeça pra baixo e a simplicidade dessa pequena presença me mostrou o quão mais bonito é viver por um ângulo onde belezas se contextualizam.
Fiquei fascinada pela inevitabilidade tecida nas delicadas mãos das moiras e agora aproveito todos os momentos, a todo o momento, em que posso contemplar os detalhes dos voos cada vez mais longos e constantes por entre minhas paredes não finitas. Não precisei consertar o vidro despedaçado, até porque já não quero mais deixar a janela fechada. Mas, caso um dia eu resolva trancar tudo outra vez, não me preocupo, afinal, minha metáfora já tem a chave da porta.
[de, por e para] julieta.
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Matsuo Bashô, no livro “O eremita viajante - Haikus: obra completa”. organização e versão portuguesa Joaquim M. Palma. Assírio & Alvim, 2018 https://www.instagram.com/p/CTfgVGfp68e/?utm_medium=tumblr
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Maldha Mohamed.
Astounding paintings that combine realism and texture by artist Maldha Mohamed, who lives and works in Maldives.
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21 de maio de 2014 [edited].
As luzes do ônibus se aproximavam rápida e furtivamente, estouradas no meio de meu astigmatismo, me hipnotizando como olhos de gato no escuro: frios e calculistas.
“Espera o próximo”, agarrou minha mão, “Por favor”.
Senti o vento do outono em uma avenida de Botafogo chicoteando meus cabelos no rosto, uns rápidos arranhões com dor momentânea que nada faziam além de cócegas. Ligeiro, ele vinha buzinando como quem avisa do toque de recolher pelo letreiro laranja.
Foram trinta e dois segundos.
Começaria com um beijo. Singelo, apesar de desesperado. Delicado, apesar de urgente. Como duas crianças que se conhecem no jardim de infância e disputam quem vai pular amarelinha primeiro. Seria jogar, chegar ao céu sete vezes e não se importar em pular a oitava. Iria embora na quinta condução, uma hora e quatorze a mais para chegar em casa. “Foi o trânsito”. E todos os dias posteriores multiplicariam os trinta e dois segundos por finitas vezes. Em todos os dias haveria de ser o trânsito. Todos os dias as mensagens aumentariam - e não as dos letreiros. Seriam carinhos e gargalhadas e apelidos. Dois ou mais sorrisos novos, de canto de boca, tão íntimos quanto são capazes de. Cada vez mais papéis de entradas em sessões noturnas apagando suas histórias no fundo da gaveta, mais marcas de bocas contornadas em fina gordura nas bordas de copos de cerveja, mais rabiscos mal feitos nos braços e coxas com caneta permanente, mais fugas escondidas do mundo e de todos, até de nós. Ali, ele viria oculto, se esgueirando entre as reverberações das risadas, entre os trechos mal afinados e os beijos no pescoço. Faria perder as horas, entortaria os sonhos e traria inspiração aos rabiscos mais realistas quanto uns rabiscos podem ser. Mexeria comigo. Enlouqueceria os mais loucos dos devaneios. Grudaria em meu corpo feito tatuagem.
Amaria.
Futuro do pretérito.
Os sorrisos morrem. A tinta permanente da caneta, esquecida no estojo desde o segundo ano, só duraria até o primeiro banho. As risadas perderiam o som em frases secas e se tornariam personagens principais de pesadelos sem lógica ou fundamento. Gatos ririam de escárnio, julgando cada centímetro de pele marcada, cada minuto de atraso patrocinado pelo astigmatismo mental, enquanto arranhariam folhas de papel com obras de grafites até rasgá-las.
Seriam vinte nove milhões, setecentos e vinte e um mil e seiscentos segundos.
“Não posso perder esse ônibus”. Aceno, então, com a certeza de que a dor de ir embora é menor do que a de esperar mais trezentos e quarenta e quatro dias pra você me atropelar.
[de, por e para] julieta.
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Foi
Já foi,
mas vai voltar.
Vai tudo voltar
a ser como era.
Só que diferente.
Vai ser tudo como antes,
tudo como um dia foi,
mas depois.
Num depois
desigual.
[de, por e para] julieta.
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